Ao Saudações, Marcos Felipe fala sobre voltar a disputar a Libertadores: “Feliz demais”
O torcedor tricolor pode não lembrar, mas Marcos Felipe estava na lista de inscritos da última participação do clube na Libertadores. Aos 16 anos, o goleiro era apenas a quarta opção para a posição e hoje, com 24, termina a temporada como um dos responsáveis por levar o Fluminense de volta a principal competição do continente. Em entrevista exclusiva ao Saudações, o camisa 1 falou sobre a emoção de poder disputar novamente o Torneio.
“Emoção muito grande de poder ajudar o Fluminense a voltar à Libertadores e ainda poder realizar o sonho de poder jogar. Feliz demais”, contou Marcos Felipe.

Em 2013, o hoje camisa 1 teve a oportunidade de treinar ao lado de dois goleiros vencedores com a camisa do Fluminense: Ricardo Berna, campeão da Copa do Brasil em 2007 e do Brasileiro em 2010, e Diego Cavalieri, campeão carioca e brasileiro em 2012. Quando perguntado, o arqueiro relembrou do aprendizado com os colegas mais experientes.
“Eu consegui aprender muitas coisas: posicionamento, tomadas de decisões, trabalho. Tentei colher um pouco de cada para que quando jogasse, colocasse tudo em prática”, revelou o goleiro.

Amadurecimento
Tratado como um talento promissor de Xerém, Marcos Felipe passou a integrar muito cedo o elenco profissional. Entretanto, o goleiro precisou ter muita paciência até receber as primeiras oportunidades.
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Com a camisa tricolor, só estreou na última rodada do Brasileirão 2016 — quando substituiu Júlio César, lesionado, no segundo tempo do confronto contra o Internacional. Antes o goleiro já havia defendido o Macaé, por empréstimo.
No ano seguinte, disputou o primeiro jogo como titular. Em partida que o Tricolor — já classificado para a semifinal da Taça Rio — escalou um time reserva e pegou um pênalti diante do Volta Redonda.
Gol? Aqui, não!#SomosFluminense #TimeDeGuerreiros #VemQueTem pic.twitter.com/Ygoi4QVhgc
— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) February 18, 2017
Porém, a falta de jogos desde então começou a incomodar. Até o início de 2019, o goleiro havia entrado em campo apenas 12 vezes. O próprio admitiu que pensou em se transferir ou até encerrar a carreira. Mas, o destino ainda o reservaria novas chances. Chances que o goleiro agarraria da mesma forma que costumava fazer na base.
Marcos Felipe terminou o Brasileirão 2019 com uma sequência de seis jogos como titular após Muriel sofrer uma fratura na mão. Também começou jogando em 2020, antes do camisa 27 se recuperar.
Contudo, uma nova lesão de Muriel abriu espaço para que o camisa 1 entrasse no time. E, desta vez, nem mesmo o retorno do experiente goleiro tirou a vaga do jovem arqueiro.

“Tudo na vida tem o seu momento de acontecer e comigo não foi diferente. Graças a Deus consegui esperar minha hora e ela chegou, agora é manter a humildade e continuar trabalhando”, disse o camisa 1.
Elencos de 2013 e 2021
Marcos Felipe também analisou as diferenças entre o grupo de jogadores da Libertadores 2013 e o atual elenco do Fluminense. Há quase uma década, o Flu contava com nomes experientes. Além dos goleiros Berna e Cavalieri, estavam campeões brasileiros como Bruno, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos, Edinho, Jean, Deco, Thiago Neves, Wagner e Rafael Sóbis, por exemplo.
Enquanto que, em 2021, o time é composto em grande parte por jogadores vindos das divisões de base que se somam aos mais experientes como Nenê e Fred. Contudo, para o camisa 1, essa mistura é um dos pontos fortes da atual equipe.
“A diferença é que o grupo (hoje) é formado por muito jovens, mas essa mescla de jovens com os mais experientes faz com que cresçamos a cada jogo”, acrescentou o goleiro.
ST
Lucas Meireles