Nova epopeia? Confusões na Colômbia podem tirar jogo do Flu de Barranquilla – Organizada do Junior pede adiamento

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O Fluminense poderá ter novos problemas extra-campo para a partida de quinta-feira, contra o Junior Barranquilla pela Copa Libertadores. O país vive uma situação muito complicada politicamente por causa de um projeto de reforma tributária. O presidente Ivan Duque, visto o caos que isso se tornou, ordenou no domingo (2) a retirada da proposta que era debatida com ceticismo no congresso. Um amplo setor rejeitava o projeto que visava especialmente a classe média e chegaria em meio à grave crise desencadeada pela pandemia de coronavírus.

O presidente propôs a elaboração de um novo projeto que descarta os principais pontos de discórdia: o aumento dos impostos sobre serviços e mercadorias e a ampliação da base de contribuintes com imposto de renda. O plano inicial foi apresentado pelo governo ao congresso no último 15 de abril, como uma medida para financiar os gastos públicos. Mas as críticas vieram tanto da oposição política, quanto dos aliados de Duque, e o descontentamento logo se espalhou entre a população.

Foto: John Robledo/El Heraldo

Para tentar conter as manifestações, o governo ordenou o envio de militares para as cidades onde houve mais violência. Em seis dias de protestos, a polícia prendeu 431 pessoas. Relato de pessoas afirma que o governo está torturando os jovens e sumindo com  eles. E isso tudo pode vir a afetar o jogo na cidade de Barranquilla. Em um comunicado, a barra brava (torcida organizada) do Júnior está pedindo para o jogo ser cancelado ou adiado, se não eles irão estádio para não permitir a entrada dos ônibus.

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Ontem, um balanço da Defensoria do Povo, órgão público de fiscalização do governo da Colômbia, estimou que até o momento, 19 pessoas morreram e mais de 800 ficaram feridas durante os protestos no país, que começaram em 28 de abril.

Pressionado pelas manifestações nas ruas, o ministro da Fazenda da Colômbia, Alberto Carrasquilla, renunciou ao cargo.

Manifestantes seguem nas ruas  

Embora com menos participantes, os manifestantes continuaram protestando na segunda-feira (3) nas ruas de Bogotá, Medellín (noroeste), Cali (sudoeste) e Barranquilla (norte). Os organizadores convocaram uma nova marcha para quarta-feira (5), apesar de, nas principais cidades colombianas, estarem em vigor medidas que limitam os deslocamentos para conter a terceira onda da pandemia.

Situação de Barranquilla

Nos últimos dias, foram registrados saques em lojas e mercados além de confrontos com a polícia. Fora isso, a maioria das manifestações estão sendo pacíficas. Ontem, o prefeito Jaime Pumarejo Heins conversou com um grupo de estudantes após a marcha. O objetivo do encontro foi conhecer em primeira mão os fatos, bem como mostrar-lhes o respeito da administração que lidera a manifestação pacífica e o movimento estudantil.

Até o momento, não houve nenhum posicionamento oficial da prefeitura quanto ao adiamento, cancelamento ou mudança de local dessa partida. A Conmebol também não se posicionou.

O Fluminense, até o presente momento, segue com sua programação normal. O time viaja nesse início da tarde para Barranquilla.


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