Hoje eu tenho pena de quem não é tricolor
Hoje é um daqueles dias profetizados em uma de tantas frases alucinadamente maravilhosas, de meu grande ídolo, ícone, referência e norte do jornalismo, Nelson Rodrigues: “Torcer para o Fluminense é uma maneira de você olhar para o seu vizinho e dizer: “sou melhor que ele” . Hoje, é o dia em que fico pensando “Pobre coitado daquele que não é tricolor.” Estamos, mais uma vez, acompanhando o renascimento de nosso clube.
E não é só dentro das quatro linhas não. Estamos iniciando um longo processo de revitalização. E, enquanto muito se fala de revitalização das Laranjeiras, eu digo que iniciamos o processo de revitalização do Fluminense. Foram anos difíceis e ainda se faz necessário muitas correções, o que tenho a plena confiança de que quem assumir o Flu – seja a dupla favorita Mário e Celos, seja Tenório, ou até mesmo o azarão Marcelo Souto – começarão o árduo trabalho de colocar as coisas em ordem. Mas hoje, vamos falar de futebol.
Cada tricolor, do Céu e da terra, hoje precisa agradecer ao trabalho de dois profissionais tricolores, que estão dia a dia, resgatando a alma tricolor. Paulo, o Mago, Angioni e o técnico Fernando Diniz. O primeiro porque ele jogou um pó de pirlimpimpim e transformou um elenco caro, com jogadores medianos e desinteressados, num elenco mais enxuto, jovem e, sem a menor dúvida, com muito mais qualidade técnica. Negócios achados como Yony – que veio de graça – Nino, Caio Henrique, Allan já foram sensacionais. A vinda de Ganso, da forma que se deu, com o Flu se posicionando de maneira firme, a chegada de grandes promessas como Matheus Gonçalves (ainda que não tenha vingado) a manutenção de Gilberto, numa negociação complicadíssima, deu vida nova e peças melhores para Diniz montar a nova engrenagem da máquina tricolor. E estamos começando a ver isso em campo.
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A melhora do futebol de Danielzinho é evidente. O moleque está voando. E o que dizer de Maldini Ferraz? Talvez a contratação mais contestada pela galera e hoje, sem dúvidas, um dos caras mais aplaudidos. Marcos Paulo e João Pedro brincam, como se jogassem numa pelada de fim de churrasco: livres, leves e soltos. Como jogam bola esses meninos. E quando entram em campo, o olhar deles brilha, tal qual a careca que eles ostentam hoje!
Se houvesse 100% de justiça no futebol, hoje estaríamos com 6 pontos a mais. Não merecíamos perder – mas de nenhuma maneira – para o limitadíssimo time do Botafogo, e contra o Goiás, nem se fala. Mas vida que segue, e o Flu seguiu bancando a filosofia de Fernando Diniz.
Diniz é um cara muito bacana. Trata todos muito bem, faz questão de cumprimentar todos que estão no CT. Os jogadores estão com ele. Ele tem uma filosofia de trabalho que agrada muito. É muita ralação, é bem verdade. Jogadores não tem moleza durante os treinamentos, nem na parte física, nem na parte tática. Ele trabalha muito, E por que os jogadores curtem isso? Porque quando chega o jogo, a bola fica com eles. Jogador de futebol gosta de jogar futebol e não de ficar correndo atrás da bola. Isso me parece simples.
Ontem vimos que o trabalho está cada vez amadurecido, estamos vendo um resgate daquele sentimento que podemos vencer. Há quantos anos não víamos um Flu jogando tão bem? Alguns “especialistas” colocam o Cruzeiro como um dos maiores elencos do país. Penso assim também. Um time bem formado e há muito tempo treinando por Mano Menezes, inclusive bi-campeão da Copa do Brasil. A zaga deles é fortíssima. Dedé é, sem dúvidas, um dos grandes zagueiros da atualidade e Léo não fica muito atrás. O que o Flu fez? Meteu 4 neles. Não é qualquer time que faz isso. Assim como não é qualquer time que encara Grêmio e Santos em seus territórios da forma que fizemos.
Erros existem e tem que ser corrigidos. Não se preocupem. Diniz é meticuloso, detalhista e extremamente inteligente. Ele sabe onde a porca aperta e onde afrouxa. Ele vai azeitando a máquina pouco a pouco, no dia a dia. E assim vai forjando uma equipe temida, ousada e que sabe jogar bola.
Despeço-me, mais uma vez, lembrando de Nelson Rodrigues “Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória”
Amém!
Washington de Assis
Washington, como sempre, perfeito!
ABS e st
O primeiro gol de João Pedro tem muita semelhança com o primeiro gol da Holanda (carrossel holandês) contra o Brasil na Copa de 1974.
Parabéns pela análise!
“estamos vendo um resgate daquele sentimento que podemos vencer”
Esse é o sentimento.
Vamos pegar Nacional, Bahia, Flamengo, Palmeiras, . . .
E eu vejo que quase todo mundo para e pensa: podemos vencer!!!
Me lembra 2000
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