“Flu(nel)” do Tempo – Nos Fla-Flus é o “ai Jesus”

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Dez anos depois da Barrigada, Flu voltava a vencer o Clube de Regatas da Gávea em uma final. Partida ficou marcada pela goleada e pelo golaço de Preto Casagrande. Com o título, Fluzão disputaria a final do Carioca com o Volta Redonda e se sagraria campeão do Carioca.

O primeiro tempo foi disputado na base da raça. A técnica e tática deram espaço para um jogo truncado e com muitas divididas. O primeiro lance de perigo foi do Flu. Gabriel foi a linha de fundo e cruzou para Juninho, que ficaria cara a cara com o arqueiro adversário, se o homem de preto – erroneamente – não tivesse parado o lance alegando toque de mão tricolor. A posse da bola ficava a maior parte do tempo com o Fluzão.

O primeiro chute a gol só aconteceu aos 23 minutos. Falta ensaiada entre os laterias Juan, esquerdo, e Gabriel, direito. O camisa 6 rolou e Gabriel finalizou e fora da área com a canhota, mas a bola subiu demais. O Fluzão voltou a assustar com um lance que indicara um presságio. Um vislumbre da pintura que ocorreria. Leandro – que jogou a final com a clavícula esquerda lesionada – recebeu pelo flanco direito do ataque e tentou encobrir o goleiro deles. Quase. Bola passou ao lado do gol. O primeiro lance deles foi aos 37. Um cruzamento que passou por 2 zagueiros tricolores até Antônio Carlos cortar na pequena área. E o primeiro tempo terminou sem gols.

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A etapa final começou dando continuidade a superioridade do Flu. E logo aos 2 minutos, Juan invadiu a área e foi derrubado. Pênalti. Tuta cobrou no meio e fez 1-0 Tricolor.  Quatro minutos depois o 2º. Novamente Juan na jogada. Camisa 6 roubou a bola e puxou o contra-ataque, deixou com Diego (Souza) que cruzou para Leandro, já dentro da área, dominar e colocar no contrapé do arqueiro. Dois a zero! Título mais próximo. O canto que ecoava no Maraca era “A benção, João de Deus”, Papa João Paulo II acabara falecendo no sábado que antecedeu a partida.

O Clube de Regatas partiu para cima e o Tricolor aproveitou. Abel Braga – em sua primeira passagem como técnico do Fluzão – precisou sacar Leandro para entrada de Alex, artilheiro tricolor na competição. Aos 25 mais uma jogada de Juan. Lateral em novo contra-ataque avançou pela esquerda e tocou para Alex dominar e com categoria colocar no canto direito. Título na mão e com goleada. Quatro minutos mais tarde e o presságio se confirmava. Preto Casagrande, que retornava de lesão, aproveitou o espaço pela direita e entrou na área. Tentou o chute, mas ficou na zaga. No rebote, Preto viu o goleiro adversário e com um toque sutil o encobriu. GOLAÇO! Título garantido, 4-0 no placar e festa na arquibancada. Zinho, no último lance do jogo e de sua carreira, diminui para eles. 4-1.

Com o apito final e o título da Taça Rio nas mãos veio a constatação. Nos Fla-Flus é o “ai Jesus” .

ST

Foto : (Divulgação / STpontocom)

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