Dia de Flu

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Pois hoje é dia de Flu.

Poderia ser uma terça feira qualquer em que escreveria sobre algum de nossos ídolos e suas histórias, conquistas e curiosidades. Gosto desses textos, fazem um bem danado à nossa alma torcedora, tão maltratada nos últimos anos. Viajar ao passado para amaciar o ego da nossa torcida é alternativa que, por vezes, se faz necessária. Tantas coisas boas e felizes para contar, por que então não o fazer?

Primeiro porque seria uma desonestidade tremenda – comigo e contigo. Segundo porque o nervosismo que me consome nesse momento tomou vida própria e transcorre pelas minhas mãos conforme escrevo – e eu apenas o obedeço, como um autômato.

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Não importa o quanto lute contra eles, meus pensamentos inevitavelmente oscilam entre o óbvio ululante, de que somos mais time que o Figueirense (em todos os sentidos, ida e volta) e o medo do pior acontecer, já que nem sempre o melhor vence. Hoje temos que reverter um resultado. É o jogo do ano. Para nós e para o time.

Admito que prevalece em mim a angustiante esperança de uma vitória esmagadora. Ora, e por que seria diferente? É perceptível alguma evolução no futebol que jogamos, (sem querer) nosso treinador encontrou um time quase ideal (que não começará jogando, mas que acalma o coração saber que ele existe), no retrospecto do confronto temos mais vitórias que nosso adversário, além das outras milhares de razões que poderíamos listar aqui. Mas não vou me alongar a falar sobre esse sentimento pelo covarde medo de me apegar a ele e criarmos laços, histórias e alegrias que talvez fiquem somente e tão somente no meu mundinho da imaginação. 

Sem contar que “nada mais funesto, nada mais aziago, do que o ‘já ganhou'”*. É o tal do clima de “oba oba”. Não é do nosso feitio, afinal o Fluminense nos ensinou desde sempre a conviver com o sofrimento, até mesmo nas vitórias. Nada é fácil, nada é simples. Se não é sofrido, não é tricolor. 

Confesso que hoje me faltam palavras. Alterno a escrita desse texto com repetidas conferidas aos mais diversos sites para ter certeza de que em todos eles o passado do confronto aponta para uma vitória nossa. Daquelas coisas que fazemos para manter a calma e, na medida do possível, a sanidade mental.

Hoje é dia de Flu.

E hoje tem que dar Fluminense.

Gravatinha que nos ajude. 

ST

 

*Nelson Rodrigues. Torcida Profética, 1976.

 


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5 thoughts on “Dia de Flu

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