Oswaldo precisa conhecer seu elenco e entender quem faz o que por ali…

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Oswaldo de Oliveira chegou no Flu com a missão de resgatar o clube, à beira de se afundar no Z4, e dar sequência na Copa Sul-Americana, verdadeiro sonho de consumo da galera tricolor. E, duas semanas depois, o treinador não tem mais que se preocupar com a competição internacional, pois o Flu já deu adeus. Com dois empates e uma postura que desagradou a muitos no Maraca – gritos de “burro” e outros xingamentos impublicáveis – o treinador manteve a postura de que teria acertado nas suas escolhas e que o time precisava se precaver, mesmo jogando em casa:

– Jogamos contra um adversário que explora muito o contragolpe. Precisávamos nos precaver, e eles fizeram um gol no que são fortes. A gente fez o gol no que treinamos. Então, eram oportunidades que iriam acontecer. Como não fizemos gol lá, a gente tinha de evitar de sofrer aqui. Eles marcaram em contragolpe. Isso nos trouxe muita dificuldade para reverter. Até então, eles jogaram com as armas deles e nós com as nossas. – disse Oswaldo na coletiva pós-jogo.

Na sequência, novo jogo no Maracanã, mais uma vez contra um time da parte baixa da tabela e, mais uma vez, novo tropeço em casa. Apesar de inúmeras finalizações, o Flu sofreu um gol de pênalti, marcado com auxílio do VAR. Para Oswaldo, o time se comportou bem. Na coletiva ele comentou sobre o momento do Flu e a substituição de Ganso por Caio, volante de marcação, que acabou tendo a infelicidade de cometer a penalidade:

– É uma situação muito ruim. É a segunda partida que o Fluminense passa por essa situação semelhante. O jogo contra o CSA foi muito parecido com o que aconteceu hoje. A equipe perdeu o controle e a concentração até acabar levando o gol. Pela situação que o time já está, cria um ambiente nefasto. E acaba atraindo essa atmosfera muito desfavorável – disse Oswaldo, que seguiu –  A minha opção com o Caio foi para dar suporte, porque a gente estava dando muito espaço e os zagueiros estavam ficando no mano a mano. O nosso time estava sendo atraído para essa situação. O Paulo Henrique cansou, estava errando alguns passes. Por isso coloquei um jogador mais vigoroso para nos dar mais agressividade. A bola não entrou hoje, mas vamos trabalhar para o time ser mais competitivo.

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No jogo seguinte, aí já afundando no Z4, o Flu foi a Fortaleza e arrancou uma vitória para lá de importante. O treinador comentou o que viu do jogo e sobre a importância da vitória no primeiro jogo da sequência dos 4 que o Flu fará longe de casa:

– Vitória com importância muito grande para nós do ponto de vista mental e psicológico. Por tudo que tem acontecido. Equipe criou oportunidades e não fez gols em outras partidas. Hoje conseguiu. Tirou tensão e peso. Depois do gol ainda passou a jogar melhor, com mais tranquilidade. Isso é alento muito grande para mim, dá mais confiança ainda. Sabia que havia um elo, um link que precisava ser ativado entre a parte mental e a parte técnica e tática. Fluminense conseguiu fazer isso e teve resultado merecido.

Por fim, o jogo de ontem, contra o Palmeiras, em rodada adiada do Campeonato Brasileiro. O treinador comentou sobre o abalo emocional que a equipe sentiu, ao tomar o gol no primeiro tempo, e fez uma análise mais sintética do que ocorreu no jogo:

– Nós temos de escalar o que nós temos de melhor. No jogo passado, funcionou muito bem. Nós criamos várias oportunidades de gol. Se a gente tivesse feito o gol no momento que era oportuno, inclusive tivemos duas claras chances quando estava 1 a 0, o jogo teria tido outra figura. Perdendo o jogo, a gente precisava insistir e arriscar, então, acabamos cedendo espaço ao Palmeiras.

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Oswaldo parece ainda não ter compreendido o Fluminense que ai está. O treinador chegou num grupo fechado e focado, mas não consegue compreender bem seu elenco. Airton, Ganso e Nenê não podem formar um meio de campo nunca. Não se tem marcação e a velocidade fica muito prejudicada. Alias, Nenê e Ganso só podem funcionar juntos se o camisa 77 jogar como terceiro homem de frente e não como terceiro homem do meio. Não adianta, ele não compõe a parte defensiva. Ou entende isso ou vamos tomar porrada.

