Fala, jogador – Digão fala com a imprensa no CT

Retornando à preparação para o clássico de quinta-feira, válido pela semifinal da Taça Guanabara, o zagueiro Digão conversou com a imprensa após o treino. Zagueiro do Tricolor falou sobre a preparação para o jogo de quinta, primeiro contato de Ganso com elenco, o uso do VAR na semifinal entre outros. Confira:

• Clima para o jogo

– Acho que não é uma das melhores semanas para se jogar futebol. O clima é muito triste, todos os jogadores passaram por essa transição da base e sabem o quanto é difícil chegar e honrar com família longe, atrás de um sonho. A gente fica triste,  eram jovens com um futuro promissor. (Querendo) dar um futuro melhor para sua família e aconteceu essa fatalidade. A gente fica triste e nesse momento e orar pelas famílias, dar todo apoio e suporte necessário. Tenho certeza que o Flamengo está fazendo isso. E o que resta é orar para Deus confortar o coração de todos os familiares. É difícil, mas infelizmente a vida tem que seguir. É lógico que é uma semana muito triste. Agora é cabeça no Flamengo (para o jogo de quinta).

• Fluminense leva alguma vantagem no psicológico?

– Não existe isso. Eu sinto como se fosse alguém da minha família. Como eu falei, a gente viveu essa fase de categoria de basa e o quanto é difícil. Eu senti muito, como se fosse alguém da minha família. Sou pai, sei o quanto é difícil perder um filho. O Abel sabe muito bem como é essa dor. A gente fica muito triste, mas infelizmente já aconteceu, e a lamentamos muito, profundamente, mesmo. Todos ficaram abalados, não tem essa de que é o Fluminense, Botafogo, Vasco, Flamengo, todos ficaram muito abalados com essa tragédia.

• Recepção do elenco para Ganso

– Foi boa, cara. Ele (Ganso) é muito simples, foi bem acolhido pelo grupo e tenho certeza que vai nos ajudar muito. Tem trabalhado forte e quando tiver condições de jogo vai entrar e nos ajudar bastante.

• Riscos na saída de bola sem chutões

– O que leva você a perfeição é continuar tentando. Os erros vão acontecer, mas não podemos deixar isso nos abalar. A gente vai sempre insistir, o professor (Diniz) manda e dá moral para gente. A gente vai sempre insistir, para que as coisas dentro de campo ocorram bem.

• Dupla com Matheus Ferraz

– Tem sido boa. O Matheus (Ferraz) é um cara experiente, rodado. Tem agregado basante, fez gols, tem nos ajudado. E tenho certeza que com o decorrer do ano essa parceria vai se fortalecer a cada jogo.

• VAR

– Já tive essa experiência na Sul-Americana, com o gol do Gum (jogo pela Sul-Americana contra o Nacional-URU, no Engenhão), naquela polêmica. Sempre ajuda, mas a gente espera que o futebol possa ser jogado dentro de campo sem precisar usar o VAR. Mas se for preciso para corrigir os erros, para mim, é sempre bem-vindo.

• Preparação para enfrentar um time que é tido como um dos melhores elencos do Brasil

– A gente tem treinado dia-a-dia, de 10h a 13h, pensando nos grandes times. A gente treina para grandes desafios. O resultado contra o Vasco não foi o esperado, mas fizemos um bom jogo e agora já passou. Agora é foco no Flamengo. Estamos treinando forte para chegar na quinta-feira e fazer um bom jogo.

• E a preparação para o Flamengo?

– Na semana você treina de acordo com o adversário. A gente começou hoje a preparação pensando no Flamengo e como parar seu ponto forte, que são vários, tem bons jogadores, mas a gente tem que pensar na gente também. Vamos entrar forte e fazer um grande jogo na quinta-feira.

• O que esperar para quinta?

– Um Flamengo forte, como sempre. Independente de quem jogar, vai ser um Flamengo forte. Eles tem grandes opções no elenco, mas a gente também está preparado para fazer um bom jogo.

• Motivos para o jejum de gols no fim de 2018, diferentemente do início de 2019

– Acho que não tem muito um porque. Na temporada passada a gente tentou bastante e as coisas não estavam acontecendo, Naquela reta final (do Brasileiro) a gente estava muito incomodado e não estava fazendo bem para ninguém. Mas já passou, esse ano chegaram outros jogadores e, graças a Deus, estão se encaixando ali, Luciano, Yony, Everaldo. As coisas estão fluindo e a gente espera manter esse ritmo até o final do ano.

• Jogadores ou estilo de jogo?

– Não são os jogadores. Acho que é a maneira de jogar. Estamos jogando mais próximos e isso facilita mais. Não são os jogadores que passaram, ou que chegaram, é a maneira de jogar que está facilitando para todo mundo.

• Confronto contra o Abel

– O Abel é um grande treinador, um grande amigo, uma grande pessoa que eu tive o prazer de trabalhar. Mas dentro de campo não tem muito como prever. Como falei, o Flamengo tem grandes jogadores, que podem desequilibrar a qualquer momento, que fazem coisas diferentes. A gente está trabalhando na semana para neutralizar isso e espero que a gente chegue na quinta-feira para fazer um grande jogo e consiga anular o ponto forte do Flamengo.

• Impacto da eficiência do ataque

– Para gente (defesa) é bom. Quanto mais gols você faz, mais tranquilidade você tem na partida. Ano passado incomodava a falta de gols e aí levava um gol e abalava um pouco. Mas já passou, 2018 ficou para trás, 2019 é um novo ano e a gente espera não passar por isso novamente. Porque era uma coisa que incomodava bastante. Mas eu fico feliz por esse ano as coisas estarem acontecendo bem, estamos conseguindo fazer os gols e as vitórias estão vindo, consequentemente. Então, espero dar sequência nisso para não passar o mesmo que na reta final de 2018.

• Líderes do grupo

– O capitão não é só aquele que carrega a faixa. O treinador escolhe um, mas no grupo são vários que podem exercer essa função. Não vou citar nomes, mas são vários jogadores que carregam isso (liderança) dentro de si. Tem o Airton, Luciano, não ia citar, mas acabei citando (risos), mas são vários jogadores que podem também fazer essa função. Como falei, o capitão não é só um jogador. Todo mundo tem sua liderança dentro de campo. Acho que todos os (outros) 10 jogadores tem condição de fazer essa função de capitão, e líder, dentro de campo.

ST