Fala, professor! “Procurei dar mais atenção na defesa. É o princípio básico do futebol”

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Oswaldo de Oliveira foi apresentado nesta tarde para ser pela terceira vez o treinador do Fluminense. Com passagens em 2001,2002 e 2006, o treinador chega para substituir Fernando Diniz no comando tricolor. Ele falou sobre o elenco tricolor, a continuidade do trabalho do antigo treinador, seus métodos e renovação no futebol brasileiro. Confira a entrevista completa:

Sobre um desentendimento com Celso Barros:

O: “2006 foi meu 1 encontro com Celso, eu não me lembrava. As pessoas vão falando. As reticências são lembradas, pessoas vão falar. Mas hoje, 13 anos depois, estamos alinhados no mesmo objetivo, pensamos da mesma forma, querendo o que todo tricolor quer. Nós vamos trabalhar juntos pra fazer o Fluminense grande.”

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Você teve uma passagem muito marcante pelo Fluminense, mesmo sem títulos. Era um time que jogava pra frente. Hoje você tem desconfiança da torcida. Como você trabalha com a repercussão negativa, mesmo tendo uma boa passagem em 2001?

O: “Eu tenho um defeito que eu não procuro avaliar essas coisas. Gosto de decidir as minhas coisas sem interferência externa. Foi uma coisa que foi sendo desbastada, a medida que o tempo passou as pessoas foram raciocinando, hoje venho um ambiente diferente, torcida favorável. Eu não pude seguir junto com a equipe por motivos particulares, fui na quinta com 30 tricolores, tensos com o jogo. Mas receptividade foi maravilhosa, vi todo muito otimista e teve continuidade com resultado que tivemos lá. Porque todos diziam que o Flu estava desclassificado e conseguimos pelo menos trazer a decisão pro Maracanã. Eu to acompanhando, Já tem 30 mil ingressos vendidos. Isso mostra a confiança da torcida, não em mim, mas no Fluminense, acreditando que nós podemos ter essa conquista, avançar na competição e criar uma aura de tranquilidade, favorável pro trabalho.”

Você deu a entender que vai aproveitar muita coisa do Diniz. Hoje se discute muito no futebol sobre quem propõe jogo ou quem reage a quem propõe o jogo. Como o Oswaldo de hoje vê essa questão?

O: “Eu sempre tive a mesma linha. Equipes anteriores, vencedoras, quando o time é muito bom gosto de propor o jogo, ir pra frente e correr risco. Quando você precisa ter alguns cuidados, você vai ter, é claro. Mas isso não pode ser encarado de uma maneira definitiva. A cada jogo, com as forças que você tem, você pode tentar neutralizar a força do adversário. Isso é o jogo. Existem equipes com uma supremacia absurda, que jogam igual dentro ou fora de casa. Mas eu acho o futebol brasileiro muito equilibrado, e muito forte também. Tem 12 equipes fortes. Tem que analisar o nosso momento e o do adversário.”

Nos últimos anos vimos alguns treinadores novos substituindo treinadores antigos. Esse ano mudou. Cuca no São Paulo, Luxemburgo no Vasco, você no Fluminense. Como você vê essa questão?

O: “Eu acho legal, a renovação tem que acontecer. Todos dos que estão despontado são pessoas de altíssima competência. E essa alternativa eu procuro não fazer, acho isso muito eventual. São parâmetros usados pra dar um colorido aqui e ali, mas a competência não pode ser medida pela idade. A idade dá mais experiência, mas a competência decorre de uma série de circunstâncias.”

O Diniz falou do orgulho de resgatar alguns jogadores como Caio Henrique e Allan. Queria que você falasse um pouco do time e da parte defensiva? 

O: “Eu conheço o trabalho do Fernando. Ele fez isso no Audax, por exemplo. Hoje temos jogadores no futebol Brasileiro que ele lançou. Ele fez isso com Caio, Allan e os meninos de Xerém. E vamos dar continuidade. Isso coincide com as minhas características. Todo clube que passo eu revelo jogadores, promovo, dou força, tento recuperar jogadores fora do mercado. Isso é normal e vamos procurar dar continuidade sim. Jogador depende da condição mental também. Corpo e mente tem que caminhar junto.”

O Diniz vinha trazendo o Caio pro meio e Mascarenhas na lateral em alguns treinamentos. Você acha isso uma possibilidade?

Sem dúvidas, mas o Mascarenhas tá lesionado, não vem nem podendo treinar. Mas é uma situação que pensamos sim.

A defesa é o setor que precisa de mais atenção?

Eu procurei no jogo passado e ontem dar mais atenção ali. É um princípio básico do futebol. Dei atenção sim.

Seu primeiro jogo no Brasileirão vai ser contra o Avaí. O Flu é favorito. O Diniz foi demitido contra o vice-lanterna. Você acha que esse jogo entra com mais pressão por causa disso?

Eu assisti ontem Avaí e Corinthians. Eles ficaram perto da vitória. É uma equipe que está crescendo com o Alberto. Um dia vão vencer, espero que não seja segunda-feira. Nesse momento não penso no Avaí, penso na quinta-feira, em classificar para semi-final da Sul-Americana.

 


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