Fala, professor – Roger: “A partir de agora a gente foca todas as nossas atenções para a Libertadores”

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Por: Edu Marques e Gabriel Gonçalves

O técnico Roger Machado concedeu uma entrevista coletiva após a vitória por 1×0, sobre o Botafogo, no Maracanã, em jogo válido pela 10° rodada da Taça Guanabara. O treinador falou sobre o novo esquema utilizado em campo no clássico, os novos reforços que fizeram suas estreias e sobre as expectativas para o jogo de quinta-feira – primeiro jogo do Flu na Libertadores da América, contra o River Plate, no mesmo estádio.

Sobre o novo esquema, Roger afirmou que funcionou coletivamente, no entanto, que a equipe falhou em aspectos parecidos aos dos jogo anterior. O treinador disse também que essa vitória ajudou a equipe em focar somente no jogo de estreia na Libertadores, afinal o Tricolor se classificou, antecipadamente, para as semifinais do Estadual:

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“A motivação de entrar com sistema diferente do que a gente tinha entrado, ela passa pela estratégia do jogo. Da forma que a gente acreditava que poderia levar vantagem dentro do campo de jogo e se defender do estilo do jogo do adversário. Mas sem dúvidas nenhuma, foi uma proposição importante e ela pode sim ser uma alternativa para a estreia da Libertadores. Foi um jogo que tivemos uma consistência importante, coletivamente fomos muito bem e pecamos em alguns aspectos semelhantes ao jogo anterior. Mas vencemos uma partida que tivemos um equilíbrio muito grande e que nos deu tranquilidade de, a partir desse momento, poder focar somente na Libertadores, já classificado, tendo o último jogo para definir a colocação entre os times que estarão na próxima fase do estadual.”

O primeiro jogo na competição internacional será na próxima quinta-feira, dia 22, e o técnico falou sobre o foco da equipe para esse compromisso e a importância dessa vitória contra o Botafogo. Ele comentou também sobre o Fluminense ter sido o time que mais colocou jogadores para jogar no Estadual:

“A partir de agora a gente foca todas as nossas atenções para a Libertadores. Em função da classificação antecipada, nos dá a possibilidade de projetar esse último jogo com um pouco mais de tranquilidade, podendo usar jogadores diferentes se for o caso. Então, por isso que foi muito importante o jogo de hoje. Nós não gostaríamos de deixar para depois da estreia na Libertadores, o jogo decisivo que nos daria tempo de classificar. Nos fomos, até agora, o time que mais usou jogadores no Estadual e o nível subiu. Então, é sempre bom a gente olhar para esse aspecto na hora de colocar jogadores em campo.”

O treinador disse que observa de perto o River Plate, que estuda o estilo de jogo adotado pela equipe argentina em campo e que os estudos mais refinados do adversário irão começar agora. Roger ressaltou que é um grupo difícil que o Tricolor está, no entanto, pontuou que o Fluminense é o protagonista:

“Os jogos do River Plate passam toda hora na Tv. A gente que trabalha com futebol, tem todos os canais do futebol aberto da maioria das ligas do mundo e claro da sul-americana. O River tem um treinador há quase cinco anos, tem um modelo muito clássico de jogar, que é também com médios no meio-campo, mas não com meia de articulação na cabeça desses médios com dois atacantes na frente. Propõe o jogo com amplitude dos laterais, buscando o desequilíbrio quase que as laterais não participam da jogada de articulação na saída de campo. Protegendo também os times das transições com três jogadores de fortes pegadas no pós-perda. A partir de agora, a gente começa a olhar com um pouco mais de detalhamento, mas o segredo e o sucesso do River está obviamente na qualidade dos jogadores num modelo desenvolvido há muito tempo. Agora vamos começar o refinamento do estudo do adversário, mas sabendo que estamos jogando em casa num grupo difícil, mas que nós somos protagonistas também neste grupo.”

Roger Machado em coletiva após a vitória por 1×0 sobre o Botafogo (FOTO: Lucas Merçon)

Novas contratações:

“Os outros jogadores que estavam conosco eu conheço dentro do sistema que trabalhamos, que não é um só. Nos treinamentos também tenho a possibilidade de trabalhar em outros sistemas, pontualmente para determinada situação de cada jogo. Hoje eu tive a oportunidade de ver o Cazares sobretudo o Samuel, que só tinha conhecimento de jogar contra muitas vezes, mas quando você trabalha ao lado do jogador que você tem o conhecimento de características mais detalhadas. O Cazares já trabalhamos juntos então eu sei onde posso utilizá-lo. Eu posso utilizá-lo por atrás do centroavante, eu posso utilizá-lo como tripé como ele entrou no jogo, posso utilizá-lo no lado como ele acabou a partida. Abel e Bobadilla são dois jogadores de ataque. O Abel é um jogador mais centralizado, mas também faz lado. O Raul joga dentro e pelos lados também com força e velocidade, podendo me dar alternativas, até mesmo conseguir jogar com dois atacantes na frente, em função do Raul ser um jogador de mais mobilidade, velocidade e de busca de espaço. A vinda de Manoel abre um leque de possibilidades. Então eles me dão alternativas. Na minha opinião, a gente contratou quatro ou cinco jogadores, mas que pode se transformar em oito ou nove porque atuam em função diferentes e nos dão um leque maior.”

Possível perda de espaço da base para as contratações:

“Vão se adaptando de acordo com as funções do jogo. Os jovens são muitos importantes. A gente já demonstrou isso na utilização deles, mas também erámos cobrados porque se entendia que os jovens não segurassem uma Libertadores com muito peso. Então, a gente vai no mercado buscar jogadores com mais experiência e com características e capacidades que podem além de nos ajudar em campo, podem ajudar o desenvolvimento desses jogadores. O jogador jovem precisa desse cara mais experiente para que ele consiga desenvolver bem. A gente não quer abrir mão dos jogadores que até agora nos trouxeram até aqui. Queremos que ele continue contribuindo com a gente, estando no campo ou entrando cinco minutos. Os jovens sabem, eles precisam entender que o processo é esse. Ora se anda uns passos para frente, ora se retrocede um pouco. Queremos que os jogadores se revelem para o Brasil e para o mundo de uma forma bastante contundente e cada um no seu tempo.”

ST


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