Carioca – Record pode reduzir ou suspender pagamento aos clubes se o estadual parar

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Não é apenas por questão de calendário que os clubes participantes do Campeonato Carioca 2021 estão em busca de alternativas no interior do estado para viabilizar a realização dos jogos do torneio. O receio é que a Record, detentora dos direitos de exibição do torneio na TV aberta, reduza ou suspenda os pagamentos pela transmissão. O corte ou redução estão previstos em uma das cláusulas do contrato e com a suspensão de jogos do Estadual na cidade do Rio de Janeiro e em Niterói (RJ) por determinação das prefeituras locais, o risco se tornou real. O UOL (coluna) apurou que o aditivo está no acordo entre os clubes e a TV e a emissora, que assinou contrato neste ano para exibir o Carioca até 2022.

No acordo, está previsto que, caso os clubes não entreguem os jogos previstos ou se a pandemia do novo coronavírus forçar a paralisação por médio e longo prazo do Estadual, a Record pode aplicar a cláusula. A FERJ negou que exista redução ou suspensão de pagamento prevista no contrato com a Record. A coluna mantém as informações. A Record não precisaria de uma aprovação dos clubes para reduzir os pagamentos. Bastaria comunicar que utilizará o aditivo para preservar financeiramente seus interesses. Internamente, esse ponto é chamado de “cláusula covid”.

A paralisação também compromete os planos feitos com o pay-per-view próprio do Carioca. Os clubes contam com a arrecadação nessa plataforma para aumentar seus ganhos. As finanças das agremiações já foram afetadas com a proibição de torcida nos estádios desde o ano passado. Para Vasco e Botafogo, por exemplo, o dinheiro do Estadual se torna ainda mais importante por terem sido rebaixados no Brasileirão. O valor pago para equipes na Série B é bem inferior às cotas recebidas pelos clubes da divisão principal.

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Por dois anos de contrato, a Record pagará R$ 26 milhões pelo Estadual. São R$ 11 milhões este ano, e outros R$ 15 milhões em 2022. Por contrato, são 11 partidas da Taça Guanabara, mais dois jogos na semifinal e as finais televisionadas. Com isso, a emissora pagará exatos R$ 733 mil por cada partida exibida na TV aberta em 2021. Em 2022, o valor sobe para R$ 1 milhão.

O valor é bem abaixo em relação ao que a Globo pagava até 2020. Só para os três maiores clubes do Rio com os quais tinha contrato no ano passado (Fluminense, Botafogo e Vasco), a principal concorrente da Record pagava R$ 18 milhões por ano. Por dois anos, a emissora desembolsará aos gigantes cariocas R$ 3,9 milhões.

Fonte e texto: Gabriel Vaquer – UOL


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