Os primeiros 40 dias de Odair no comando do Flu

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Odair foi confirmado no comando técnico tricolor ainda em 2019. Participou ativamente da reformulação do elenco, sugerindo e aprovando os nomes que se discutia à época. Mas seu primeiro dia com a mão na massa foi somente dia 09 de janeiro, quando os jogadores se reapresentaram, voltando de férias. E a pré-temporada não foi das mais longas, aliás, tendo apenas sete treinamentos antes da estreia no Carioca, sendo seu primeiro treino no dia 11 daquele mês.

Ainda sem muitos jogadores, que foram sendo confirmados e inscritos no decorrer da competição, o Flu estreia dia 19 de janeiro, contra a Cabofriense, em Bacaxá. E para esse jogo, Odair teve que remontar o ataque que vinha desenhando, pois Evanílson, Marcos Paulo e Caio Paulistas sofreram lesões que os afastaram da equipe. Naquele jogo, a torcida conheceu Felippe Cardoso e Lucas Barcelos. Apesar de toda a dificuldade inicial, o Flu conseguiu seu golzinho no final, com Nenê.

Com duas negociações importantes não concluídas, o Flu, no dia 21, inscreve seus atletas na Copa Sul-Americana. Fernando Pacheco e Wellington Silva ficaram de fora da lista. Um já havia sido confirmado, mas estava com sua seleção no pré-olímpico, o que atrasou a sua retirada de documentos e registro do contrato no BID. O outro, ainda precisava resolver sua questão com o Inter, que acabou ocorrendo após a data limite das inscrições.

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No retorno ao Maracanã em 2020, o Flu recebe a Portuguesa e faz um primeiro tempo desastroso. Porém, Odair mexe no time e coloca o jovem Miguel no segundo tempo. O garoto de 16 anos incendiou o jogo, o time deslanchou e ganhou a partida com gols de Nenê e Gilberto. No jogo seguinte, no dia 26, o Flu joga no calor de Moça Bonita e conquista a maior goleada da temporada, até o momento, sobre o Bangu . O tricolor faz um sonoro 5 x 1, com direito a gol relâmpago de estreante, em jogo que confirmou a afirmação de Luccas Claro na equipe titular. Não era pra menos: o zagueiro meteu dois gols de cabeça. Os outros foram marcados por Yago, Felippe Cardoso e Gabriel Capixaba, todos fazendo seus primeiros gols com a camisa tricolor. A partida também marcou a reestreia de Digão e Muriel, além das estreias de Egídio e Henrique.

No jogo seguinte, o tricolor faz o seu primeiro clássico do ano, contra o Flamengo. Mesmo com o rival com o time de jogadores sub-23, o tricolor não consegue fazer uma grande apresentação e sofre para vencer. Na ocasião, Odair mandou a campo um ataque com Miguel, Nene e Matheus Alessandro. O gol que decidiu o jogo foi de Nene, de calcanhar, confirmando a boa fase do meia. Porém, antes do primeiro jogo da Sul-Americana, o Flu conhece sua primeira derrota no ano. Foi diante do Boavista em pleno Maraca. Odiar poupa Nene do inicio do jogo, dando chance a Capixaba no time titular. O jogo ainda marcou a estreia de Michel Araujo, que nada pode fazer para impedir a derrota por 1 x 0. Odair começa a ouvir as primeiras cobranças, mais contundentes, vindas das arquibancadas.

No primeiro jogo da Sula, dia 4, o treinador já podia contar com dois dos três atacantes que se lesionaram. Marcos Paulo e Evanílson, no entanto, não tinham condições de suportar os 90 minutos. O comandante, então, opta pode deixá-los como opção no banco, e vai para o jogo, novamente, com Matheus Alessandro, Nenê e Miguel no ataque. Naquele momento, Felippe Cardoso, Lucas Barcelos e demais atacantes do elenco, não convenceram Odair que tinham condições de iniciar o jogo. Foi preciso a entrada de Evanilson e Marcos Paulo para o Flu abir o placar. Mas tomou um gol de cobrança de lateral, numa desatenção total do setor defensivo. Muriel, que não inicia o ano da forma que terminou 2019, para muitos, falhou no lance.

