Fala, professor! Roger: ”Acabei de agradecer os atletas por permitir que eu realizasse um sonho pessoal”.

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Por Bruno Sznajderman, Davi Barbosa e Gabriel Gonçalves

Em coletiva concedida após o jogo entre Fluminense 3×1 Portuguesa, vitória que classificou a equipe tricolor para a final do Campeonato Carioca, Roger falou sobre entrada de Kayky, situação de Miguel, segurança dos jogadores mais novos, entre outras coisas, confira:

Entrada de Kayky no intervalo e sobre a estratégia dos atacantes de pressionarem os zagueiros

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“O que funcionou contra a Portuguesa no primeiro jogo não se repetiu no primeiro tempo dessa partida. É obrigação dos dois atacantes, quando a bola entrava em um corredor lateral, colocar o zagueiro adversário para correr com a bola para dentro dos do nosso campo, porque correndo com a bola, ele tem mais dificuldade de tomar uma decisão. E aí as vezes que nós roubávamos a bola, de um lado a gente tinha a profundidade do Biel, mas no outro a gente não tinha a profundidade do Cazares, porque não é da característica dele. Então optei por, justamente, dar essa velocidade pelos dois lados e foi exatamente nesse tipo de jogada que a gente conseguiu”

Perguntado sobre a segurança dos jogadores mais novos, seja na Libertadores ou Carioca, Roger respondeu:

Eu acho que o ambiente construído internamente com essa mescla de jogadores mais veteranos com a juventude é o que me acerta. Em determinado momento a alegria, espontaneidade e por vezes a boa irresponsabilidade desses jogadores é que fazem com que eles sejam imprevisíveis no momento de entrar em campo. Quando, em muitas vezes eu vou pedir pra eles tocarem, eles vão pra cima e limpam a jogada, e por exemplo, o Kayky deixa o Biel na cara do gol em condição de finalizar e o Biel tem a frieza de não tentar com a bola quicando, dominar e conseguir finalizar com precisão no alto, usando o gesto técnico adequado para o momento. Eu acho que é uma combinação de fatores, eu fico toda hora no ouvido deles, quando eles fazem as coisas certas, elogiando e quando eles tem algum equívoco, reposicionando. E isso também faz parte do processo de evolução. O que a gente precisa ter agora, nesse processo é quando voltar a torcida, eles vão ter o peso do torcedor, que na maioria das vezes vai apoiar mas também, quando não tiverem fazendo a coisa certa vai os pressionar e eles vão ter que ter o discernimento e a tranquilidade que está sendo construída nesse momento. Acho que quando o momento chegar, eles vão estar maduros o suficiente para enfrentar os torcedores adversários que vão tentar se impor, e fazer caldeirões. Mas é também uma geração diferente da minha, e das anteriores, e a gente vai ter que saber lidar e adaptar com essa geração. Saber que a evolução deles não vai acontecer plenamente de um momento para o outro, que eles vão ter altos e baixos, mas é uma continuidade de evolução que não vai ter retorno.

Sobre a situação de Miguel, que entrou na justiça pedindo rescisão unilateral na semana passada

O que eu posso dizer é que a gente tem outros meninos na base, que estão esperando a oportunidade. E para a vaga do atleta que saiu, a gente vai buscar um outro atleta lá da fábrica de Xerém, para que a gente consiga suprir essa ausência. O Miguel sempre esteve dentro do nosso planejamento, mas eu não gostaria de comentar um assunto que já não é mais técnico e sim administrativo.

Calegari entrando como volante

Usei como alternativa, porque eu já tinha o Yago com cartão amarelo e o Martinelli no jogo por mais de setenta por cento do tempo. E a gente também tem jogo decisivo na quarta-feira. Foi uma alternativa encontrada pontualmente para a partida, mas nada que me impeça de no futuro poder usar também. O Samuel fez um bom jogo. E quem ganha com isso é o clube, são os companheiros. Seja quem for ali, Calegari ou Samuel, aquele lado do campo estará bem seguro

Sobre como chegar ”o Roger” para a final do Campeonato Carioca

Acabei de agradecer os atletas por permitir que eu realizasse um sonho pessoal e profissionalmente. Poder novamente, depois de ter sido atleta do clube, agora como treinador, voltar a disputar uma final de competição, uma final de estadual. Isso pra mim é muito gratificante. Eu chego extremamente motivado, realizado e mais do que essa realização, obviamente é o título. Chego revigorado, com um grupo que me acolheu muito bem, e que nos trouxe até esse momento da competição, forte. E avaliação do trabalho, acho que é positiva. Não apenas pelos resultado que nos levaram à final, e que nos colocaram no primeiro lugar da Libertadores até esse momento, por que eu faço parte de um grupo especial, de um clube especial e que trabalha com muita seriedade para e isso que me deixa feliz de fazer parte desse projeto, desse clube que eu fiz eu fiz história e que continuo construindo a história também.

Foto: Lucas Merçon/ FFC

ST

 


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