A LUZ DO REFLETOR – A Vitória da Teimosia

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Quarta-feira, dia do jogo Nacional x Fluminense, acordei e comecei a refletir sobre o jogo. Qual escalação que nosso querido Marcelo Oliveira vai levar ao Gran Parque Central, palco do jogo decisivo pelas quartas de final da Sul Americana? Tentando entrar na mente do técnico e lembrando que ele gostou do nosso segundo tempo aqui, com 3 zagueiros, 2 primeiros volantes e 1 volante na ala, já achava essa escalação possível, mesmo precisando fazer gol. E foi exatamente essa escalação. Dr. Secador enlouqueceu: “Burro!! Treineiro!! Vai perder 55 minutos e uma substituição a toa!! Será que ele acha que o empate é nosso?”

Lá fui eu para meu exercício de sempre: Tentar entender o lado do técnico, que está todo dia no clube. Marcelo Oliveira, assim como no intervalo do primeiro jogo, com certeza achou que o Nacional vinha para uma pressão inicial, tentando complicar de vez o Fluminense. O receio dessa escalação era perder tempo demais segurando o Nacional para depois tentar fazer um gol. Mas vamos ao elenco: Qual seria a escalação ideal? Danielzinho no meio? Mateus Alessandro na lateral direita com Jadson retornando a sua função? Sei lá. Não temos tantas opções assim, ainda mais sem os dois laterais direito de ofício, tendo que improvisar ali.

Assim como aqui no segundo tempo, o Nacional não veio para cima. Não sei se analisou a escalação do Flu ou confiava no seu sistema defensivo. Ficaram esperando e ajudou nosso time, que teve a posse de bola na maior parte do tempo, mas sem muita verticalidade. O Flu fazia um bom jogo, errava alguns lances fáceis, que podiam nos dar melhores oportunidades, principalmente com Ayrton Lucas pela esquerda. Aqui um aparte: Esse garoto merece uma atenção especial. Tem potencial, mas erra lances bobos demais.

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Na volta para o segundo tempo, manteve o time e o esquema, irritando o Dr. Secador que esbravejava pelo zap zap. Mas o time continuava bem e, na maioria das vezes, conseguia sair tocando a bola lucidamente. Claro que com um meio de campo com 2 primeiros volantes e um volante na ala, ser agressivo não era tarefa fácil. Sornoza foi o ponto negativo do jogo. Deslocado mais para frente, pois o Richard acabou assumindo o papel da transição, do famoso camisa 8 de antigamente, era nosso 10, mas tem dificuldade para sê-lo. Em uma ocasião chegou a receber uma enfiada do Luciano na área, que o goleiro antecipou. Não é a dele. Pouco tocou na bola e no final, cansado, foi visto dando mole na marcação, não acompanhando os meias do Nacional. Sornoza é camisa 8, fato!

Com marcação alta, recebemos um presente do goleiro adversário. Não se faz desfeita a presentes recebidos em jogos decisivos. Sornoza e Luciano trataram com carinho a bola e colocaram o Flu na frente. A pressão viria com certeza e Marcelo Oliveira tinha que dar um mole: tirou nosso atacante de velocidade, que já estava morto, e colocou Junior Dutra. O que diabos pensou nosso técnico com essa substituição? Porque não o Mateus Alessandro ou até o Marco Junior? Perdemos a velocidade do contra-ataque para um segundo gol ou até prender uma bola mais a frente. Para não perder seu viés defensivo, meteu um zagueiro, o quarto em campo, no lugar de um volante: Aylton saiu para entrada de Paulo Ricardo. Mas depois de 5 minutos vendo que precisava de uma fuga para a pressão, consertou entrando com o Mateus Alessandro, que teve a bola do jogo. Esse rapaz é rápido, tem habilidade, disposição, mas tem um déficit de técnica que atrapalha sua evolução e sucesso. Ele claramente não sabe chutar. Já foi visto em outras situações perdendo esse tipo de gol.

Seguramos o nacional com competência e raça. Gum era imprescindível para esse jogo. Tem na bagagem grandes guerras por essas bandas da América do Sul. E foi guerreiro como a torcida gosta. Belo jogo do Airton e do Richard também. Tem suas limitações, mas foram bem.

Foto: Lucas Merçon / FFC

Me assusta perceber que nosso técnico, até pelo sucesso de quarta, esteja satisfeito com essa escalação e pretende repeti-la mais vezes. Vamos enfrentar o Atlético PR na Arena. Jogo difícil, torcida cheia, campo de grama sintética e a bola voando. Tenho a ligeira impressão que ele vai repetir essa escalação ou no máximo entrar com o Léo, se tiver condição, jogando o Jadson para o meio, com o Airton já aquecendo desde do início e louco para entrar. É necessário treinar alternativas, ser mais corajoso e não ficar dentro da área esperando os caras. O técnico do Nacional nos ajudou não vindo para cima, mas o Atlético com certeza não vai cozinhar o jogo. Importante não precisar fazer um resultado elástico aqui. Não temos opções ofensivas dignas para isso. Vamos em frente. Estamos vivos.

Toque curto:

– Quarta-feira que vem estaremos na Arena (se a Conmebol confirmar essa data). Agora é hora de apoiar incondicionalmente. Não deixe seu coleguinha, Dr. Secador (todos temos um), trazer energias negativas. É possível e chegaremos lá!

– Marcelo Oliveira teimou com escalação defensiva e se deu bem. Aplausos para ele. O importante é o Fluminense. Que faça a besteira que for, se o Flu continuar avançando, estamos juntos!

– Gum Guerreiro! Gum Guerreiro! Gum Guerreiro!

– Vasco? Tem jogo sábado? To sabendo não!

SDT


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8 thoughts on “A LUZ DO REFLETOR – A Vitória da Teimosia

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