LEONARDO BAGNO – Precisamos ajudar o Fluminense

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Tricolores,

O Fluminense passa por um momento delicado de sua história. Completamente endividado, com obrigações milionárias e de curto prazo, planejar o Fluminense tornou-se algo impossível. O nosso fluxo de caixa é inexistente e honrar nossos compromissos mensais é uma incógnita que pode inviabilizar o clube da noite para o dia. Evidentemente que esta situação foi agravada por quem está hoje gerindo o clube (não há como esquecer das dispensas para lá de desastrosas que aconteceram no início do ano passado, para ficar apenas em um exemplo). Entretanto, eles são apenas mais um dos responsáveis que nos colocaram onde estamos. Contratos duvidosos foram firmados (o do Marquinhos é de deixar até careca de cabelo em pé!) e contas foram aprovadas sem serem sequer questionadas pela grande maioria (aprovar as contas tem efeito jurídico importante e é um ato muito maior do que meramente verificar se as ocorrências contábeis estão ou não alocadas adequadamente no balanço patrimonial do clube). Tudo isso contribuiu preponderantemente para o quadro atual do Fluminense.

A incompetência em não conseguir um patrocinador (desistir do patrocínio da Caixa demonstrou-se um erro de avaliação gigantesco, pois não temos nada até o momento desde a saída do engodo que foi a Valle Express), em vender jogadores por valores não-condizentes  com a qualidade técnica deles (comparem os valores que nós vendemos nossas joias com outros times nacionais) para conseguir pagar os salários dos profissionais (anunciar quase no primeiro dia que o clube precisaria vender seus jogadores para fazer caixa demonstra não só desespero por capital como faz todo e qualquer comprador interessado oferecer algo muito abaixo do que ofereceria se não tivesse esta informação) e em perder jogadores por falta de pagamentos enquanto o clube joga pelo ralo alguns milhões de reais com um projeto megalomaníaco que nunca gerou um real de retorno (refiro-me ao FC STK Fluminense Samorin) ou com um time de vôlei que sequer vence as suas partidas só faz a nossa situação piorar mais e mais.

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A gestão, em nenhum momento, conseguiu, mesmo diante deste cenário avassalador, trazer a principal fonte de renda que nós temos para seu lado: a torcida. Mas calma porque a tarefa não é fácil. A torcida do Fluminense é algo ímpar. Ela é acomodada, mimada, desengajada e, na maioria das vezes, alheia aos problemas do clube. Só dá as caras quando estamos na final ou quando estamos prestes a cair. Se não for nem um nem outro, ela consegue encontrar qualquer desculpa para não sair de casa e não ir ao jogo. Ora é a chuva, ora é o calor. Ora é o dia da semana, ora é o horário da partida. Ora é o preço do ingresso, ora é o time que entrará em campo. Ora é o Maracanã, ora é o Engenhão. Enfim, absolutamente tudo e qualquer coisa é usada como desculpa para o tricolor não ir ao jogo. O que está em voga no momento é a gestão. Eu finjo que acredito, como se, no exato momento que eles saírem de lá, a torcida entupiria as filas para ir ao jogo do Flu. Eu, você e quem usa a gestão como desculpa para não ir aos jogos sabemos que isso não é verdadeiro. Pergunto-me onde estavam esses mesmos tricolores em 2012 (ano daquele super time com Fred, Deco, Sóbis, Thiago Neves…), quando a nossa média de público no Brasileiro foi de 13 mil pessoas, sendo que no Brasileiro de 2018 foi de 18 mil (com aquele “super” time com Sornoza, Gum, Matheus Alessandro, Marcos Júnior…)! Há algo de podre no reino da Dinamarca.

Por outro lado, a nossa torcida também é capaz de realizar feitos inacreditáveis. O mais importante de todos é que o Fluminense é o que é, com toda a sua história gloriosa, por causa exclusivamente da torcida. Não há outro time no Rio de Janeiro que possa escrever tal afirmação. Isso porque o Fluminense, excetuando o terreno no qual o clube construiu o seu Centro de Treinamento (quando é que o Fluminense reparará um erro grotesco cometido e trocará o nome dele para Castilho, Telê Santana ou até mesmo Cidade João de Deus?), doado pela Prefeitura do Rio de Janeiro (que também ajudou todos os outros rivais na mesma oportunidade, diga-se), foi absolutamente construído por seus torcedores. A sede, o estádio, seus primeiros times que nos trouxeram dezenas de títulos… Até avião de guerra a nossa torcida já doou para a Força Aérea brasileira lutar contra o nazismo alemão. Tudo, tudo foi construído com o nosso patrimônio e suor.

E qual a relação que isso tem a ver com a nossa situação quase falimentar que vivemos hoje? Toda! A nossa torcida – a que não vai aos jogos quase nunca, mas que tem capacidade de fazer coisas grandiosas – tem que ser o foco do Fluminense para tirá-lo desta lama. “Ah, mas é sempre a torcida que tem que resolver os problemas do Fluminense?”, questionaria de bate-pronto um tricolor exaltado. Sim, caro tricolor, sempre será a torcida do Fluminense que resolverá os principais problemas do clube e o ajudará a conquistar seus maiores anseios, incluindo a construção de um novo estádio se assim for de desejo do clube (deveria ser e espero que seja, pois o nosso futuro está condicionado ao fato de termos um estádio nosso para mandarmos nossos jogos). Isso porque ninguém mais ajudará o Fluminense e os únicos que o fazem somos nós, tricolores. Basta fazer um paralelo com o Brasil. Quem resolve todas as cagadas dos políticos em Brasília? Nós, brasileiros. Não tem como fugir disso. Para evitar que cagadas sejam feitas, precisa-se de diligência e participação na vida política do clube (seja diretamente na política do clube, seja votando nas eleições) e tudo isso passa necessariamente por um ponto crucial: a nossa associação em massa.

