Fala, jogador – Nenê: ” Vamos buscar a vitória para classificarmos para a semi final do Carioca e focar totalmente na quinta”

Na tarde desta quarta-feira (14), o meia Nenê concedeu entrevista coletiva no CTCC. O jogador falou sobre a expectativa para Libertadores, avaliou o trabalho do Roger Machado até então, comentou a relação dos mais experientes com os mais jovens no elenco e sobre os reforços que estão chegando.

Quanto ao clássico contra o Botafogo, que pode sacramentar a classificação para a semi final do Carioca, e o jogo contra o River Plate, pela primeira rodada da Libertadores da América:

“Sobre o Botafogo, é um clássico, um jogo importante. Por ter adiantado um dia, acredito que será bom para a gente, pois teremos um dia a mais de descanso já que são dois jogos importantes. Com certeza vamos em busca da vitória para ficarmos praticamente classificados para a semi final e podermos focar totalmente no jogo de quinta, que realmente será muito difícil. Até brinquei sobre isso, que seria melhor pegar eles no início enquanto não tem tantos jogos na bagagem e entrosamento. Bom também para ver até onde podemos chegar, vamos duelar com um grande clube e isso vai nos motivar muito. É uma copa de suma importância pra a gente, após tantos anos de espera. Com certeza vamos dar o nosso máximo pra ser um grande jogo e ser uma surpresa, já que nem todos esperam um resultado positivo. Isso serve de motivação.”

Comentou também sobre as recentes contratações feitas para reforçar o elenco:

“Eu acho importante o grupo dar uma encorpada. O ano vai ser muito longo, muitas competições e nós temos que ter um nível de competitividade muito alto. A gente ter jogadores do mesmo nível ajuda muito. Ter peças de reposição ou poder rodar com jogadores experientes. Eu acho importante, a gente vai receber muito bem os que chegarem para que eles possam se entrosar o mais rápido possível e ajudar a gente.”

Nenê reforçou a confiança no grupo na partida contra o River Plate:

“Tivemos pouco tempo, mas a base é a mesma do ano passado e a molecada está bem e confiante. O Roger está alinhando aspectos táticos do time e esses quatro jogos foram bons pra gente voltar ao ritmo. Vai ser um jogo difícil, até porque Libertadores todos os times são complicados, mas acredito que estamos prontos. Ano passado ninguém acreditava na gente e ficamos em quinto no Brasileiro, então a torcida tem que confiar. E os reforços vão nos ajudar ainda mais.”

A ansiedade para estreia e avaliação do trabalho do treinador Roger Machado até o momento:

“É difícil controlar a ansiedade, estamos desde a volta. É uma coisa normal, até bom. Claro que não pode deixar influenciar dentro de campo. Acho que o maior controle é o dia a dia, fazer tudo o que o Roger está pedindo. Na minha opinião é um ótimo trabalho, ele é um cara muito inteligente, taticamente está ajudando muito o nosso time. A cada jogo acontece um tipo de erro, então melhoramos a cada jogo, há um polimento de posicionamentos táticos. Acredito que ele vá fazer um ótimo trabalho no Fluminense. Para controlar a ansiedade é cada um estar focado no que tem que fazer dentro de campo em prol do time.”

Sobre a Libertadores, o meia comentou sobre seu papel no elenco enquanto jogador mais experiente frente aos meninos mais jovens que subiram recentemente da base:

“É um torneio muito especial. Todo mundo tem vontade de jogar. Minha função junto com Fred e Egídio é tentar ajudar o máximo possível com eles dentro de campo, as vezes fora de campo, tranquilizando, dando confiança. O que o Roger não puder falar a gente vai orientar nos treinamentos, no jogos, no posicionamento. Porque são jogadores que vão nos ajudar muito mesmo sendo muito jovens. O Kayky, por exemplo, tem uma cabeça muito boa, muito bem lapidado. Essa junção e nosso ambiente, a liberdade que a gente dá pra eles no dia a dia, as brincadeiras… Nossa função é essa aí, deixar eles o mais à vontade possível para render o que rendiam antes de chegar aqui.”

Falou ainda sobre a sua titularidade e a situação de Miguel:

“Acho que venho mostrando resultado, a gente vê através das estatísticas. Continuo ajudando, me sinto fisicamente bem, então a parte técnica sobressai. Acho que por isso venho me mantendo. Sobre o Miguel, a gente precisa motivar ele todos os dias, é um jogador jovem e tem muitos jogos pela frente. Sempre que entrou nos ajudou, tem muita personalidade. É ter paciência, continuar se doando ao máximo para na hora que oportunidade aparecer, ele entrar e não sair mais.”

Comentou sobre o rendimento no Carioca e a capacidade da equipe em reverter placares:

“Qualquer jogo temos que ter essa capacidade. A gente não pode tirar conclusões precipitadas por 2 ou 3 jogos em que estávamos pegando ritmo. Contra o Volta Redonda pudemos vencer o jogo e empatamos, estava muito calor e acabamos tendo chances e não marcamos, no final desorganizamos e tomamos o gol. No clássico conseguimos empatar, não perdemos. Depois começamos a ganhar. Então não acho que seja um parâmetro, mas nos dá uma direção. O ideal é que a gente não tenha que reverter resultado, entrar focado e concentrado e fazer o resultado, matar o jogo.”

Opinou sobre a contratação do meia Cazares, que vem do Corinthians para reforçar o elenco:

“Acho um grande jogador, tem muita qualidade. É inteligente, tem um bom passe e com certeza vai nos ajudar. Em determinados momentos podemos jogar juntos, não será um problema, já aconteceu comigo e com o Paulo. Ainda mais jogando num tripé, em que as vezes precisamos de três meias. Então a maneira como o Roger joga traz essa possibilidade de ter os dois em campos. Achei muito boa contratação.”

Comentou o fato da CONMEBOL ter adquirido 50 mil doses de vacina contra Covid-19 e se se sentiria confortável em se vacinar:

“É uma situação muito complexa. É preciso ter um bom senso, porque a saúde é muito mais importante do que o trabalho. Não sei se me sentiria confortável. Tem que ter primeiro as prioridades, depois a gente. Mesmo a gente se expondo mais, estamos em um ambiente que segue todos os protocolos, então acho uma situação desconfortável a gente ter essa prioridade.”

Por fim, falou do peso do Carioca e sobre a Libertadores:

“Um peso muito grande. Quando o Fluminense entra em um campeonato, qualquer campeonato, ele entra em busca do título. O peso é grande e a gente tem que entrar buscando o título. Então é importante que a gente consiga um bom resultado no sábado. E em Libertadores, espero que eu tenha duas ou três edições ainda pra queimar.”