O risco de se arriscar

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FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.

“Quem não arrisca, não petisca” já diz o dito popular. E o Marcelo Oliveira parece ter entendido bem essa linha de raciocínio. Sim, falo do jogo contra o Santos, onde o treinador escalou uma equipe 100% reserva. Acabou perdendo o jogo, por injustos 3 x 0, mas o time até que se comportou bem – pelo menos até cansar.

Na sequência, o jogo decisivo no Uruguai. E se ele não tivesse voltado com a classificação… Pelo amor do Padre… O que nós infelizmente escutamos, ou por ventura tivemos a coragem de ler por ai, foi brabo… Das mais coerentes, existia um argumento que o Santos era adversário direto na briga pelo G6 e a classificação para a libertadores, pelo brasileirão, seria possível e, para isso, teríamos que ganhar pois eram adversários diretos. No mais, um quilo, cento e dezessete gramas – bem pesadas – de churumelas e abobrinhas. Repeti isso aqui algumas vezes: como tem gente que desce a lenha e não tem a menor condição de fazê-lo.

Ontem, tivemos o jogo contra o Vasco. E o que se ouviu por ai? Que poderíamos, ou melhor deveríamos, poupar a equipe principal. Ou seja, de uma estupidez sem tamanho Marcelo Oliveira agora deveria repetir o expediente brilhante de se poupar o time. A torcida é assim. Nós somos assim, movidos pela mais pura paixão. Basta uma atuação com garra – e a classificação – para que esse elenco, considerado por muitos limitado, nos dê a esperança de conquistar um título internacional – e inédito – sendo comandado por um técnico ora um gênio da bola ora um “cego para o futebol”. Mega incoerente, não?

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Na próxima quarta temos a primeira decisão das semi-finais. Nós até perguntamos ao Marcelo, no final da coletiva de ontem, se ele pensava em repetir o time que enfrentou o Nacional – com Airton no meio e Jadson na ala – e ele respondeu que seria possível sim.

O que eu sempre penso é que se temos um treinador, com o currículo que o Marcelo tem – campeão da Copa do Brasil e outras tantas finalista – não pode ser só sorte. Tem que haver competência, conhecimento de futebol e, sobretudo, conhecimento profundo do grupo que gere. Marcelo Oliveira faz o que muitos técnicos badalados por ai não chegam perto: ele extrai o que há de melhor em cada atleta, em cada profissional do departamento de futebol. Isso porque eles estão com o direito de imagem atrasados 4 meses (e salários também). Além de ser um grande ser humano.

Se eu tivesse que escolher entre os críticos ferrenhos de Marcelo Oliveira, e suas opiniões e teorias de botequim, comandando a equipe ou o próprio, não sei não… É super difícil a escolha… Mas ainda assim, acho eu, que ficaria com o Marcelo… Sei lá, meio que um feeling, só acho.

Estamos meio cansados de ver tanta agressão, muitas vezes gratuita, em cima da nossa instituição. Pelo menos eu estou. Como eu já disse em outro texto: “Não se trata de aceitar passivamente os desmandos de nenhum dirigente ou mandatário, e sim saber discernir entre o que é criticar alguém, ou alguma gestão, e agredir o Fluminense. Quer protestar, proteste. Quer criticar, que o faça. Mas entenda que todos lá são passageiros e que nosso clube é quem sofre com a degradação de sua imagem“.

Quarta-feira é guerra. Se todos se unirem, a batalha fica menos complicada. E você, de que lado ficará?

ST

WdA

PS: Não sou de comentar jogos aqui na coluna.


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4 thoughts on “O risco de se arriscar

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