DEVER CUMPRIDO – MÁRIO NETO

                      DEVER CUMPRIDO (MARIO NETO)

          Independentemente do que pode acontecer nesta finalíssima amanhã, o Flamengo continua favorito, por razões já de conhecimento público, ainda mais podendo jogar pelo empate. O Fluminense já fez o seu papel surpreendente e acima de todas as expectativas para seus torcedores, que antes do início destas três partidas temiam o pior: primeiro não vencer a Taça Guanabara e segundo ser goleado, tal a vantagem que o Flamengo tinha diante de quase a totalidade da imprensa. Nas duas partidas anteriores o time do Fluminense conviveu e muito bem com o fato de ser franco atirador, diante das circunstâncias já ditas. No primeiro jogo defendeu-se melhor do que o esperado, tirou do adversário as melhores opções que possuía, principalmente pelas laterais, e levou a partida para os tiros livres da marca do pênalti. O técnico Jorge Jesus soltou o “verbo”, dizendo que o adversário só procurou se defender e que assim não tivemos um jogo. Cabe ao técnico saber como tirar proveito desta situação, coisa que ele não soube fazer.

          Já no domingo outra ótima surpresa do Tricolor, mesmo sendo derrotado. Foi melhor, coisa impensável até então, do que o rival durante a maior parte da partida. A maioria dos jornalistas considerava o empate o resultado justo, mas cometemos erros que não são perdoados por adversário nenhum. O que esperar deste jogo, definitivo de qualquer jeito, diante de tantas surpresas que acompanharam esta série da Fla- Flus? Em princípio só um resultado nos interessa: a vitória, que seja de um a zero, para levar a decisão para os pênaltis. Mesmo saindo em desvantagem no início, o Fluminense não pode partir para cima de qualquer maneira. Caso faça isso dará muito campo ao rival. Todo cuidado é pouco, principalmente na parte física.

          Gostaria muito que, para início de conversa, jogássemos com todos os cuidados defensivos. Tomara que o Nino volte ao time , nada de ir com sede ao pote e, como disse antes, o que vier é lucro. Nas três primeiras partidas depois da pandemia critiquei para valer o Odair Helmann, pelo péssimo retorno da equipe. Hoje o elogio merecidamente pelo desempenho do time nestas decisões, até nas substituições duvidosas que até então ele errou.

       Para terminar, precisamos reforçar o elenco para não sofrermos, o que habitualmente virou rotina, na Copa do Brasil e no Brasileirão. Como conseguir isso com pouco dinheiro? Só com muita inteligência. Agora a piada do ano: O “presidente” da federação estadual, me recuso terminantemente a citar seu nome, entrou na justiça contra o Fluminense e o Botafogo por perdas e danos morais, por causa do imbróglio da volta dos clubes depois da pandemia. Deixa eu ver se eu entendi: PERDAS E DANOS MORAIS, PRA QUEM NUNCA TEVE E NÃO SABE O QUE É ISSO? Vamos deixar se palhaçada, com todo respeito aos palhaços, estes sim com muita moral!