É de suma importância que nos associemos, especialmente para propiciar ao Fluminense a certeza de que a nossa mensalidade entrará no caixa do clube, trazendo para ele algo que não tem no momento: certeza de entrada de capital e capacidade de planejamento. Um Fluminense sem planejamento é o mesmo que um navio sem destino e à deriva. Pode acabar atracando em Fernando de Noronha como pode se perder pelo Triângulo das Bermudas e nunca mais voltar à tona. E o ato de associação nada tem a ver com exigir do clube um retorno como, por exemplo, o uso da piscina que se encontra interditada atualmente por falta de manutenção. Parece loucura o que eu estou dizendo, mas é a verdade. Temos que nos associar com o intuito de gerar fluxo de caixa para que o clube consiga honrar com o pagamento dos salários de seus funcionários e possa usar todo o restante de sua receita para arcar com suas dívidas e realizar contratação de jogadores para o elenco. A nossa exigência, contudo, será o bom uso deste nosso capital.

Sem isso, o Fluminense estará fadado ao extermínio. Quanto mais cedo nos associarmos, mais cedo o Fluminense conseguirá respirar sem a ajuda de aparelhos. O nosso futuro depende de cada um de nós. E chegou a hora de a gente fazer esse esforço. Ah, não se preocupe com a sua capacidade contributiva, pois tem plano de sócio que custa R$ 10,00 mensais (o preço de duas esfirras no Largo do Machado).

Saudações Tricolores,

Leonardo Bagno

ACRÉSCIMO DE TEMPO: +3

46 min: Muito obrigado a todos que foram ao jogo ontem. Somente o que sentimos justifica o que fazemos!

47 min: Alguém tem dica de como eu faço para tirar esse pó vermelho do meu corpo?

48 min: Mando a conta da lavanderia para quem?


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16 thoughts on “LEONARDO BAGNO – Precisamos ajudar o Fluminense

  • 23/02/2019 em 11:29
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    Perfeito. Temos que mobilizar. Finalmente consegui me associar e estou muito satisfeito por isso.

    Mobilizacao ja..

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  • 23/02/2019 em 13:23
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    me convenceu, vou entrar pra sócio (de novo) !!!!

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  • 23/02/2019 em 13:33
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    Não concordo com a questão em que você menciona a troca do nome do CT! Fazer isso seria uma ingratidão muito grande com Pedro. Ele foi a pessoa que ajudou muito o clube e com certeza esse argumento foi totalmente infeliz!

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    • 23/02/2019 em 15:02
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      Jefferson,
      Não se deixe enganar: quem construiu o CT foi o Fluminense e praticamente à vista. Pedro Antonio adiantou o capital e foi devidamente remunerado com o pagamento de juros pelo clube. Não foi favor nenhum. Foi negócio.

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  • 23/02/2019 em 16:06
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    Penso todos os dias nessa situação, precisamos criar um grupo por conta própria e tentar gerar uma receita, sei lá!! A política do Fluminense é muito suja, não acredito que as pessoas envolvidas atualmente na política do Flu façam esse cenário mudar. Pense nessa parada Leonardo, vc como um tricolor apaixonado e conhecido na nossa torcida pode iniciar esse processo.

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  • 23/02/2019 em 18:24
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    A torcida não tem que só se associar, mas “entrar em massa” na política do clube.

    Digo, os torcedores comuns, que sofrem e comemoram com os feitos do clube, pagando seu próprio ingresso e comprando produtos licenciados com sua própria grana… não aqueles pertencentes a TOs e “Movimentos Populares” pertencentes a blogueiros e figuras nefastas do clube, que possuem como objetivo angariar seguidores para os mais escusos interesses envolvendo o clube.

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  • 23/02/2019 em 18:59
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    Discordo somente em relação a Pedro António, por mais que exista vaidade por detrás de suas atitudes, ele é Tricolor, e apesar de ter se unido às pessoas erradas demonstrou inegável empenho em fazer o Clube mudar de patamar .
    A construção do CT, batizado com seu nome, sem que tenha se imposto em qualquer sentido é prova inequívoca de que pensa Grande.
    Existem Tricolores mais abastados que não se dignaram a ajudar o Clube em momento algum de sua gloriosa história à exceção de Celso Barros/UNIMED, também muito criticado.
    O momento atual é de aglutinar nossa sofrida torcida não de caça àqueles que um dia estiveram do lado da atual pseudo diretoria.
    Plagiando nosso companheiro Tricolor Toni Platão “somente os tolos são incapazes de mudar de opinião”
    P. S. Ontem estava no Maracna com meus dois futuros craques das divisões de base, Marcus Vinicius e José Henrique, tricolores até a alma.

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  • 05/02/2024 em 14:43
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