Maracanã, a casa do Fluminense

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Ano vai, ano vem, e uma coisa que não muda é a saudade que eu fico do Maracanã nesse período de pré temporada. Ainda bem que a Copinha começou logo, porque ficar sem Maraca e sem Fluminense seria doloroso demais pra esse coraçãozinho já tão maltratado por esse amor bandido. 

Não sei vocês, mas eu sou apaixonada pelo Maracanã. Jamais vou entender o torcedor de sofá. Quer lugar melhor pra ver o jogo do que a Sul? Em cima da cadeira perdendo a voz de tanto cantar e chamar o ambulante por uma cerveja? Faça chuva ou faça sol! Sair do metrô e me deparar com o Templo do Futebol iluminado com as nossas cores sempre vai ser uma das minhas sensações prediletas. 

É verdade que ele já não é mais o mesmo, que parte de seu charme foi trocado pelo “padrão FIFA”, mas a magia e o encanto de ver nosso estádio ecoando o nosso hino e nossas músicas estão intactos

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Depois dessa declaração de amor, vamos ao que interessa. A história do Fluminense, como já sabem, se confunde com a do próprio futebol brasileiro e, como se não bastasse, também com a do estádio mais charmoso de todos.

Construído especialmente para a Copa de 1950, o estádio Jornalista Mário Filho – nomeado em homenagem ao idealizador do Maracanã e irmão de Nelson Rodrigues – teve seu primeiro jogo uma semana antes do começo da competição, em uma partida entre a Seleção Carioca e a Paulista. Como não poderia deixar de ser, o primeiro gol oficial foi marcado por Didi, craque tricolor, assim como Fred fez as honras décadas depois ao marcar a primeira vez no novo Maracanã.

E não para por aí, além do primeiro gol, Didi também marcaria o gol da vitória no primeiro clássico que disputaríamos lá, 1×0 sobre o Botafogo. Contra Vasco e Flamengo, a história foi a mesma. Deu Fluzão, 2×1 nos dois jogos. Assim começávamos a escrever nossa história no estádio que se tornaria nossa casa.

Vocês lembram, no Maraca antigo, que tinha um fosso enorme entre a arquibancada e o gramado? Então, naquele clássico contra o Vasco, nossa torcida, que sabe fazer uma festa como ninguém, protagonizou mais um episódio épico: a primeira invasão de campo do estádio

Enquanto, de um lado, o cruz-maltino vinha com um time que era a base da seleção vice-campeã mundial, do outro, vinhamos com Castilho e suas defesas milagrosas. Abrimos o placar logo no início do jogo e, em menos de 6 minutos, tínhamos 2×0. O time de lá chegou a descontar o placar, mas prevaleceram os milagres do nosso goleiro. Depois de aguentar a pressão adversária pelo restante da partida, os torcedores tricolores, ignorando qualquer lei da física – afinal não é só a matemática que gostamos de desafiar -, se atiraram no fosso e, ajudando uns aos outros, invadiram o gramado do Maraca para comemorar com os jogadores. Como eu queria ter estado lá!

É muita história pra contar, teve título mundial (52 é mundial sim e quem discordar é clubista), teve duelo de torcidas e aquela vez em que quase trocamos nosso estádio de Laranjeiras pelo da Tijuca – já pensou!? -, mas fica pra uma próxima…

Faltam 12 dias pra começar o Carioca e eu não vejo a hora de fazer meu check in pro nosso primeiro jogo em casa. Enquanto isso, eu mato a saudade vendo a molecada de Xerém brilhando na Copinha! 

ST


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