Fala, professor – Roger Machado: “Foi um jogo muito duro, digno de uma semifinal do campeonato regional”

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Por: Gabriel Gonçalves e Bruno Sznajderman

Na noite deste domingo (2), o Fluminense empatou com a Portuguesa-RJ pelo placar de 1 x 1. O confronto foi realizado no Estádio Luso-Brasileiro e válido pela semifinal do Campeonato Carioca. Os mandantes saíram na frente logo no primeiro tempo com Chay. O Tricolor empatou com Abel Hernández, no segundo tempo. Os dois gols foram de pênalti marcados com auxílio do árbitro de vídeo.

Após o apito final, o técnico Roger Machado concedeu uma entrevista coletiva e analisou o desempenho do Flu no confronto. Além disso, o treinador foi questionado sobre a vantagem que o Tricolor tem para o segundo jogo.

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– Vantagem é sempre vantagem. Uma pequena vantagem construída por uma colocação boa na fase antecipada da competição. Com relação ao jogo, foi um jogo muito duro, digno de uma semifinal do campeonato regional em que muitos momentos se mostrou mais aberto, em outro, se mostrou um jogo de transição e organização, alternando os domínios por cada lado. Nós criamos quatro ou cinco situações de ampliar o placar, o adversário também, em jogadas de velocidade, contra-ataque, uma das suas virtudes. Porém, os dois gols foram decididos pelo VAR. De mão na bola, que se transformou em penalidade, mas eu penso que foi um jogo bem disputado que a gente rendeu bem. Qualquer uma das duas equipes, talvez, pudesse sair com o resultado a seu favor pelas oportunidades que criou. No final do jogo, talvez a mais clara que tivemos, com Caio e com Raul finalizando perto do gol, poderia decretar uma vantagem maior. Mas a gente não imaginava facilidade de forma alguma. O adversário valorizou muito esse ponto, o campo atrapalhou muito porque prendia muito a bola. Mas são ingredientes de semifinal de Carioca.

Sobre atuação do Gabriel Teixeira

– Acho pouca coisa até avaliar como boa a atuação dele. Acho que teve excepcional atuação, com virtudes de beirada, vitória pessoal pela ponta, de finalização. No final da partida coloquei ele por trás dos centroavantes, mas continuou com fôlego. Antes, a opção por tê-lo pelo lado era pela vitória pessoal com ele e do outro o Casares. Na medida do possível funcionou bem. Achei que o Ganso foi bem na forma que entendo que ele deve jogar, articulando, se doando na defesa. Então não consigo elencar só um na equipe, fomos muito bem coletivamente. Na outra partida tivemos expulsão do Egídio, optei pela saída do Biel, porque achei que era mais embate físico. Na bola aérea o Caio Paulista é melhor. A escalação vai depender do adversário, do que penso para cada jogo.

Jogar com dois jogadores na frente

– Eu penso que tudo é possível, no último jogo de fase de classificação eu usei o Abel com Raul à frente. Penso que Abel e Fred tem características um pouco mais parecidas. Tem um modelo que eu gosto de usar, usei no começo da carreira que é pra que eu consiga jogar com dois atacantes à frente. Eu preciso tentar compor um meio com três médios e um meia de enganche. Esse modelo, infelizmente a gente deixou de utilizar durante muito tempo no futebol brasileiro. E ele é um sistema que eu preciso ter três médios. As vezes, as pessoas confundem que você vai jogar com três volantes, ter jogadores de meio e você vai ser defensivo. Eu tendo um enganche à frente e dois atacantes é possível. Só que pela estrutura de novos sistemas, pela amplitude dos campos em lateralidade, às vezes é muito difícil conseguir com três médios que eles cumpram a lateralidade do campo porque a gente desacostumou a usar esse sistema. E é preciso lapidar esses jogadores para que usem, é possível sim. Eu já treinei esse sistema, em treino, mas pegando o feedback dos atletas, muitas vezes eles disseram: ‘Professor, quando roda um lado a gente não consegue fazer uma abordagem rápida do lateral, a gente vai ter que descer o bloco e marcar muito perto da nossa área’ porque esse sistema privilegia você espremer o adversário em um lado do campo e não permitir inversão. Mas, eu vou seguir buscando sim, porque eu também gosto de atuar com dois jogadores à frente de definição, por vezes, com a amplitude dos laterais, não mais dos pontas.

Foto: Mailson Santana/Fluminense FC

Planejamento para a semana visando Libertadores e o jogo da volta da semifinal do Carioca

– Teremos grau de dificuldade superior pelas características diferentes do nosso adversário. Por entre outras coisas, ter centroavante à frente que é o Borja, com quem trabalhei no Palmeiras, sei das suas virtudes para procurar espaços em profundidade curta para perto do gol. Mas a gente pensa jogo a jogo. Não há espaço mental para pensar no jogo de quinta agora. A recuperação mental e emocional não aconteceu ainda desde o jogo da Colômbia. Vim para o jogo mentalmente exaurido. Precisando fazer esforço grande muito importante. Procuramos descansar fisicamente e estudar a partir de agora. Não vi nada ainda do adversário, mas vi jogo na primeira rodada é claro, mas é um olho de análise, olhar de observação é diferente.

Foto Destaque: Mailson Santana/Fluminense FC


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