19/04/2024
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Eduardo Uram se pronuncia sobre revolta da torcida tricolor: “Não ligo para essas coisas. O mesmo torcedor que reclama hoje, agradece amanhã”

João Gurgel 71 Comentários
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Quando o anúncio da contratação do lateral-esquerdo Danilo Barcelos aconteceu, o Fluminense viu suas redes sociais serem tomadas por críticas dos torcedores afirmando que o time estava sendo “tomado” pelo empresário Eduardo Uram. Os alvos óbvios eram os membros da diretoria tricolor, como o presidente Mário Bittencourt e o diretor de futebol Paulo Angioni. Mas também sobrou para o empresário Eduardo Uram. O motivo? Uma suposta influência nas negociações recentes envolvendo o Flu— além de Barcelos, o atacante Evanilson também é seu cliente. E até nas transferências que levaram Egídio, Yago Felipe e Caio Paulista, todos agenciados por Uram, ao Fluminense.

Na temporada passada, Uram convenceu o jovem a assinar com o seu clube, a Tombense, e depois de feito, ele assinou um contrato de empréstimo com o tricolor até o fim de 2022. Nessa jogada, o Flu havia perdido os direitos econômicos do jogador (sobrou 10%) mas ainda ficou com uma “taxa de vitrine”, de 20% em uma futura venda do jogador, o que aconteceu nessa semana.

Em entrevista ao Jornal O GLOBO, o empresário futebolístico defendeu seus jogadores e rechaçou qualquer tipo de “sacanagem” em suas negociações ou na relação com o presidente Mário Bittencourt. Ele afirma “não ligar para as críticas”, tratou de esclarecer alguma situações.

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“Minha relação com o Mário é extremamente profissional. Não é porque temos bom trato e respeito mútuo que haveria qualquer tentativa de ganho de vantagem que viesse a prejudicar o Mário ou o clube em algum tipo de ”sacanagem” – afirmou Uram.

Sobre a contratação de Danilo Barcelos, Uram confirmou que o jogador estava a caminho do Cruzeiro, mas preferiu permanecer no Rio de Janeiro para acertar com o Fluminense, versão também explicada pelo presidente Mário Bittencourt na coletiva realizada ontem, no CT Carlos Castilho. O empresário revelou que a escolha partiu do jogador e não foi um movimento premeditado.

“Com a volta do Victor Luis ao Botafogo, o clube ficou com três laterais do mesmo lado e queria se desfazer de um deles para aliviar a folha salarial. O Guilherme Santos ganhou a titularidade após o Victor (Luis) se afastar devido a uma apendicite. À vontade para procurar outro clube, o Danilo foi alvo do Cruzeiro. Ao saber disso, Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, entrou em contato com o Carlos Augusto Montenegro, dirigente do Botafogo, interessando-se pela contratação do Barcelos” — Uram, até o momento, confirmou tudo que foi dito por Mário Bittencourt na coletiva de ontem.

“Foi aí que o Mário ficou sabendo que o jogador era representado por mim e pelo Giuliano Bertolucci e começou a negociação. Apesar do Danilo já estar fechado com o Cruzeiro, o Mário convenceu-o a ficar no Rio. E assim foi feita a vontade do jogador e não a minha de levá-lo para aqui ou para ali” — disse Uram.


Além de Danilo Barcelos, Uram representa o lateral Egídio, o meia Yago Felipe e os atacantes Caio Paulista Evanilson. Este último já desembarcou em Portugal para assinar como Porto e vai render R$ 13,5 milhões aos cofres tricolores.

“Eu não posso concordar que achem que ter quatro representados em um elenco de mais de 20 jogadores seja um número elevado, indicando que eu tenha qualquer aliança com o clube e sua diretoria. Sobretudo pelo fato de que meus jogadores não estão lá à passeio. São ótimas peças que possuem mercado em outros grandes clube do país. O Egídio, por exemplo, é titular absoluto. Evanilson, que é um grande jogador, sai e deixa uma boa grana para o Fluminense. O mesmo torcedor que reclama hoje, agradece amanhã. Não ligo para essas coisas. Não acompanho essas coisas” — finalizou Eduardo Uram.

ST

João Eduardo Gurgel


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