Ganso está fora de posição nesse esquema, e é o mais sacrificado – e acaba sendo o mais cobrado também. Ele não pode jogar com essa responsabilidade de marcar como segundo volante. Ele tem que compôr esse espaço, marcando, auxiliando quem joga por ali. O melhor momento de Ganso no Flu foi quando Diniz achou o meio de campo com ele, Allan e Daniel. E foi exatamente aí que o melhor de Allan veio à tona. Podem criticar o Daniel o quanto quiserem, mas ele era o motorzinho desse time. Todas as bolas que ele recebia ele girava e propunha o ataque. E com Ganso e Allan, conseguia fazer o time andar.

Nenê, se começar como titular, tem que fazer a função que Luciano fazia, flutuando entre as linhas. Ajudando na criação e chegando para finalizar. Veja quantos gols Luciano fez jogando por ali. Ele até hoje é o artilheiro da equipe, com Yony tendo empatado em número  de gols somente por agora. E Nenê tem qualidade para isso. Tem visão de jogo e bom chute. Mas NÃO MARCA ninguém e NUNCA VAI MARCAR NINGUÉM. Não é falar mal do jogador, é apontar o óbvio. Cobrar dessa trinca (Ganso, Nenê e Airton) proteção à zaga é pedir para tomar gols. Não dá, os caras não tem essas características. Se insistir nessa formação vamos tomar gols em todos os jogos. Tão certo quanto menstruação de freira.

Outro ponto: culpar esse ou aquele jogador quando o time está desorganizado não me parece justo. Isso porque a bomba estoura ou nas costas de laterais ou de zagueiros, ponto. Se tá uma zona lá na frente, evidente que sobra para quem defende. E não estou aqui para “passar pano” para esse ou aquele jogador que falhou. Gilberto não acompanhou em dois gols e deixaram o careta lá entrar livre pela canhota no primeiro. O fato é que desorganizados como jogamos, os caras vão estar sempre expostos nos lances capitais do jogo. O que temos que fazer? Fechar a meleca da casinha. Não podemos deixar os caras sempre com a bomba nos pés.

Para finalizar, Oswaldo foi extremamente infeliz na sua declaração antes do jogo, como bem abordado por Marcello Neves, jornalista do “O Globo”. Para Neves, Oswaldo já entrou em campo derrotado. Ao ser perguntado qual seria a postura de sua equipe na partida, o treinador tricolor afirmou que “vai depender do que o Palmeiras permitir”. Mas o que diabos Oswaldo quis dizer com isso? Será que o treinador de fato esperava que o Palmeiras, na sua casa, fosse convidar o Flu para sua área e sofrer gols? Incompreensível essa declaração do treinador.

Oswaldo é experiente sim. Sua chegada causou um furor entre os tricolores que, em sua maioria, torceu o nariz com sua contratação. Esperamos que essa sua experiência olhe para o lado e veja como os treinadores de clubes em situação semelhante, mas com elencos inferiores, se comportam. E que entenda, de uma vez por todas, que Nenê, insisto, é terceiro homem de ataque e não o terceiro do meio de campo. Ou se protege a zaga, com um meio mais brigador, com mais pulmão e inteligência na hora de sair jogando, ou vamos sofrer. Ontem vimos um abismo entre as linhas defensivas e a meiuca. Será que ele viu também?

Agora, o Flu volta a campo contra um Corinthians que pode vir com muitos reservas, haja visto o compromisso deles pela Sula, no meio da semana. Que Oswaldo nos escute, escale o time com o que de fato tem de melhor, e comece a reação que tanto esperamos. Ele tem 3 jogos à frente do Flu: 2 derrotas e  1 vitória. Para sairmos dessa situação, precisamos de 50% de aproveitamento, ou seja, precisamos vencer esse próximo compromisso.

Penso que: Muriel, Gilberto, Nino, Frazan, Julião (na canhota mesmo) Caio Henrique, Allan, Ganso e Nenê; JP e Yony.

Ou se ainda preferir manter Caio Henrique na ala: Muriel, Gilberto, Nino, Frazan, Caio Henrique, Allan, Daniel, Ganso e Nenê; JP e Yony.

E vocês, qual seria o melhor Flu para o jogo?

