Mais um capítulo da novela política tricolor – presidente do Conselho se manifesta

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Para quem achava que a convocação da Assembléia Geral Extraordinária fosse dar um basta nas discussões políticas do Fluminense se equivocou. Dessa vez foi o presidente do conselho deliberativo do clube, Fernando Leite, que se manifestou publicamente a respeito das antecipações das eleições. E se posicionou da forma que seu grupo, ou melhor, a coligação Unido e Forte, já havia se declarado: contra a antecipação das eleições.

Leite defendeu, em entrevista concedida ao jornalista Felipe Siqueira, do GE, que a saída mais rápida para a troca da direção do clube seria a renúncia do atual mandatário. E assegurou que convocaria novas eleições em um período de 45 dias, mesmo com a dubiedade do estatuto no cenário atual.

– Da mesma forma que me manifestei na tribuna na última reunião do Conselho Deliberativo, não é questão de ser contra essa assembleia, só acho que ela é completamente desnecessária. Existe já um dispositivo no estatuto que, no meu entender, seria muito mais rápida a tramitação, que é a renúncia. E no caso da renúncia do presidente, eu assumiria e convocaria a assembleia em até 45 dias. Essa engenharia toda para se mudar o estatuto para esta eleição, pela tramitação e exigências legais que cercam o procedimento, acontecerá, em um bom prazo, no fim de abril, no meu entendimento. Passa a ser um dispositivo até mais demorado que a própria renúncia dele e a minha marcação em 45 dias. E envolve também questões legais.

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O grande “X” da questão é que o Estatuto, da forma que está hoje, não deixa claro o que acontecerá em caso de renúncia do presidente – o texto dá margem para diferentes entendimentos, em um deles, o presidente interino poderia seguir no cargo até o próximo pleito, marcado originariamente para novembro de 2019.

– Pelo que venho lendo, parece que havia uma dúvida se eu iria convocar essas eleições ou não. E eu estou garantindo aqui que eu vou convocar as eleições em 45 dias (em caso de renúncia). Se eu não fizer isso, poderia ser até judicializado por alguém que achasse que eu deveria convocar nesse período. Pelo tempo de tramitação da assembleia geral, estou garantindo ao Fluminense uma eleição muito mais rápida do que a proposta na assembleia geral.

 A diferença em relação aos dois procedimentos se dá mais pela questão do tempo de mandato do próximo presidente. Pois são dois cenários parecidos mas ao mesmo tempo distintos. Em ambos – renúncia ou antecipação das eleições – teríamos uma eleição agora, no início do ano, para decidir quem assume o clube. Contudo, no caso da renúncia, o presidente eleito ficaria até o final do mandato do Abad, enquanto no caso das antecipações o presidente eleito ficaria até o final de 2022.
Por fim, Leite voltou a usar o argumento de que esse movimento abriria um precedente perigoso no clube:
– Poderá ser aberto um precedente perigoso. Imagina em outro mandato o presidente também não esteja agradando torcedores e sócios decida usar do mesmo expediente? Vamos ficar fazendo assembleia geral em cima de assembleia geral para resolver uma coisa que existe um dispositivo estatutário que pode ser cumprido, que seria a renúncia com eleição em 45 dias.
Fonte: Globo Esporte e ST

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