Série ídolos: Zezé

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Se quereis saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória.

Assim inicio a série de ídolos do Fluminense, ressuscitando aqueles que deram sangue e suor – e eventualmente o dedo – pelas nossas cores, que conquistaram o Rio, o Brasil e o mundo,  tornando o Fluminense no gigante que é hoje.

Nada mais justo do que começar por ele, que seria o aniversariante do dia: Zezé, que colecionou títulos no futebol, no atletismo e ainda jogou tênis.

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Nascido em 1899 no Rio de Janeiro, José Carlos Guimarães jogava de ponta ou meia-direita e aos 16 anos já era do time principal. Marcou 102 gols em 173 partidas pelo Tricolor e 7 gols em 16 jogos pela seleção. Vestindo a amarelinha, conquistou a Copa Roca (antigo Superclássico das Américas) em 1922, a Taça Rodrigues Alves em 1923, na qual marcou um dos gols da vitória por 2×0 sobre o Paraguai, e a Taça Brasil-Argentina no mesmo ano.

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Da esquerda para a direita, Zezé é o segundo agachado.

Aos 20 anos, foi protagonista na campanha do primeiro Tricampeonato Carioca da história, além de ter sido o primeiro a ser disputado no Estádio das Laranjeiras. Marcando 39 vezes, sua atuação fez com que recebesse uma homenagem do pianista Ernesto Nazareth, que compôs o tango “Menino de Ouro”.

No Carioca de 1919, podendo levantar a taça com uma rodada de antecedência, encaramos o time da Gávea – o vice campeão. Com 15 vitórias e apenas 1 derrota, o título coroaria a nossa incrível campanha cujo desfecho se daria num jogo inacreditável.

Iniciamos a partida amassando os adversários, que só não começaram perdendo de cara porque o gol de Zezé foi anulado. Em seguida, após um pênalti marcado a favor deles, a torcida presenciou algo sobrenatural: Marcos Carneiro de Mendonça não só defendeu a cobrança, como os três rebotes seguintes, um verdadeiro monstro. Não a toa é considerado o maior goleiro da história do futebol amador. Se eu estivesse lá, certamente não sobreviveria pra ver o final do jogo, que acabou 3×1. Com direito a golaço, salva de tiros de canhão e ainda volta olímpica juntos aos sócios do clube.

Aparentemente, ganhar Fla-Flu é normal desde sempre, né?

ST (de casa)

 

 

 


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