Flu paga por defesa se Rodolfo – jogador se resguarda na família para se reerguer

A diretoria do Fluminense está buscando auxílio de um escritório especializado em doping, e demais questões esportivas, para tocar a defesa de Rodolfo. O goleiro foi pego no exame antidoping no jogo diante do Atlético Nacional e está suspenso desde a publicação do resultado – lembrando que não foi contestado o resultado.

A partir daí o Flu passou a dar todo o apoio ao goleiro para que ele possa de defender, diante do tribunal da Conmebol, além, é claro, de dar todo o suporte ao jogador para superação desse momento complicado de vida e de carreira. A estratégia desenhada não é amplamente divulgada para não prejudicar a defesa do atleta. Mas partirá do princípio de que Rodolfo sofre de uma doença (adicção), que a substância encontrada não tem objetivo de trazer melhoras nas condições físicas e de jogo e, por fim, tentar minimizar o uso da substância pois seria uma “droga social” e seu uso seria “recreativo”.

O grande temor de todos é em relação à reincidência do jogador. Ele já passou por problema idêntico, quando ficou suspenso por 2 anos, até voltar ao futebol no Athlético-PR, antes de se transferir para o Flu. Nesses casos, a pena aplicada pode ser dobrada pelo tribunal. E nesse ponto já tem uma questão controversa pois, na época de sua primeira condenação, a pena mínima pelo uso de cocaína era de 2 anos, o que ele acabou pegando. Contudo, hoje a pena mínima está estabelecida em 4 anos, o que se considerarem para aplicar como pena dobrada, pode decretar o final da carreira do atleta, hoje beirando os 30 anos de idade.

Por outro lado, e também o mais temido, é que nesses casos o banimento do esporte também é considerado pelos tribunais. Existem alguns entendimentos que penas mais rígidas e uma tolerância próxima do zero, sirva de exemplo aos jovens atletas para que se afastem de qualquer tipo de doping, seja por recreação, seja por querer, de fato, alguma melhora na condição física e obter vantagens no esporte.

Rodolfo hoje se resguarda na família para superar esse momento triste de vida. Mesmo pessoas mais ligadas ao atleta, e seu próprio estafe, têm respeitado esse momento e ficado mais afastadas dele, mas sempre solicitas naquilo que ele precisar. Até mesmo os seus companheiros de equipe, como Daniel – que já havia atuado com Rodolfo no Oeste – e o conhece de longa data, estão mais afastados do jogador. Ainda assim, todos demonstram grande solidariedade com o companheiro, dono de um senso de humor único, que agitava os bastidores do Reino.

A audiência preliminar ainda será confirmada e o caso pode se arrastar por meses, até mesmo pela possibilidade de recursos à instância mais alta, na própria FIFA. Os primeiros passos já foram dados e, agora, é esperar pelo agendamento das audiências que irão julgar Rodolfo.

ST

Fonte: Globo Esporte, por Hector Werlang