CBF estuda implementar novas regras financeiras em 2020

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Saudações Tricolores!

Desde de o início do ano passado a CBF estuda implementar regras financeiras para os clubes. Trata-se de um modelo econômico inspirado no fair play financeiro muito similar ao utilizado na Europa. Contudo, a grande dificuldade aqui no Brasil seria a que a maioria dos clubes da série A não conseguiriam atingir as metas mínimas.

De acordo com o blog do Rodrigo Mattos da Uol, a CBF estuda iniciar a implementação de um novo programa financeiro para as equipes a partir de 2020. Tendo ainda que definir as novas regras, para que os clubes consigam atingir as metas impostas . O diretor do departamento de registro e de transferência, Reynaldo Buzzoni, afirma:

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”Contratamos o César (Grafietti) e já temos a Ernest (Ernest & Young) para analisar os balanços e ver o que pode implementar. Não adianta botar algo que os clubes não podem cumprir.”

O objetivo é que o consultor, César Grafietti , e a Ernest & Young trabalhem juntos para construir um modelo de fair play financeiro para 2020. Em 2019, os clubes já seriam obrigados a apresentar orçamentos, balanços trimestrais, para o acompanhamento da CBF.

‘Para 2019, estamos pensando no modelo. Para 2020, vamos pensar na implantação. O objetivo é entregar no primeiro semestre um modelo pronto. Estou falando com a Uefa, estou vendo o que fizeram para evitar erros que cometeram no início. Quero ouvir as histórias deles” –  afirmou Grafietti.

Entre as soluções possíveis para os clubes, na visão de César Grafietti, seriam inicialmente: ”Um controle de déficit que pode ser pequeno, um controle de dívida, não pode ter dívidas muito maiores do que tem hoje, controle de gastos em relação à receita. Tem que apresentar CND, não pode ter atraso de salário, protesto a partir de determinado valor (seriam vetados).”

Caso algum clube não cumprisse as normas exigidas pela CBF em 2020, a entidade já estuda como lidar com a situação, mas descarta punições severas.

”Processos não devem excluir do campeonato no início, pode ter uma advertência, multa. Só haveria punição mais pesada para um clube que saísse muito do orçamento com um déficit muito grande previsto. Poderia cortar sua atuação em uma janela”, explicou Alexandre Rangel,da Ernest & Young.

Outra questão que foi abordada é que se venda de jogadores se aplicaria para cálculo de diminuição do déficit dos clubes, o que não será permitido, pois só serão aceitos rendas correntes e não eventuais.

”Venda de jogador deve contar para o efeito de déficit? Vai ser incluído ou não? Tem que definir um critério. Na Europa, não é incluído, mas temos que levar em conta que somos um país que forma jogadores”, analisou Rangel.

Grafietti defende que os clubes não devem vender seus jogadores para fechar o caixa, mas sim para financiar novas compras e que o grande objetivo do fair play financeiro seja conseguir com o que clubes gastem menos do que arrecadam e que o brasileirão não entre em desequilíbrio como acontece com PSG e Manchester City.

Buzzoni declara :. ”Queremos que esse fair play atue em tudo isso inclusive em questões como débitos de clubes para que, no futuro, essas dívidas sejam zeradas”

Até o momento o fair play vigente no Brasil estabelece como regras mínimas: um time feminino, centro de treinamento próprio ou alugado com proibição de treino no estádio (só em casos excepcionais), iluminação mínima nos estádios de 800 lux, e estrutura profissional na administração, com CEO e diretor financeiro.

Resta saber se os clubes brasileiros vão conseguir seguir as metas estabelecidas pela CBF. Aguardemos.

ST


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