Às vésperas da “decisão”, redes sociais agitam os bastidores – Celso fala sobre Marcão, presidente e elenco

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O Fluminense já vive um momento conturbado, isso é notório e preocupante. O time, dentro de campo, não consegue os resultados e perde inúmeras chances de marcar. E nas redes sociais, as declarações do vice-geral, que também acumula a pasta de futebol, agitam mais ainda as coisas do Reino, Expôr as entranhas tricolores nesse momento crítico do campeonato traz mais malefícios do que qualquer outra coisa. Para a maioria, Celso Barros deveria tratar desse assunto internamente, e perdeu a chance de buscar maior harmonia entre diretoria, comissão técnica e elenco.

Ontem, em suas redes sociais, Celso mais uma vez sinalizou que é favorável às mudanças, e expôs, se não de maneira clara, suas diferenças com o presidente. Veja o que disse o vice-geral:

“Após o jogo de sábado contra o Vasco o Fluminense completou 30 jogos no Campeonato Brasileiro. Nos primeiros 15 jogos sob o comando de Fernando Diniz tivemos um aproveitamento de 27%. Sob o comando de Oswaldo de Oliveira e Marcão esse número subiu para 42%. Se durante todo o campeonato tivéssemos esse índice o FLU hoje não estaria na zona de rebaixamento. Certamente estamos sendo muito impactados pela campanha ruim que tivemos nos nossos primeiros 15 jogos. Por isso penso que eventuais mudanças podem ser positivas para melhorar resultados e alcançarmos os nossos objetivos. Em números aproximados precisamos conquistar 60% dos pontos que iremos disputar nos próximos 8 jogos. Tenho certeza que isso é possível e para que isso aconteça precisamos estar unidos.Torcida, jogadores, comissão técnica e dirigentes”.

O primeiro jogo da dupla Mário/Celso no comando foi o empate contra a Chape fora, pela 10ª rodada. Na ocasião, o elenco (e demais funcionários) estavam prestes a completar 3 meses de atraso salarial. Muitos tricolores apoiaram a decisão de manter Diniz, que durou até a 15ª rodada, quando foi demitido – um dos pontos do vice-presidente em sua postagem no Instagram.

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Recentemente, Celso concedeu uma entrevista Globo Esporte, onde comentou sua postagem em rede social (acima). Mais uma vez admitiu que defende a saída de Marcão e expôs, agora de forma clara, seu desentendimento com o presidente Mário Bittencourt sobre o tema:

– Essa foi uma situação lá de trás (sobre demitir Marcão). Eu falei na época, mas a decisão do presidente foi essa, então, estou junto com o presidente e com o Marcão. É difícil uma decisão do presidente ser revista. A não ser que ele faça reflexão. Não acontecendo isso, espero que tudo ocorra da melhor forma para o Fluminense – destacou Celso Barros.

Por fim, Celso ainda trouxe mais polêmica ao responder torcedores nas redes sociais:

Um tricolor questionou a atitude do vice-geral, no que ele entendeu uma tentativa de “queimar” um profissional que passou pelo clube. No entendimento dele, esse é o papel da torcida. Porém, ao responder, o vice alimenta ainda mais a polêmica, ao insinuar que jogadores poderiam “estar com pena” do Diniz, sugerindo que poderiam fazer algum corpo mole no jogo, por qualquer consideração ao ex-treinador. Até um torcedor, na sequência, rebate o vice (imagem acima).

Ainda na entrevista ao GE, Celso respondeu ao Hector Werlang, jornalista que conduziu a entrevista, sobre a relação dele com o presidente:

“Pergunta – A relação do senhor com o presidente está ruim?

Celso Barros – Não sei o que você define como ruim. Falei com ele só no sábado após o jogo (empate sem gols com o Vasco).

Pergunta – Mas se o senhor diz que a direção tem de estar junta… não deveria estar conversando com o presidente para ajudar o Fluminense a sair dessa situação?

Celso Barros – Domingo e hoje (segunda-feira) não me ligou. Ele também não é obrigado. Acho que isso você deveria perguntar a ele também. Eu não estive no CT hoje, mas falei com o Paulo Angioni (diretor executivo). Amanhã (terça-feira) estarei lá”.

E no momento em que o Flu precisa de tranquilidade e total foco para sair dessa situação, os bastidores fervem. As diferenças entre o presidente e vice foram expostas publicamente, trazendo ainda mais incerteza aos nossos torcedores e o próprio elenco – sem falar no treinador, alvo maior de toda a celeuma. Diminuir o treinador, “cutucar” o ex-treinador que agora comanda o adversário, colocar dúvidas sobre a dedicação e compromisso do elenco com o clube, em momento tão delicado, não parece ter sido a melhor atitude por parte do vice-geral.

O Flu precisa de união, força e, sobretudo, de confiança para sair dessa. E esse não parece ser o melhor caminho.

ST

 


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