Para além do título: saiba pelo que as nossas Guerreiras brigam no Brasileiro Feminino A2

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No último domingo (27) o Fluminense venceu o Real Ariquemes nas Laranjeiras por 2 a 1. Com isso, o time viajará para Rondônia com a vantagem de um empate para avançar na competição e dar mais um passo para alcançar os objetivos almejados.

Quando a equipe começa a disputa na A2, pensa-se somente no acesso e/ou no título. Contudo, há mais do que isso em jogo e, abaixo, destrincho as possíveis “recompensas” que o Flu poderá conquistar conforme avance no Brasileiro Feminino A2.

Foto: Ester Barros/FFC
  • Acesso e/ou título:

Para garantir o acesso na A1 as Guerreiras precisam chegar na semifinal, e, assim como o título, serão conquistas inéditas para o Fluminense, que começou a competir na modalidade em 2019. Por isso, além do prestígio que será competir na elite do futebol brasileiro, as Guerreiras ficarão marcadas na história do clube, colocando o primeiro troféu da categoria na Sala de Troféus das Laranjeiras – e o segundo conquistado pelo futebol feminino.

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  • Possibilidade de mais calendário em 2022:

Com o anúncio do novo formato dos campeonatos nacionais a partir de 2022, o Fluminense já está garantido na A2 na próxima temporada, além de ter o Campeonato Estadual no segundo semestre. Contudo, conforme anunciado pela CBF, a partir do ano que vem será disputada a Supercopa do Brasil, torneio mata-mata que envolverá os semifinalistas da A2 e mais 4 times da A1.

Além disso, competir na A1 dá ao tricolor a possibilidade de se classificar para o Campeonato Brasileiro sub-16 caso os critérios de classificação se mantenham: disputarão os semifinalistas da edição de 2021 da competição e os 8 melhores da A1 deste ano. Atualmente, o Flu tem time na categoria, mas não joga justamente por não se classificar. Por conta disso, inclusive, emprestou 6 jogadoras ao Minas Brasília.

  • Aumento de receita: 

Na Série A2, a CBF arca com os custos de viagens, hospedagens e demais gastos dos times visitantes, proporcionando também uma cota de operação para a realização das partidas. Em termos de premiação, os valores são quase irrisórios, algo em torno de 5 mil reais por fase alcançada. Já na A1, o cenário é diferente, podendo configurar um aumento significativo de receita.

Os valores de premiação da A1 aumentam gradativamente conforme o avanço da competição e são cumulativos. Em 2020, o campeão recebeu uma totalidade de 180 mil reais e o vice 60 mil. Na primeira etapa, os times recebem, 15 mil, na segunda, 20 mil e, nas semifinais, 30 mil reais. Estes são os valores desde 2017 e a previsão é de que se mantenham para a próxima temporada.

  • Possíveis consequências:

Além dos pontos expostos, a conquista do título ou do acesso pode proporcionar mais ao Fluminense. Atualmente, a Série A1 é transmitida no canal do Youtube dos Desimpedidos, na Band e na Eleven Sports (antigo MyCujoo), enquanto a A2 tem transmissão somente nesta última. O aumento da exposição, cuja tendência é ser cada vez maior, dará maior visibilidade à modalidade e ao clube, trazendo efeitos positivos para o time, como a possibilidade de novos patrocinadores. Hoje o time feminino não possui patrocínio exclusivo, de modo que a única marca que estampa a camisa de jogo é a Rentv, parceira do Flu.

Um bom desempenho, somado ao aumento de receita, implicará num maior investimento no futebol feminino, que hoje não é profissionalizado por falta de recursos financeiros. Assim, este cenário poderá acarretar na profissionalização das jogadoras e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida e trabalho delas, que gozarão de garantias trabalhistas como FGTS, 13º salário, licença maternidade e férias remuneradas, além da estabilidade contratual. Enquanto isso, o clube ficará protegido pelos mecanismos da FIFA e poderá, finalmente, receber compensações financeiras pela transferência de jogadoras.

 


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