Ministério de Nárnia se diz favorável ao retorno do futebol…. Não, pera…
O Brasil quebra recordes de mortes pelo coronavírus – ultrapassamos a China – e o Ministério da Saúde se diz favorável ao retorno do futebol? Parece outro filme de terror, mas não é. É no Brasil mesmo e só no Brasil mesmo. Será que os nossos governantes não coletam dados dos nossos hospitais? Será que realmente acham que o retorno do futebol, no meio da crise – na qual nos aproximamos do pico – é mesmo “uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social, através da teletransmissão dos jogos para domicílio” ? . Só se for em Nárnia. Aqui, meus queridos, não funciona nem fo….
Se hoje, nas periferias das grandes cidades, o comércio vai, ainda que aos poucos, voltando à sua normalidade, e contrariando à toda e qualquer orientação daqueles que realmente entendem do riscado, imaginem um jogo de futebol? Não estou falando de jogos nos estádios vazios não, com toda a “segurança” (entre aspas mesmo) para os jogadores e comissão técnica. Falo do Seu “ZÉ”, da periferia, do subúrbio, daquele mesmo que ou não tem instrução ou não acredita na doença. A aglomeração se dará na porta do botequim dele, com torcedores fanáticos. bebendo sua cervejinha e assistindo ao jogo do seu clube de coração. Ou o ministro acha que geral tem receptores de TV a cabo e são todos assinantes do Premiere? Será que ele acha que a Globo vai transmitir todos os 10 jogos da rodada, em TV aberta? Ainda que simultaneamente? Um jogo para essa cidade e outro para aquela? mas nem fo…. Isso, só considerando o Brasileirão…
No entanto, faz ressalva importante:
“Cabe ressaltar que no momento, a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturada diante das necessidades da população brasileira… Diante da afirmação acima, na proposta apresentada, não fica evidenciado onde serão realizados os testes, periodicidade e critérios de retestagem, e como serão assistidos caso o diagnóstico dos atletas seja positivo.”
Sr. Ministro. A sua população está morrendo nas portas dos hospitais. Famílias estão sendo dilaceradas, com entes queridos indo embora sem ter a certeza do dia de amanhã e o Sr. vem nos falar em retorno ao futebol? Que não se sabe onde os testes serão realizados? Ora, faça o favor… Jogadores e clubes mais ricos tem como, pelo menos, se defenderem melhor dessa pandemia. Seus profissionais só saem de casa para realizar compras e coisas básicas, mas a sua população não! Tem muitos por aí DESESPERADOS porque não podem trabalhar, outros que se arriscam diariamente para exercerem funções fundamentais ao bom andamento de nossa sociedade… ao seu mínimo andamento. SÃO ELES QUE TEM QUE SER TESTADOS, RETESTADOS VÁRIA E VÁRIAS VEZES. Assistimos, incrédulos, que profissionais de saúde, que contraíram a doença, passado a quarentena, são convocados a voltarem aos seus postos de trabalho SEM EXAME e a preocupação é essa?
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NOSSA SUGESTÃO:
Cuide primeiro do povão, Sr. Ministro. Daquele pobre miserável que nem tem o que comer direito em casa. Naquele catador de latinha, que precisa de um mínimo de ajuda para se manter VIVO nesta pandemia. Destine os esforços dos órgãos públicos aos de menor poder aquisitivo. Direcione, canalize as energias e todas as suas forças na contenção da pandemia, na mitigação de seus efeitos sobre a nossa já tão sofrida população. E lembre-se:
NÃO ESTAMOS TODOS NO MESMO BARCO. ESTAMOS TODOS NA MESMA TEMPESTADE, MAS CADA UM TEM UM BARCO DIFERENTE DO OUTRO!
ST
Apenas foi cogitado que uma das primeiras atividades a serem retomadas seja o futebol.Ninguém definiu datas e você diz que é um absurdo a volta do futebol no momento que estamos no pico. Me parece que você tá muito preocupado com a política como a maioria da imprensa.
Antonio,
Futebol é o meu ganha pão. É dele que tiro o sustento da minha família e essa paralisação do esporte me atinge em cheio. Mas a doença atingiu o seio de minha família. A avó do meu filho faleceu, vítima dessa pandemia. Não vou concordar com nada que fale em retorno às atividades, sem que primeiro seja resolvia a questão da pandemia. O interesse pecuniário não pode sobressair às vidas das pessoas.
