Fala, Roger: “A marca do time é o time de guerreiros”

Compartilhe

Por Matheus Maltoni e Bruno Sznajderman

O Fluminense empatou neste domingo (13) contra o Red Bull Bragantino fora de casa por 2×2 e fechou a sequência de três jogos em onze dias contra o clube paulista. Na coletiva pós-jogo, o técnico Roger falou sobre a reação nos últimos minutos, sobre a confusão na saída e muito mais, confira:

Empate com gosto de vitória?

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

“Esse empate sem dúvidas tem um gosto de vitória, pela circunstância, eu frisei com os atletas depois do jogo que eu não ia falar dos erros que nós cometemos naquele momento e exaltar somente o poder de reação e de entrega que nós tivemos no jogo, que nos proporcionou esse empate com gosto de vitória. Um ponto importante. A gente sabia que seria um jogo tenso, em função da circunstância: de nós termos eliminados eles na Copa do Brasil, há 3, 4 dias atrás. E era um jogo que nós precisávamos oxigenar alguns atletas, um jogo de risco, do ponto de vista físico, acabou que nós tivemos problema com Samuel, e tive que substitui-lo também, porque é um desgaste muito grande, e a gente conseguiu se manter na partida porque os jogadores que entraram e entraram bem. Sem dúvida, é um empate com gosto de vitória.”

Sobre a melhora no segundo tempo e a partida do Ganso

“Foi basicamente a gente entender a característica que o jogo tá pedindo. A gente já tira amostra de dois jogos contra o adversário, que mostra que o gatilho da pressão é quando a gente volta a bola no nosso campo. Os erros que nós cometemos na saída de bola resultaram os dois gols que nós sofremos. Eu busquei esclarecer o que o jogo tá pedindo, não é que não possa retornar a bola ao nosso campo, mas que tenha uma busca de profundidade nas costas do adversário que subia a linha quase no meio campo. Os espaços no campo não diminuíram, só mudaram de lugar, se a gente fizesse o gol entraríamos na partida, como entramos, com as substituições também, colocando o Raul (Bobadilla) que busca essa profundidade, empurrou um pouco o Bragantino pra trás e assim conseguimos oportunidades que combinaram no nosso gol de empate. Fora de campo a gente monta a estratégia, mas dentro de campo os jogadores têm que fazer a leitura o mais rápido possível. Algumas coisas no futebol brasileiro que eu me sinto um pouco contrariado é inverter a lógica do jogo, é a gente querer manter a posse com o goleiro e os nossos zagueiros. A gente tem que buscar a posse no campo do adversário, é aonde você tá mais perto do gol”

Sobre a substituição do Ganso e as lesões de Samuel Xavier e Nino

O Paulo (Ganso) é um jogador articulador, porém eu tinha hoje no campo o Luís, que por característica não é um jogador que puxa profundidade. É um jogador que joga com o corpo do adversário. O Caio já busca essa profundidade nas costas e o Abel é um jogador mais centralizado entre os zagueiros, então quando a gente pegava essa bola e municiava o Caio, como a gente estava recompondo com nossos dois pontas, demorava pra que a gente tivesse uma opção logo de primeira profundidade vindo do centro do campo. A opção por tirar o Paulo e adiantar o Yago, que tem fluidez naquela zona do campo como meia que já foi, a gente tinha ao pegar a bola o Raúl (Bobadilla) puxando de um lado e depois o Kayky pelo outro que tem bom um contra um. Depois a substituição do Nenê era pra tentar o empate como a gente conseguiu. Imaginava que sem o Ganso a gente perderia em técnica, mas ganharia em velocidade nas costas do adversário, como aconteceu. Com relação ao Samuel e o Nino, eles relataram alguma coisa, mas agora gente vai ver o que de mais sério pode ter acontecido. São 12 jogos quarta e domingo, se não tomar o cuidar de alternar, começam os pequenos problemas, são muitos jogos e você não tem o tempo de recuperar. Vamos torcer que a parada seja pequena.

Sobre a característica do time

“A marca do time é o time de guerreiros. Essa é a marca que eu assumi dentro de campo. Fora do campo eu era um jogador mais reservado, mais tímido, mas dentro de campo eu era muito aguerrido. Gosto de ver o meu atleta se entregar até o final. Mas isso já vinha desde o ano passado. A gente só incrementa com algumas pitadas, algumas informações, posicionamentos. Se ganha e se perde no primeiro minuto e no último minuto. Falo para os atletas quando entram em campo que 5 minutos é muito tempo. Falo pra eles aproveitarem cada minuto. Aproveitem cada minuto, se entreguem sempre e não desistam nunca.”

Sobre a confusão no final do jogo e possíveis mudanças contra no próximo jogo

“Nos temos um dia a mais pro jogo contra o Santos, e um dia mais é um abismo de tempo de recuperação dos jogadores, mas a gente vai ver com a fisiologia como fazer. Eu não vi a confusão, mas depois de dois jogos contra o adversário, uma eliminação, vai haver uma tensão e é sempre muito difícil jogar aqui, os nervos estão mais exaltados. Eu saí em direção ao vestiário exatamente porque percebi que começou um bate e boca na beira de campo e eu não queria me envolver pra não causar mais rivalidade, até porque nós não somos inimigos, somos adversários, quando acaba o jogo, tudo fica no campo.”


Compartilhe

7 thoughts on “Fala, Roger: “A marca do time é o time de guerreiros”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *