Flu procurou Pedro para acordo – representantes do atleta “cozinharam” a situação

Não estamos aqui para defender “A” ou “B” quando se trata de direitos trabalhistas, pois entendemos que quem trabalhou merece receber o que lhe é devido e ponto. Isso não cabe discussão. 

O caso de Pedro se assemelhou a de outros profissionais que, recentemente, deixaram o Fluminense. O clube, sabendo de suas obrigações em verbas rescisórias, e demais referentes à rescisão de contratos de trabalho, conseguiu compôr, com alguns ex-funcionários, acordos para que o pagamento fosse realizado dentro de um prazo pré-estabelecido e de forma parcelada. Foi assim com Fernando Diniz, por exemplo, foi assim com Marcos Júnior – que também declarou que faria o acordo por amor ao clube.

No caso do atacante Pedro, a diretoria tricolor buscou a composição com seus representantes, tão logo o jogador se transferiu para o futebol italiano. O atacante, neste momento, deixou seu pai conversando com o clube para resolver as pendências que por aqui ficaram. Ao longo desse período, inúmeras mensagens foram trocadas entre as partes, sempre com o intuito de que se chegasse a um acordo. Ledo engano.

Não só os documentos enviados pelo clube aos representantes, na ação, são usados contra o próprio, como o print das próprias mensagens, com se pode ver nas imagens abaixo. O advogado do jogador, Dr. Carlos Theotonio Chermont de Britto, optou por ingressar na justiça, cobrando não só as tais verbas rescisórias, mas também indenizações pela lesão e por eventuais aumentos salariais não cumpridos pelo Flu.

É notório que o Dr. Chermont é torcedor do Flamengo, onde chegou a ser conselheiro. O mesmo, inclusive, já defendeu os interesses de outros atletas em ações contra Vasco e Botafogo, onde sempre pediu, em sua inicial, a exclusão dos clubes do Ato Trabalhista. Inclusive Chermont foi patrono do Wellington Silva (lateral que processou o Flu). No processo, celebrou um dos primeiros acordos da gestão Mário Bittencourt.

Pedro se lesionou e ficou por quase 8 meses fora de combate. Neste período, o clube pagou integralmente seus vencimentos, além de arcar com todas as despesas médico-hospitalares, assim como seu tratamento fisioterápico, que foi liderado por uma autoridade mundialmente reconhecida, Dr. Nilton Petrone (o famoso Filé). Após as tratativas com seus representante, e antes mesmo de qualquer negativa, o clube agora se surpreende com a ação movida pelo seu ex-camisa 9.

Procurada, a diretoria ainda não se manifestou.

ST

Imagens presentes nos Autos do Processo: