Flu pretende ir à CBF discutir legislação vigente – intenção é envolver a FIFA e o tempo de contrato dos mais jovens

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O presidente Mário Bittencourt reafirmou, hoje em entrevista ao canal SporTv, que pretende se reunir com a cúpula da CBF para que a legislação vigente, que trata dos primeiros contratos profissionais dos atletas com menos de 18 anos, bem como o desequilíbrio nas negociações com os clubes europeus – com maior poder econômico – seja revista pela FIFA, entidade que comanda o futebol mundial:

“Já marquei uma reunião com a CBF para falar sobre essa legislação. A gente fica na mão do mercado europeu com esse formato. Vou falar com outros presidentes para viabilizar uma mudança dessa legislação. Não é possível que seja o mesmo formato do mercado de fora, já que somos o mercado vendedor” – disse, em coletiva no início de janeiro.

Hoje, no SporTv, o mandatário explicou que já procurou agendar uma reunião com Rogério Caboclo, mas que o compromisso ainda não foi agendado em decorrência da final da Libertadores, envolvendo dois clubes brasileiros (Palmeiras e Santos) além da final ser no Maracanã:

– E como falei na últimas coletiva não consegui ir na CBF para iniciar o tema pois está na época da final da Libertadores e o pessoal lá está envolvido nisso. Mas na semana que vem já conversei com o Walter Feldman, secretário geral da CBF e pedi uma audiência com o presidente Rogério. E depois vou chamar meus colegas que são presidentes, até porque sou membro da CNT, para rediscutir alguma forma desse controle voltar minimamente a ser dos clubes.

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A intenção do presidente é reunir elementos e levar ao conhecimento da FIFA o desequilíbrio que encontra amparo na legislação vigente. Importante ressaltar que a Lei Pelé fala em cinco anos de contrato, no entanto, a FIFA estipula em 3 anos o prazo máximo para a assinatura do contrato envolvendo jogadores menores de 18 anos:

– O que acontece agora, é algo que precisamos rever no futebol brasileiro, e já iniciamos conversas com a CBF, em relação aos contratos dos atletas profissionais de futebol. Rapidamente, vou fazer um preâmbulo de como funciona: os atletas menores de 18 anos, só podem assinar um contrato de prazo máximo de 3 anos, pelo que estabelece as normas internacionais da FIFA. Apenas a partir dos 18 anos é que o atleta pode assinar um contrato de no máximo 5 anos. Contudo, toda e qualquer negociação depende da anuência do atleta, pois o mesmo não é obrigado a trabalhar onde não quer – e segue – E isso demonstra a todos que a legislação favorece os clubes de maior poderio financeiro, que no caso não são os clubes brasileiros, muito menos, nesse momento, o Fluminense. E é por isso que eu venho insistindo junto à CBF para que possamos conversar, até porque essa é uma demanda de todos os clubes, para que possamos informar, de alguma forma à FIFA, que essa legislação, com um contrato de no máximo 3 anos, antes dos 18 anos, favorece aos clubes europeus, de maior poderio financeiro, o mercado comprador. Nós somos o mercado vendedor.

ST

 

 


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