Confira falas importantes da live de Romerito e Tato

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O Fluminense fez ontem uma live em seu canal oficial no Youtube. A jornalista Cláudia Magalhães recebeu os ex-jogadores Romerito e Tato. Em mais de uma hora de conversa, os 3 falaram sobre o título brasileiro de 84, o tricampeonato carioca (83/84/85) e muito, muito mais!

Chegada de Romerito

“Minha história foi que eu jogava no Cosmos e conheci um grande orientador, que foi Carlos Alberto Torres. Ele me chamou pra vir pro Fluminense. O futebol nos EUA não era mais competitivo e eu briguei com a diretoria do Cosmos, que queria que eu jogasse showbol. Eu voltei ao Paraguai e fiquei na minha casa. Depois teve um evento de estrelas, fui para o Rio de Janeiro e vi um jogo do Flu. Falei com Carlos Alberto que não voltaria ao Cosmos. As conversas começaram, o Vasco me procurou também. O Fluminense ligou antes e comecei a acertar tudo.” – Falou Romerito

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“Aquele time do Flu era encaixado em 83. Quando Romerito chegou, ficou melhor ainda. Casou muito bem. Não tinha como dar errado. E olha que não foi um time muito caro. Quem custou um pouco mais foi o casal 20 e o Romerito.” – Afirmou Tato

Família de Tato no Flu

“Meu pai era zagueiro do Inter e depois teve uma pequena passagem pelo Fluminense. Depois fui eu. Meu sobrinho estava treinando no sub-23, mas voltou para Curitiba por causa da pandemia.”

Fala de Romerito sobre conquistar títulos na sua chegada

“Fiquei 20 dias conversando com Carlos Alberto Torres. Ele me contou tudo e disse que o clube precisava de um jogador com minhas características. O time era muito bom. E aí a confiança que peguei quando fui recebido no aeroporto, eu falei que ia ser campeão. E foi tudo bem, graças à Deus. Parreira chegou e me colocou no meio-campo, me entrosei com Deley, Assis, Tato… Foi um time muito solidário, todo mundo sabia jogar. Os reservas também eram bons. Eu tinha muita confiança no time.”

Gol do título contra o Vasco

Quem ia imaginar? Eu falei que iríamos ser campeões brasileiros. Eu fiz o gol do título. Foi uma grande alegria e me fez virar torcedor do Fluminense. Eu estou todo arrepiado aqui. Não só pelo gol, pela entrevista, de rever o Tato também. Esse gol marcou, para mim e para o Fluminense. Eu gostava muito de jogar no Maracanã. Eu já tinha feito gol no Brasil, na semi-final da Copa América. Fazer um gol na final… muita alegria mesmo.” Falou o herói do título.

“Passa um filme na cabeça. Marcar o nome na história do Fluminense, marca minha família. Meus filhos não me viram jogar, mas sempre assistem aos vídeos. É uma coisa marcante demais, é muito bom deixar um legado.” – Ressaltou Tato

Jogo contra o Corinthians na semi-final

“Foi engraçado. O gol mais importante que fiz foi com pé direito. Eu sou canhoto (risos). É complicado bater com pé trocado. Esse jogo foi um dos melhores que fizemos, tatica e tecnicamente. Era um time muito forte, com Casagrande, Wladimir, Sócrates. Mérito do Parreira, foi uma vitória que nos deu moral e confiança para enfrentar qualquer equipe. Chegamos na final com moral alto.” Falou Tato.

“Foi um jogo perfeito. Tudo que treinamos, todo o jeito que ficamos no campo. O gol de cabeça do Assis foi treinado por 30 ou 40 vezes. O contra-ataque também foi treinado bastante. Sabíamos que era importante, porque eramos muito rápido, especialmente ali do lado esquerdo com Branco e Tato. Esse jogo foi perfeito. Mas a final era imprevisível. O Vasco era um time muito bom, tinha feito muitos gols no campeonato. Eles podiam ser melhores tecnicamente, mas tínhamos mais garra, mais presença de campo.” – Comentou Romerito.

Quando se tornou tricolor?

R: Eu percebi isso ao ganhar o Brasileiro. Eu fiquei muito perto da torcida, dos companheiros, do clube, do presidente (Manuel Soares), do Carlos Alberto. Eles me fizeram tricolor.

Quando acharam que o título viria?

Nós íamos chegar na final. Com Parreira, ficamos mais disciplinados, tanto taticamente quanto no individual. Nós tínhamos a confiança que iriamos chegar.” R

T: O ambiente ajudou muito. Era fantástico. Dava vontade de ir pra Laranjeiras treinar. A gente queria estar junto no dia-dia, as brincadeiras. A amizade de um grupo inteiro.É difícil em 30 todos se darem bem. E isso também é uma situação que ajuda a colher vitórias.

O Casal 20

R: “Falar deles é falar de alegria, de futebol, de tudo que envolve o jogar futebol. Washington foi completo, um centroavante perfeito. Fazia de tudo. O Fred foi um grande artilheiro, mas o Washington foi muito mais completo que ele em todos os sentidos. E o Assis foi maravilhoso. Era muito técnico, tinha muita habilidade e sabia cabecear. Era uma pessoa fantástica fora do campo.”

T: “Na verdade eu conhecia os dois do Internacional. Mas o convívio com eles foi maravilhoso. Eles casaram com mulheres aqui de Curitiba, e eu sou daqui. Além de tudo, nas férias a gente se encontrava. Foi uma convivência maravilhosa.”

Gol de Romerito contra o Bangu

R: “Bom relembrar. Esse gol sempre passa. Eu sempre vejo esse e outros gols. Eu fico arrepiado ao lembrar. O importante é que o Fluminense foi campeão. O Fluminense está acima de tudo.”

Convívio de Tato com Paulinho, seu rival de posição

T: “Rivalidade não existia. Foi bom para mim, porque eu tinha que estar sempre muito bem, porque ele poderia tomar minha posição. E isso acaba aprimorando a gente. O grupo era sensacional. Cabe a cada um buscar seu espaço. ”

Carinho com a torcida até hoje

T: “É muito bom ver esse carinho que a torcida tem até hoje. É muito gostoso participar desses eventos. Nos enche de orgulho.”

R: É muito bom, eu me sinto muito bem. Não posso ir num jogo na torcida, porque não iria conseguir ver o jogo. Só no camarote.

Maracanã com mais de 100 mil pagantes

R: “Era fantástico. O Carioca era mais importante que o Brasileiro nessa época. Estava sempre lotado. A final com o Vasco tinha mais de 150 mil pagantes. Era muito importante. Uma pena que caiu desse jeito. Era muito bom de jogar.”

T: “Não tinha Copa do Brasil, Sul-Americana, Libertadores iam 2 e era muito difícil. O Carioca era muito assistido também. Quando você via a movimentação fora do estádio era muito bom. Os regionais caíram muito, mas naquela época era muito valorizado. Arrepiava quando a gente subia o túnel.”

ST!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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