LEONARDO BAGNO – Acreditem na gente
Tricolores,
Não me lembro qual foi a última vez que vi a torcida do Fluminense tão desconectada com o clube como vem acontecendo neste ano. Se é que há exemplo em nossa história de tal desconexão. Sei que é muito difícil para todos nós levantar forças para sair de casa e ir aos jogos do Fluminense. Até para fazer isso é complicado: venda de ingressos em horários incompatíveis para quem trabalha (só estudantes, pessoas de férias e desempregados conseguem comprar ingressos das 10h às 17h); poucos locais de venda; entrada no estádio muitas das vezes dificultada pela polícia, especialmente em jogos cheios; e falta de estacionamento no local (o do Maracanã, que é amplo, custa incríveis R$ 50,00!). Existem outros, mas estes são suficientes para demonstrar a batalha que é ir a um jogo do Fluminense atualmente. Soma-se a isso a desconexão da torcida para com o clube e temos o cenário que se repete em todos os nossos jogos em casa: Maracanã vazio. Os motivos para esta desconexão estar acontecendo são inúmeros.
As notícias que vêm de Laranjeiras ou do CT são quase sempre negativas. A imprensa, que não tem um pingo de boa vontade conosco, deita e rola em períodos como este. A nós cabe filtrar a peçonha para não sairmos envenenados após a leitura dos jornais esportivos. Não que as notícias sejam inverídicas. Não é isso. É que exageram e muito na tinta, já que se deleitam ao escrever sobre o Fluminense quando este está em crise.
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Segundo, não temos um jogador de qualidade para depositar as nossas esperanças, uma vez que nosso elenco é absolutamente limitado. Em anos anteriores, tínhamos Fred, Conca, Rafael Sóbis, dentre outros. Hoje, temos Sornoza, Everaldo, Luciano e péssimo elenco. Como acreditar em algo extraordinário?
Além disso, o único jogador que se identifica conosco é esforçado, determinado, mas pobre tecnicamente. Muito pobre. A garra, que não falta, muitas das vezes não é suficiente para resolver uma partida. Desse mato até sai cachorro, mas a frequência é baixa.
Ainda tem a maldita da crise financeira pela qual passamos que é sem precedentes. Crise esta que é herança da gestão anterior (Marquinhos contratado a peso de ouro é um excelente exemplo) e perpetuada pela atual ao não conseguir patrocínios mínimos que nos dê condições de arcar com nossas obrigações mensais. Sem falar em investimentos para lá de duvidosos como é o caso do projeto europeu, que não nos deu um retorno financeiro sequer até o momento.
Aliado a isso tem o total abandono dos homens fortes do clube. O presidente e o vice-presidente de Futebol não se manifestam. Não se apresentam para colocar ordem na casa ou acalmar os ânimos da torcida. A imagem que passa para todos nós é de que estamos à deriva. Impossível não lembrar do cruzeiro italiano naufragando e o capitão da Guarda Costeira gritando para o comandante do navio, que deixava para trás os passageiros ainda embarcados e à própria sorte: “Vada a bordo, cazzo!” (“vá a bordo, caralho!”, em tradução livre).
A total falta de uma campanha para atrair o torcedor (abaixar simplesmente o preço do ingresso não é suficiente), fazê-lo se sentir próximo do clube ou até mesmo parte da solução do problema (prestem bastante atenção neste ponto, por favor) é algo que também determina a desconexão da torcida para com o Fluminense.
Tem mais. Te muito mais motivos para explicar essa letargia que vivemos. Esse estado de paciente terminal aguardando o imponderável que todos nós estamos sentindo. Mas há um porém. Um porém que, apesar de ser só um, é forte o suficiente para mudar todo esse quadro.
Nós somos, sim, parte da solução do problema que nos encontramos. E parte considerável desta solução. O Fluminense é o que é porque nós existimos. E o Fluminense assim permanecerá enquanto a nossa existência também for perene. É fato que para a nossa existência há a necessidade de um Fluminense forte. Precisamos dele forte para podermos nos alimentar disso e crescermos. Entretanto, quando o Fluminense cambaleia, cabe à torcida escorá-lo e levá-lo para cima. Trata-se de uma via de mão dupla. Sem essa consciência, estamos fadados ao extermínio.
Não podemos ficar sentados em nossos sofás, impassíveis, olhando para a tevê, mas sem enxergar o que está acontecendo com o Fluminense. Dando de ombros para a gigantesca cascata para a qual nosso navio está rumando em velocidade máxima. Temos que comparecer no Maracanã para demonstrar que continuamos vivos e que não estamos satisfeitos com o que está sendo feito com o nosso Fluminense.
Ficar em casa, chateado com tudo o que estão fazendo com o nosso clube é a resposta mais fácil. Dedicar-se a outras questões da vida parece a melhor solução neste momento. Até o dia que notar que aquele Fluminense que te deu grandes alegrias e te ensinou muita coisa na sua vida não existe mais. E que você poderia ter feito algo a mais para evitar este possível cenário desértico e infértil que se desenha.
O Fluminense encontra-se num momento crucial na sua história. Está em queda livre no Campeonato Brasileiro e decide em casa a semifinal da Sul-americana nesta quarta-feira (28/11), tendo que recuperar um placar adverso de 0 x 2. Soma-se a isso tudo o que foi escrito acima, fora outras questões que não enumerei.
A torcida do Fluminense é grandiosa e sabe o momento que precisa vestir a camisa e rumar para o estádio para defender o clube de seus adversários. Quarta-feira que vem e na última rodada do Brasileiro, precisaremos ir além e defender a instituição não só dos adversários e da imprensa parcial, mas também de alguns nossos que se perderam pelo caminho e se esqueceram do tamanho que somos e da nossa importância dentro do cenário futebolístico mundial.
Ajudem-me a defender o Fluminense! Nós somos parte considerável da solução para tudo isso que estamos vivendo. Acreditem na gente! Acreditem no Fluminense!
Saudações Tricolores,
Leonardo Bagno
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