LEONARDO BAGNO – 50 Anos do Maior Brasileirão da História

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Tricolores,

Hoje é o cinquentenário do maior Campeonato Brasileiro da história nacional. Nada, absolutamente nada, chega perto do que foi o Campeonato Brasileiro de 1970. Quem não sabe disso, abaixo entenderá o motivo da minha afirmação.

Em 1970, os melhores jogadores do mundo estavam no Brasil jogando bola, no auge de suas carreiras, cada um pelo seu clube. Eles se enfrentaram, cada um defendendo a sua camisa, e, ao final, um sagrou-se campeão. O campeão do maior Brasileiro de todos já disputados. Quem foi o campeão? O Fluminense, claro!

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O fato que irei apresentar é muito pouco conhecido por nós e, infelizmente, praticamente inexplorado pelo próprio Fluminense: o Campeonato Brasileiro de 1970.

Volte no tempo e imagine que estamos nas semifinais da Copa do Mundo de 2018. Estávamos, à época, bem próximos de sagrar-nos hexacampeões de futebol, conquista que seria inédita na história do futebol. Em 1970, contudo, quando nos sagramos tricampeões, nenhuma seleção havia alcançado tal marco na história das Copas do Mundo. O Brasil, inclusive, ganhou definitivamente a taça Jules Rimet justamente por ter sido a primeira seleção a conquistá-la por três vezes. Coube àquela seleção, tida como o nosso esquadrão, recheada de craques, desbravar esse caminho para nós brasileiros.

Imaginem só se o Brasil de 2018 tivesse se sagrado hexacampeão mundial, com gols de Neymar, Coutinho e Thiago Silva, num três a zero – fora o baile – para cima da França? Seria excelente, não é mesmo? Agora, imaginem só se, logo após o Mundial, voltássemos para a disputa do nosso campeonato nacional, popular Brasileirão, com Neymar no Santos, Coutinho no Vasco e Thiago Silva no Fluminense. Não seria o campeonato nacional mais importante do mundo? Seria! Imagina, então, ser campeão deste Brasileiro. Não seria uma glória épica? Eu não tenho a menor dúvida de que sim, seria.

Muito prazer, meu nome é Fluminense F. C. e sou o campeão do Brasileiro de 1970.

O Brasil foi tricampeão em 1970, na Copa do Mundo disputada no México. Disso, todo mundo sabe. O que não se fala muito é que o Campeonato Brasileiro daquele mesmo ano foi o maior campeonato de todos os Brasileiros já disputados desde o início de sua disputa até os dias de hoje. E não estou falando de extensão, mas de qualidade técnica. Exagero meu? Vamos lá!

Vamos voltar com a hipótese levantada acima para ajudar a entender o tamanho do que foi o campeonato daquele ano. Brasil hexacampeão mundial. A seleção desembarca no Brasil e desfila, pelas ruas das principais capitais do país, em carros abertos, apresentando a taça recém-conquistada e de maneira definitiva – honraria que não existe mais -. Povo alvoraçado, comemora efusivamente o orgulho de ser brasileiro.

A seleção brasileira em 1970.

Final de semana seguinte, tudo volta ao normal e reinicia-se o Campeonato Brasileiro de 2018.

Alisson assume o gol do Internacional, seguido por Fred – na volância – e Taison – no ataque -, para o jogo contra o Atlético-PR, que conta com o retorno do Fernandinho no meio de campo. Ederson, por sua vez, assume o gol do São Paulo, que ainda recebe os retornos de Miranda e Casemiro. O jogo é contra o Flamengo, do Renato Augusto. Por fim, Cássio reencontra-se com o Corínthians, que jogará completo com os retornos de Fágner, Marquinhos, Paulinho e William. O jogo será contra o Botafogo…

Enfim, Danilo assume a lateral-direita do América-MG e enfrentará o Cruzeiro num clássico de tirar o fôlego. Daniel Alves, cortado por conta de uma lesão no joelho, recupera-se a tempo de ajudar o Bahia no jogo contra a queridinha de muitos, Chapecoense. Marcelo veste o manto tricolor com o número 6 nas costas e, como companheiro de defesa, vê o monstro Thiago Silva vestindo a 3. O nosso jogo é contra o Vasco, que recebe Philippe Coutinho no meio. Clássico para não deixar ninguém em casa, exceto os lebas. Filipe Luís e Roberto Firmino chegam à Florianópolis como reis e vestem a camisa do Figueirense para jogar, na segunda divisão, contra o Criciúma, em novo clássico que certamente parará o Estado de Santa Catarina.

Já Geromel retoma o posto de xerife no Grêmio, acompanhado de Douglas Costa, e enfrenta o Atlético-MG. Neymar, estrela máxima da seleção hexacampeã, veste a 10 mítica do Santos, enfrentando simplesmente o Palmeiras, que conta com o retorno de Gabriel Jesus, fazendo São Paulo ser pequena para mais este clássico.

Obviamente que se trata de uma brincadeira. Primeiro porque fomos eliminados pela Bélgica e, em segundo, porque, nos dias atuais, este cenário é simplesmente impossível.

Será? Bom, não para o Brasileiro de 1970, pois foi exatamente isto o que aconteceu! Vejam abaixo o nosso esquadrão e os respectivos times nos quais eles jogavam à época.

Mickey marca o gol do título do maior Brasileiro de todos os tempos.

E não estamos falado de Fernandinho, Gabriel Jesus, Alisson e afins. Estamos falando de Pelé, Carlos Alberto Torres, Félix, Rivellino, Paulo Cézar, Jairzinho, Tostão, Dario… Todos os campeões de 1970 jogavam em times brasileiros. O Palmeiras ainda tinha Ademir da Guia que não foi convocado para a Copa.

O Campeonato Brasileiro de 1970 foi o maior campeonato de futebol já disputado no mundo na historia do Futebol e o único que contou com a participação dos 22 jogadores da seleção brasileira campeã mundial, a qual, à época, foi considerada por muitos como a maior seleção brasileira de todos os tempos. E o único clube que poderia ser campeão deste campeonato era o Fluminense F. C. (clique aqui para ver o gol da conquista), como de fato foi!

“Grandes são os outros, o Fluminense é enorme.” (RODRIGUES, Nelson)

Saudações Tricolores,

Leonardo Bagno


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11 thoughts on “LEONARDO BAGNO – 50 Anos do Maior Brasileirão da História

  • 20/12/2020 em 17:09
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