Mas essa é a minha opinião. Respeito à todas. Não é uma matéria, e sim uma coluna, posicionada em seu devido lugar.
Se quiser manifestar a sua, mande um e-mail para contato@saudacoestricolores.com e, desde que não contenha ofensas pessoais, a publicaremos.
Abs e st sempre
Pedro Rangel
Parabéns Pedro!
As suas palavras tanto no texto publicado como na réplica do comentário, demonstra extrema sensatez e empatia por todos.
E eu assim como tantos outros apaixonados por esportes, e sentem falta em assistir o futebol das quartas, do domingo a tarde, dos jogos da NBA, do vôlei, devemos entender que essa paralisação e por um bem maior a VIDA e SAÚDE, de todos.
E para comparar o quanto e precipitado essa volta, e só analisar como está esse movimento nos países em que a pandemia teve seu início antes do Brasil, e assim se perguntar porque a NBA que e uma das ligas mas caras mundo ainda não voltou, essas são reflexões que precisamos fazer, antes de tomar decisões que podem acabar trazendo mais dificuldades dos que as que estamos vivendo.
Pedro, acho que não devemos radicalizar nem para um lado nem para outro
Jamais gostaria de estar na posição de quem tem o dever de decidir esta situação.
Se aplicarmos o isolamento radical conseguiremos diminuir os casos que ocorreriam ao mesmo tempo, sendo que vai morrer gente do mesmo jeito, vírus não escolhe se é pobre ou rico. Porém ao escolhermos esta opção geraremos recessão,desemprego e em consequencia morte por fome, sendo que este só atingirá os pobres. Eu escolhi ficar de quarentena mas tem muita gente que não tem essa condição e por isso jamais criticarei quem defende outra posição. A minha indignação e com parte da imprensa e de políticos que estão usando esse momento pra criar um caos político apenas com a intenção de tumultuar o atual governo.
No mais é rezar pra isso passar mais rápido e da melhor forma possível e voltarmos às nossas vidas ao normal e com isso também poderemos ver nosso time em campo que acompanho há mais de 50 anos.
Antonio, perfeito seu comentario.
Felipe, pior é ver que existem pessoas que por falta de uma visão mais ampla só conseguem enxergar um lado da situação, eu vejo e entendo perfeitamente quem defende qualquer uma das posições, sem criticar ninguém. Precisamos ter empatia pelas vidas que serão perdidas em ambas as situações.
Parabéns, Pedro. Num momento em que tanta gente manifesta insanidade, um pouco de lucidez é sempre um alívio.
Sempre que vejo alguém insistir nessa oposição defasada entre cuidar da saúde e “cuidar da economia”, além da tristeza de ver que ainda se fala essa tolice, lembro de Churchill respondendo a Chamberlain: você escolheu a desonra para evitar a guerra… vai ter guerra com desonra. No nosso caso, escolher “manter empregos” deixando os hospitais entupidos de gente e médicos escolhendo quem vive e quem morre significa a mesma coisa: vamos ter desemprego e recessão, mas com um desastre humanitário. Mas é claro, o teclado aceita qualquer coisa.
Lamentável não se respeitar a opinião contraria neste momento. Ha que se respeitar o momento, mas não significa que ficaremos parados para sempre. A vida precisa seguir, muitos dependem do futebol. Acredito que nem eu nem o autor deste post (que eu considero mais politico que esportivo e portanto desnecessário visto que o Fluminense não é nem de direita e nem de esquerda) temos a verdadeira noção de quando e como devem ser retomadas as atividades, porem um dia elas precisarão ser retomadas até para que se combata o inimigo maior que foi criado: o medo.
Repito o que postei: Post desnecessário e politico, que mais tende a dividir do que a agregar.
Quem parece não respeitar opiniões em contrário não sou eu. Se fosse, seu post sequer seria aceito.
Cada um tem sua opinião e a minha é essa: não sou favorável ao retorno das atividades antes de se resolver a questão da pandemia. Já perdemos um membro importante de nossa família e estamos com outro internado, lutando pela sua vida. Ah, e que ficou peregrinando por aí até ser internado.
Se concorda, ótimo, se não, respeite quem pense contrário.
ST sempre!
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