De Xerém às Laranjeiras: a amizade do trio que busca o sucesso no Flu

Compartilhe

“Éramos conhecidos como os “trombadinhos”, no masculino mesmo, porque andávamos sempre juntos em Xerém”. O Fluminense é conhecido pela força da sua categoria de base, mas, devido a crise financeira, é difícil que os pilares de uma geração se mantenham juntos por muito tempo. Exceção à regra, o trio formado por Daniel, Matheus Alessandro e Marcos Calazans se destaca pela parceria que tem dentro e fora de campo.

Um bom exemplo foi no último dia 31 de outubro, quando o Fluminense venceu o Nacional (URU) e se classificou para a semifinal da Copa Sul-Americana. Aos 48 minutos do segundo tempo, Matheus Alessandro perdeu a chance de marcar o gol da classificação. Daniel e Calazans não foram relacionados, mas estavam assistindo a partida juntos na casa de um amigo e enviaram mensagem imediatamente para o companheiro.

– Eu, Daniel e Calazans jogamos juntos desde 2012 quando eu cheguei no clube. Dentro de campo, a gente sabe aonde cada um está, somos muitos entrosados e ganhamos muitas coisas na base juntos. Nossa amizade é muito forte dentro e fora de campo – declarou Matheus Alessandro, ao jornalista Marcelo Neves, do diário Lance.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

Daniel, ou Danielzinho, chegou no Fluminense aos sete anos após se destacar no futsal em Bangu, depois foi a vez de Calazans – que na base era chamado apenas de Marquinhos – e por último Matheus Alessandro driblou as dificuldades das comunidades do Rio para ser chamado. Desde o sub-17, passaram juntos por todas as categorias e colecionaram títulos – o mais importante foi o Mundial de 2015, que guarda uma história curiosa.

Na Al Kass Cup, o Fluminense perdia para o Al Nassr (ARA) e estava sendo eliminado, mas Daniel sofreu a falta do empate e, no final da partida, aproveitou o cruzamento de Calazans e a falha do goleiro para marcar o gol da classificação. Anos depois, o Tricolor seria campeão brasileiro sub-20 com o trio presente no jogo do título contra o Vitória.

– É uma amizade verdadeira, já dura sete anos. A gente sempre gosta de estar com os três juntos nos treinos ou nas folgas. Procuramos sempre sair juntos, ir para a praia, para o shopping, sair com as namoradas, sempre querendo estar perto um do outro. Isso é muito legal – contou Daniel.

Quando Calazans precisou operar o joelho, Daniel e Matheus Alessandro estiveram próximos durante o tratamento. A brincadeira de “mexeu com um, mexeu com os três” vale desde a categoria de base, mas ganhou novo contexto nos profissionais. Nas redes sociais, também é comum ver o trio brincando entre si com piadas ou apelidos.

– Nossa amizade já tem sete anos. Primeiro conheci o Daniel que já jogava no Fluminense e depois conhecemos o Matheus que veio um pouco depois. Somos muito unidos, frequentamos a casa um do outro, viajamos juntos e fazemos muitas coisas junto. Acho que o fortalece nossa amizade é a forma de cada um ser e isso ajuda não só fora como dentro do campo. O pessoal do Fluminense brincam falando que não podemos jogar no mesmo time porque um já sabe o que o outro vai fazer – declarou Calazans.

Campeões de estadual até o Mundial na base, mas agora a chance é de títulos no profissional. Os três são xodós da torcida, mas ainda buscam o seu espaço no Fluminense. Calazans não está inscrito na Copa Sul-Americana, mas Daniel e Matheus Alessandro têm a chance de fazer o sucesso da amizade novamente render títulos – dessa vez na principal categoria.

O TRIO QUE PODERIA SER UM QUARTETO

Daniel, Calazans e Matheus Alessandro foram subindo de categoria ao lado de outro destaque do Fluminense nesta temporada: Pedro. Desfalque na temporada devido a cirurgia no joelho, o atacante esteve presente na campanha do título brasileiro sub-20 de 2015, o principal daquela geração enquanto estiveram juntos.

O Sub-20 do Fluminense tinha como base um time titular formado por Matheus Philippe, Breno Caetano, Ygor Nogueira, Derlan e Léo Pelé; Luiz Fernando, Douglas e Danielzinho; Matheus Pato, Pedro e Marquinhos Calazans. Matheus Alessandro era como um 12º jogador que entrava que em todas as partidas daquela campanha.

Em 2016, Pedro encerrou a temporada como o maior artilheiro da base brasileira. Ele teve 28 gols marcados em 2016, sendo 16 no Carioca Sub-20, sete na Copa São Paulo e cinco no Brasileiro Sub-20, do qual também é goleador máximo.

Texto e Reportagem: Marcelo Neves, Lance.

Foto: Lucas Merçon


Compartilhe

12 thoughts on “De Xerém às Laranjeiras: a amizade do trio que busca o sucesso no Flu

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *