Fala, jogador! – Completando um ano de profissional, Luiz Henrique fala sobre seu início de carreira e seus planos para o futuro: “Meu sonho é ser ídolo do Fluminense”

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Texto de Matheus Maltoni

No jogo de ida das quartas-de-final da Libertadores da América, contra o Barcelona de Guayaquil, Luiz Henrique comemorará um ano de profissional no Fluminense. O jogador estreou pelo profissional no dia 12 de agosto de 2020, no empate de 1×1 contra o Palmeiras pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista exclusiva ao portal “GE”, Luiz Henrique falou sobre essa marca e a oportunidade de jogar ao lado de grandes jogadores como Fred e Nenê.

“De um ano para cá, mudou muita coisa, amadureci muito, tenho uma mente mais avançada, mais experiente. Fico feliz de estar jogando pelo profissional no Fluminense e atingir essa marca muito boa de um ano. É continuar trabalhando para ter mais marcas como essa (…) Não fico pensativo, mas fico feliz de jogar ao lado do Fred, Nenê, dos caras que passam muita experiência, dos caras que eu via na televisão, (fico) meio bobo ainda.”

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Estreia de Luiz Henrique pelo Fluminense (Foto: Lucas Merçon/FFC)

Em sua estreia como profissional, Luiz Henrique entrou aos 29 minutos do segundo tempo no lugar de Nenê, jogador mais velho do elenco Tricolor e que compartilham uma diferença de idade de 20 anos. A jovem promessa do Fluminense falou sobre sua expectativa de ter uma carreira duradoura como a de seu companheiro de vestiário.

“Me enxergo (no futuro) um jogador realizado, com boa saúde e boa cabeça para manter o foco. Quero estar igual ao Nenê, com 40 anos, jogando futebol (…) A gente brinca muito, chama de velhinho, de vovô. Ele fica louco (risos), mas é brincadeira, e ele gosta muito da resenha também. O Nenê ensina muito e passa muita confiança para nós, sempre fala para gente fazer o que a sabe fazer, o que sabe jogar.”

Sobre o futuro, Luiz Henrique demonstra que gostaria de seguir os passos do “vovô” Nenê na Europa e jogar no PSG, que agora além de contar com estrelas como Keylor Navas, Sérgio Ramos e Neymar, acertou a contratação de seu grande ídolo Messi.

“Eu queria jogar no Barcelona, né?! Mas o Messi saiu, agora quero jogar no PSG (risos). Agora não, mas se Deus quiser, vou jogar na Europa um dia. Hoje, meu sonho é ser ídolo do Fluminense, dar alegria para a torcida.”

Luiz Henrique falou também sobre como é o seu dia-a-dia, seus hobbies e gostos musicais.

“Eu sou mais tranquilo, fico mais na minha, eu e minha noiva. Fico me cuidando, até os profissionais do clube falam para eu não sair muito, comer, dormir bastante para quando tiver com mais idade, aguentar jogar, correr… Não sou de sair muito não (…) Eu gosto mais do “Free Fire”, mas quando tenho um tempinho, vou à academia, dou uma pedalada, para também não ficar muito deitado dentro de casa. Saio um pouquinho, pedalo, volto, como e vou descansar… (Também) escuto música, mais pagode e um pouquinho (das músicas) do Tik Tok, que é funk. Mumuzinho e Thiaguinho, eu gosto muito muito.”

O jogador de 20 anos fez parte da “Geração de Ouro” de Xerém junto de nomes como Calegari, André, Martinelli e Gabriel Teixeira, que também estão no elenco principal, e jogador que já deixaram o Tricolor, como Marcelo Pitaluga, João Pedro e Marcos Paulo. Sobre os jogadores que continuam no elenco, Luiz Henrique falou sobre como foi positivo ter companheiros da base junto com ele no profissional e revelou qual deles ele tem mais proximidade.

“O Gabriel Teixeira, faço parceria de quarto com ele quando tem jogo. É meu parceiro, o mais chegado, que eu mais converso. Jogar com gente que eu já conheço, que eu já jogava na base, fica mais tranquilo dentro de campo também. Eles me ajudaram muito. O Martinelli, o Calegari… Me ajudaram também dentro de campo para me soltar, fazer o que sei fazer. Agora, já estou tranquilo, até para entrar dentro de campo eu já fico mais tranquilo.”

“Geração de Ouro” do sub-17 Tricolor na Taça BH de 2018 (Foto: Divulgação/FMF)

Como todo jogador jovem, Luiz Henrique passou por momentos de oscilação dentro de campo. Roger Machado chegou a tirá-lo da relação de jogadores para a partida contra o Athletico-PR no Campeonato Brasileiro desse ano, com o objetivo de recuperar a confiança do jogador para as demais partidas. Algo que surtiu efeito. Na partida seguinte o jogador foi quem fez toda a jogada do gol de André contra o Flamengo.

“Foi muito bom para eu esfriar a cabeça, tirar a cabeça um pouco do futebol, pensar em outras coisas. Mas quando ele me botou contra o Flamengo de novo, eu sabia que tinha que dar o meu melhor, voltar a ser o Luiz Henrique que a torcida estava querendo, que todo mundo estava querendo. Eu fiquei muito feliz de voltar a ser o Luiz Henrique, voltar a jogar, colocar minha habilidade em campo, velocidade…”

Em um ano de profissional, Luiz Henrique já atingiu a marca de 58 jogos com a camisa Tricolor. Ao GE, o jogador elegeu suas três partidas mais importantes:

“Contra o River Plate, no Maracanã, pela estreia da Libertadores, Atlético-MG lá, pelo Brasileiro (2020), que eu dei assistência, e contra o Flamengo “agora”, que eu também dei a assistência, para o André.”

E o gol mais importante?

“Ah, o meu gol primeiro, né?! Contra o Ceará. E de cabeça não é toda hora.”

Primeiro gol de Luiz Henrique como profissional (Foto: Agência Estado)

Nesse um ano de profissional, Luiz Henrique já foi treinado por Odair Hellmann, Marcão e Roger Machado. O jogador sobre a experiência de trabalhar com cada um deles:

“Cada treinador tem um tipo de jogo, mas sempre dou o meu melhor. Seja qual treinador for, sempre estou dando o meu melhor, sempre tentando jogar, fazer o que eu sei fazer. Fico muito feliz de estar com o Roger agora, ele me passou muitas coisas boas, falou muito comigo, estou bastante adaptado.”

Por conta da pandemia, o jogador ainda não teve a oportunidade de jogar com torcida. Segundo ele, até que teve um lado positivo, mas não vê a hora de vivenciar um jogo com a torcida Tricolor:

“No meu começo, foi bom não jogar com torcida para me adaptar aos jogos. Mas agora, se Deus quiser, vai voltar o público. Vai ser muito bom, a torcida gritando meu nome, me apoiando, falando para eu jogar, dar o meu melhor.”

Com algumas passagens pelas seleções de base do Brasil, Luiz Henrique falou sobre seus planos com a “amarelinha”:

“Eu queria muito jogar o Sul-Americana Sub-20, mas teve essa pandemia… Quando tudo passar, espero que tenha um Sul-Americano Sub-20 ou Sub-23. E, primeiro, é sempre dar o meu melhor no Fluminense e aí “pegar” uma seleção brasileira.”

Luiz Henrique em treino da Seleção Brasileira (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Luiz Henrique completa um ano de profissional no jogo mais importante do Fluminense no ano até então. O jogador falou sobre a expectativa pela partida e o objetivo do Tricolor na Libertadores da América:

“Libertadores é um campeonato muito difícil, nós sabemos a dificuldade da competição, mas o time está trabalhando muito, dando o máximo na Libertadores. Se Deus quiser, vamos chegar até a final, ser campeões e trazer essa taça para o Fluminense, que merece muito.”

O Fluminense entra em campo hoje, quinta-feira (12), às 21:30 no Maracanã, para enfrentar o Barcelona de Guayaquil na partida de ida das quartas-de-final da Libertadores da América.


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