Análise Tática: Fluminense não consegue fazer pressão e acaba eliminado
Pela terceira participação seguida, o Fluminense acabou eliminado na fase de quartas-de-final da Copa Libertadores da América. Em Guayaquil, o Tricolor até controlou o jogo e criou algumas chances no primeiro tempo. Mas, a queda de rendimento ofensivo impediu uma pressão na etapa complementar. Por fim, mesmo sofrendo o empate no último minuto, o Barcelona avançou para as semifinais.
Ainda sem Biel e Caio Paulista, Roger Machado repetiu a escalação da derrota por 4 a 2 para o Inter, com três volantes e Paulo Henrique Ganso no meio. Apesar de surpreendente, a escalação de Ganso se justificava. Embora tenha disputado menos minutos na Libertadores que os companheiros Cazares e Nenê, o camisa 10 é — dos três — quem mais procura o jogo. No Brasileirão — onde atuou mais tempo —, por exemplo, tem média de 40 toques por jogo contra 32,4 do camisa 77 e 28,8 do equatoriano.

No lance que o Paulo Henrique Ganso quase faz um gol antológico, ele se machuca e deixa o gramado.
Confira o lance.
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— Saudações Tricolores 🇭🇺 (@STpontocom) August 20, 2021
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A formação, aliás, tem potencial. Principalmente quando André sobe para ocupar a intermediária do adversário. Contra o Inter, por exemplo, o movimento resultou no gol de Yago Felipe e, contra o Barcelona, o volante deu mais um passe-chave. Além disso, também dá mais liberdade para que Yago apareça como elemento surpresa no ataque.
O Fluminense terminou a primeira etapa com 74% de posse de bola. Contudo, o time, que costuma jogar no contra-ataque, teve dificuldades de infiltrar na área do adversário.

Fluminense tem queda de rendimento no segundo tempo e acaba eliminado
Quando o segundo tempo começou, a sensação que dava era de que o técnico argentino Fabian Bustos pediu para que os jogadores do Barcelona Guayaquil chegassem mais ao ataque. Depois de um primeiro tempo passivo, o time equatoriano voltou a mostrar uma de suas principais características na Libertadores: a velocidade.
Tanto que na primeira etapa, de acordo com dados do SofaScore, o adversário finalizou seis vezes, mas metade dos chutes foram bloqueados pela defesa tricolor. Enquanto que, na segunda etapa, finalizou 10 vezes e só em um permitiu o bloqueio. Contudo, o gol de los Toreros saiu justamente em uma jogada cadenciada.

Por outro lado, o Fluminense — que já tinha perdido rendimento na parte ofensiva depois da entrada de Cazares — abusava dos cruzamentos. Foram 17 só na segunda etapa. Além disso, Kayky — que entrou no lugar do lesionado Yago Felipe — não conseguiu tornar o time mais agudo.

Na base do abafa, com bolas alçadas na área e chutes de fora, o Flu já com Abel Hernandez e Nenê em campo até tentou ensaiar uma pressão. No fim — assim como na partida do Rio de Janeiro — o Tricolor acabou salvado da derrota por um pênalti marcado já depois de estourarem os acréscimos do árbitro uruguaio Esteban Ostojich.

Próximo jogo
Depois de ser eliminado da Libertadores, o Fluminense volta as atenções para o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. E nos dois casos terá o Atlético-MG pela frente. O Tricolor volta a campo na próxima segunda-feira (23) diante do Galo em São Januário, já que o Maracanã está fechado para os cuidados com o gramado. Depois na quinta (26), enfrenta novamente o clube mineiro no Estádio Nilton Santos.
ST
Lucas Meireles