ST

 


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18 thoughts on “Oswaldo precisa conhecer seu elenco e entender quem faz o que por ali…

  • 11/09/2019 em 13:07
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    Muriel – Juliao – Nino – Frazan – C Henrique / Allan – Daniel – Ganso / Marcos Paulo – JP e Yony

    Resposta
    • 12/09/2019 em 14:13
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      Concordo!! Esse é o time do Diniz até agora ñ entendo pq o vice-presidente pediu a cabeça dele… é só lembrar Digão (reserva do cruzeiro), nenê (reserva do são Paulo q tava doido pra arrumar um time besta pra compra), na minha opinião o Nino tbm está muito mal ( lento d+).. agora cá pra nós esse Osvaldo Oliveira ninguém merece… Ñ era p tirar o Diniz mais se tirou.. Pq ñ chamou o Jair Ventura..

      Resposta
  • 11/09/2019 em 15:25
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    Muriel – juliao – nino-digao (é o capitao, barrar ele agora causará mais temores)-caio henrique – yuri – allan – ganso-nene-yonny -jp ou
    muriel -gilberto–nino-digao-juliao-caio henrique-allan-ganso-nene-jp-yonny

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  • 11/09/2019 em 15:29
    Permalink

    Acho a 1a mais factível para o treinador covarde que tem se mostrado.

    Eu iria com
    Muriel,
    Julião, Nino, Frazan, LE da base que treina com a equipe desde a saída do Marlon
    Allan, Caio Henrique e Ganso
    Nenê(flutuando no ataque); JP e Yony

    Com os laterais compondo mais a marcação e deixando o Ganso chegar na área pra tb finalizar, além do Allan e do CH, alternadamente.

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    • 11/09/2019 em 21:14
      Permalink

      Osvaldo não precisa entender o o time do Vou ele precisa entender que ele não é mais técnico de time grande aqui no Brasil e entregar o chapéu pois até mesmo um cego que não conhece o time escaparia melhora esse time

      Resposta
  • 11/09/2019 em 16:31
    Permalink

    3-5-2 com certeza. Ganso OU Nenê. Explorar a velocidade e a rapidez total nas transições. Muriel; Nino, Frazan e Luan; Diogo, Allan, Caio Henrique, César e Ganso; Marcos Paulo e João Pedro. Se jogar com Ganso E Nenê juntos (o que destrói a velocidade do time), tem que ser no bom e velho 4-2-2-2 dos anos 1980: Muriel, Diogo, Frazan, Luan e César; Allan e Caio Henrique; Ganso e Nenê; Marcos Paul e João Pedro.

    Obs.: Não cito o Yony porque ele nitidamente está desfilando em campo, possivelmente pra se mostrar pro time que já deve ter assinado com ele um pré-contrato. Por isso, não o escalaria mais.

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  • 11/09/2019 em 16:32
    Permalink

    Nao perco mais tempo. A responsabilidade é de quem comanda e infelizmente o senhor Celso Barros tomou uma decisão estapafúrdia ao substituir Diniz no momento em que ele tinha ainda um projeto para entregar que era a Sul americana. Nem Castor de Andrade tomaria uma decisão tão incompatível com o momento.

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  • 11/09/2019 em 16:34
    Permalink

    Barraria sem hesitar Digão & Cia. Falaram o mesmo em 2009 quando barraram o então capitão Luiz Alberto, e o que vimos foi a retomada das vitórias e a salvação milagrosa. Mas se barrar o Digão, tem que barrar junto Aírton, Agenor, Gilberto, Dodi, Guilherme, Ewandro, Kelvin, Lucão e todas essas aberrações que estão povoando o elenco com sua péssima qualidade. Cuca mostrou em 2009 que o choque de realidade faz bem. Agora é hora de mudar, ou vai cair.

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  • 11/09/2019 em 17:35
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    Acho que Oswaldo tem é de ir embora!!!

    Mas na brincadeira, concordo com a escalação do Vinícius.

    ST

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  • 12/09/2019 em 12:01
    Permalink

    O Fluminense tem algumas certezas/consensos:

    Jogadores que devem ser titulares: Muriel, Nino, Caio Henrique, Allan, Ganso e/ou Nenê e João Pedro.

    Jogadores que devem ser barrados: todos os eternamente fora de forma (nem preciso citar), com destaque para Airton.

    Treinador: insistir com Oswaldo é série B. Tem que reconhecer o erro e corrigir enquanto há tempo.

    Meio campo: muito lento e sem força na marcação. Tem que mudar jogadores e desenho tático.

    Isso tudo é o óbvio. Qualquer um que acompanha o Fluminense sabe disso. Mas ninguém aqui tem poder de barrar jogador ou contratar treinador. E a cúpula não se entende. Tá difícil!

    Eu escalaria o seguinte time: Muriel; Julião, Nino, Frazan, Caio Henrique; Yuri, Allan, Daniel, Ganso; Nenê e JP.

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