Em seguida, o time tem dois clássicos contra Botafogo e Flamengo. Contra o time monocromático, uma boa atuação, uma vitória de 3 x 0 construída no primeiro tempo. Nenê confirma a sua boa fase e marca dois gols (o primeiro um gol de placa) e Wellington Silva, que havia sido confirmado na mesma semana, reestreou com a camisa tricolor e marca o terceiro. Depois, veio a semifinal da Taça Guanabara contra o Flamengo, dessa vez, com o time titular. Início pavoroso do time. Foi preciso os caras abrirem um 3 x 0 para a galera tricolor despertar. Mas o time mostrou um incrível poder de reação. Com gols de Luccas Claro e Evanílson, o Flu quase conseguiu empatar a partida. Fernando Pacheco e Caio Paulista ainda tiveram gols anulados pelo VAR e os jogadores brigaram até o apito final. A torcida aplaudiu de pé o time e, em princípio, parecia que o time estava ganhando uma personalidade.

No fatídico jogo pela Sula, Odair vai com com todos os atacantes que tem, ainda sem Fernando Pacheco e Wellington Silva, destaques nos últimos dois jogos. Com isso, ele reeditou a trinca que usaria no início do ano, com Caio Paulista, Evanílson e Marcos Paulo. Contudo, o time não conseguiu produzir. Um chute de Nene, aos 28 minutos do primeiro tempo, foi o resumo tricolor. Tá certo que o árbitro ainda ignorou um pênalti claro, na sua frente, em cima de Nene. Mas o futebol apresentado pelo time deixou a galera tricolor bastante irritada.

Trocando em miúdos, o treinador teve seus acertos e seus erros, como todos em início de temporada. A eliminação na Sula, precocemente, atraiu os holofotes da galera para as coisas que não funcionaram, neste começo de ano. Uma atuação convincente, diante de um limitado Botafogo, o poder de reação, diante do Flamengo, talvez sejam o que podemos observar de melhor, além da goleada sobre o Bangu. O problema maior foi, que nas primeiras duas decisões do ano, o Flu ficou pelo caminho. E isso pesa…

Odair segue com a confiança da diretoria, que não acena com uma possível substituição no comando técnico da equipe. Agora, ele tem uma semana inteira de treinos para colocar a casa em ordem e arrumar o time. Com todas as peças tricolores à disposição – à exceção de Frazan. Opções, algo que o elenco tricolor não tinha em 2019, agora existem em todos os setores, sobretudo no meio de campo e ataque. Basta lapidar a formação ideal dentre essas opções.

 

ST


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7 thoughts on “Os primeiros 40 dias de Odair no comando do Flu

  • 20/02/2020 em 09:42
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    essas tantas opções de meio que foram citadas , nenhuma muda o estilo lento e burocrático do time jogar, jogadores lentos e pesados e alguns no final de carreira , ganso parece um jogador totalmente desinteressado do jogo , não produz nada , quando o destaque do time é um jogador de 38 anos no final de carreira é ta tudo errado, não temos um cabeça de área capaz de fazer uma transição em velocidade !!! Futebol hoje esta mto dinâmico e veloz …. acho q sera mais um ano de sofrimento !!

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  • 20/02/2020 em 09:46
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    os horrorosos Gilberto e Digão continuam como absolutos , pior , um é capitão …… além de termos um técnico medroso que ja parece estar perdido, não deu pra entender a opção de barrar o hudson que vinha jogando bem, vamos aguardar …

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  • 20/02/2020 em 09:57
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    De nada adianta uma semana livre de treinos se o técnico continuar escalando Digão e Lucas Claro na zaga, Henrique e Yure de volantes. Todo torcedor quer ser treinador e opinar a respeito do time, mas acho que em relação a esses 4 jogadores, creio ser quase total a desaprovação da torcida. Errar é humano, insistir no erro é burrice. Nossos melhores zagueiros são Nino e Matheus Ferraz; e na volância, Hudson não pode ser reserva de Henrique, e também precisamos de um volante que seja ágil, mais rápido, mais leve, como Yago ou Dodi. Quarta-feira tiraremos a prova da insistência no erro, ou seja, da burrice do técnico, independente do resultado contra o modesto Moto Club. Vamos aguardar.
    Meu time ideal, hoje: Muriel – Gilberto, Nino, Ferraz e Egídio – Hudson, Yago e Ganso – Wellington Silva, Pacheco e Evanilson.

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    • 20/02/2020 em 10:55
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      Pra mim também essa é a melhor escalação, é o que temos de melhor!

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  • 20/02/2020 em 11:14
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    Também gosto desta escalação com pequenas variações entre Ganso e Nenê, Marcos Paulo e Wellington Silva.

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  • 26/03/2023 em 05:21
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