A conta que não fecha – a discussão sobre os gastos do EOs no Flu e os lançamentos no Balancete

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Pela primeira vez o assunto Esportes Olímpicos veio à tona, com força, no Fluminense. A torcida vem se manifestando nas redes sociais sobre a questão. Mas o que de fato está se discutindo não é a manutenção ou não dos Esportes Olímpicos no clube e sim se eles se sustentam ou “pegam” dinheiro oriundo do futebol, estrangulando ainda mais as contas do clube. Afinal de contas, se o futebol anda mal das pernas e sem dinheiro para nada, desviar dinheiro para sanar outras responsabilidades, num clube cuja razão de existir é o futebol, realmente não faz sentido.

Pensando nisso, nossa reportagem foi atrás de mais informações para trazer dados aos tricolores. Apuramos que no balancete lançado, com o resultado do primeiro semestre do clube, estão alocados na parte em que se fala dos “Custos do Departamento Social e Demais Esportes”, também estão alocados os custos do BackOffice de todo o clube. Áreas como Recursos Humanos, TI, Financeiro, Contábil, Administrativo, Jurídico, Diretoria Geral, Marketing, Arenas, Comunicação,….., todas que prestam serviço, majoritariamente ao futebol, estão sob essa essa sigla no balancete. Percebam que ainda consta dispensa de atletas da base do futebol ali:

CUSTOS DEPARTAMENTO SOCIAL E DEMAIS ESPORTES (22.305) (em milhares de reais)
Despesa de pessoal (7.039)
Despesa com direito de imagem 1.684
Despesas com manutenção de imóveis 612
Despesas com jogos e competições (457)
Despesas de serviços de terceiros (3.289)
Despesas gerais (7.696)
Depreciações (4.192)
Provisão para contingências (236)
Dispensa de Atletas (futebol de base) (1.692)

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dados retirados do site oficial do clube (clique aqui)

Dessa forma apresentada, nesse primeiro momento, se depreende de que o Social e EOs trouxeram um prejuízo de cerca de 15 milhões aos combalidos cofres tricolores. Ora, a conta, simples dessa forma, mostra um custo na casa dos 22 milhões de reais, com uma entrada de recursos na casa dos 7 milhões de reais.

Contudo, e para termos a exata noção do que se passa nas contas do clube, é necessário a realização de um estudo, de fato, para saber o que está sendo lançado nesse balancete e, o mais importante, destrinchar cada centro de custo. Fica impossível saber onde está a verdadeira sangria dessa forma. Despesas estão sendo alocadas, ao que tudo indica, de maneira inapropriada.

Brigar pela separação do TOTAL do Caixa (futebol e os demais) e definir os lançamentos de cada Centros de Custos é o foco perfeito a se atacar, porque aí escancara de vez pra onde vai de verdade o dinheiro tricolor.

Se um determinado esporte/setor for deficitário, ficará fácil de entender e buscar patrocínios e soluções para que ele não onere o custo do clube e nem sufoque mais ainda o caixa.

Realizamos uma pesquisa em nosso site e em nosso Twitter:

VAMOS BRINCAR DE PESQUISAS: Sobre os Esportes Olímpicos:
Extinção 100%
40%
Acabem os que dão ‘prejú’
23%
Suspende, arruma e volta
21%
Só com leis de incentivo
17%
1.145 votos · 1 dia restante

A pesquisa ainda está rolando, mas já deu para perceber que a maioria não é favorável a simples extinção. Para os tricolores o importante, pelo que se depreende dali, é que os Esportes Olímpicos se auto sustentem. Já a opção vencedora da enquete, embora não represente a maioria absoluta, mostra que tem muitos que preferem o Flu somente com o futebol.

A enquete no site foi bem parecida:

Em relação aos Esportes Olímpicos, o que você pensa?

  • Extinção 100% (39%, 821 Votos)
  • Suspende, arruma a casa e volta (24%, 501 Votos)
  • Acabar com os que não se mantém sozinhos (22%, 470 Votos)
  • Somente com as leis de incentivo (16%, 331 Votos)

Total de Participantes: 2.123

Ou seja, a grande preocupação do tricolor é com os gastos que representam ao clube. Nesse momento vivido pelo Fluminense, não faz sentido manter qualquer esporte, que não seja o futebol, que não se pague 100%.

A cobrança também deve ser para que se faça uma mudança estatutária, onde passe a constar a OBRIGAÇÃO dos dirigentes em realizar os lançamentos de forma mais clara, com os centros de custos devidamente separados e individualizados. Não se pode mais deixar “correr solto”. Precisamos trazer regras mais severas aos responsáveis pelo nosso maior patrimônio: o Fluminense.

ST

 


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2 thoughts on “A conta que não fecha – a discussão sobre os gastos do EOs no Flu e os lançamentos no Balancete

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