Por que as multimarcas globais não estão mais no futebol brasileiro?

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A maioria dos clubes brasileiros está passando por sérios problemas financeiros e isso não é segredo para ninguém, pois a era em que as cotas de TV bancava as contas dos clubes acabou, ou pelo menos está acabando. Muitos times, até bem pouco tempo atrás, por falta de marcas interessadas nesse mercado, acabaram por se aliar à Caixa Econômica Federal – Estatal que patrocinou times de série A, série B e série C – e, por conta dessa seca de empresas no mercado brasileiro “futebolístico”, o banco acabou por um tempo praticamente bancando o futebol brasileiro.

Agora, com o anúncio que a Caixa deixaria de patrocinar os times, os clubes tem que pensar numa solução de como atrair investidores e conseguir gerir uma situação financeira estável. Além disso, outro ponto a ser pensado, é como voltar a atrair empresas fortes, internacionais ou não, a voltarem a investir no Marketing Esportivo brasileiro.

Para nos servir de exemplo, vejamos o Boca Jrs, da Argentina, que no segundo semestre de 2018, anunciou o patrocínio master da Qatar Airways, companhia área internacional gigante no segmento. A pergunta é: por que a Argentina atrai grandes investidores e o Brasil não consegue mais?

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É isso que a coluna do Jorge Avancini estuda. Na visão dele, a explicação começa na Copa União de 1987 (o famoso brasileirão ganho pelo Sport) pois foi um ano em que as empresas gigantes internacionais entraram de vez no Brasil. No caso a Coca-cola resolveu investir no campeonato nacional e patrocinou a maioria dos clubes impulsionando várias outras marcas a entrar no mercado esportivo brasileiro, entre elas a Hyundai, Pepsi-Cola, LG, SEMP, Jeep e Konami (entre outras).

A pergunta que você leitor tricolor deve estar se fazendo é mas o porque essas empresas deixaram os clubes? Avancini aponta sete erros, cometidos pelos nossos dirigentes, de uma forma em geral, para tal:

1) Historicamente, os clubes nunca procuraram estruturar departamentos de Marketing e Comercial, formados por profissionais experientes e com metas a serem atingidas. Lamentavelmente, tudo foi sempre na base do “se der, deu!”;

2) Durante muito tempo, os clubes não entregavam exatamente as propriedades comercializadas. Ou, ainda pior, sequer entregavam alguma coisa – não raro simplesmente davam as costas ao patrocinador;

3) Nem todos os clubes adotam uma política de remuneração de seus executivos comerciais com valores variáveis por meta atingida e/ou remuneração com base fixa independentemente dos resultados conquistados por eles ou mesmo pelas equipes;

4) Poucos clubes terceirizam a comercialização de suas propriedades e do patrocínio (se já não têm o hábito de remunerar executivo próprio, quem dirá pagar comissão para terceiros);

5) Poucos clubes fazem eventos comerciais para expor portfólio de produtos e oportunidades, além do retorno gerado, ao mercado publicitário e investidores em potencial;

6) Poucos clubes acreditam e/ou fazem pesquisas regulares de mercado, para mapeamento do perfil de sócios e torcedores. Isso resulta em carência de informação sobre o potencial da massa de consumidores e presença da força da marca no cenário nacional; e

7) Clubes e o mercado publicitário mantêm distanciamento prejudicial ao negócio futebol. Considerando-se a filosofia de não remuneração de executivos próprios e/ou não terceirização da comercialização por parte dos clubes, dificilmente uma agência de comunicação que detenha a conta de uma marca global irá incluir um clube de futebol como oportunidade de mídia em seu planejamento estratégico ao cliente.

Diante disto, é preciso que os clubes se estruturem cada mais com profissionais adequados e preparados para a função e que consigam atingir os objetivos financeiros para conseguir trabalhar o marketing do clube, que é tão importante e muitas vezes não é trabalhado de forma consistente pelo clube.

Muitos clubes ainda não se profissionalizaram aqui no Brasil e essa questão pesa, na hora de celebraram acordos mais altos. Tem de haver planejamento, números sérios, geridos por pessoas qualificadas no mercado, e não mais indicações dos presidentes e dirigentes. Acabou o tempo do “peso da camisa” falar por si só. Hoje se requer seriedade, compromisso e organização.

Fala torcedor tricolor, como você acha que o Fluminense trabalha o Marketing?

 

ST

 

Foto : (Divulgação / STpontocom)

 

Em coluna no site mktesportivo.com Jorge Avancini analisa momento do mercado esportivo brasileiro na visão de investidores


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4 thoughts on “Por que as multimarcas globais não estão mais no futebol brasileiro?

  • 31/01/2019 em 18:42
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    Marketing??? Isso não existe no Fluminense atual…

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  • 31/01/2019 em 23:38
    Permalink

    Simplesmente não trabalha. O Mkt do Flu é um lixo. Até achei uma bola dentro.esse vídeo.do ganso se associando. Primeira vez q o mkt do clube me surpreende. Sempre me pareceu ser relegado a segundo plano. Parece q n entendem que futebol é negócio. É mkt. Os jogadores entendem muito bem. Os clubes não
    Tinha uma tal de idel que era o vp da pasta. Sujeito horroroso. A falta de um mkt forte no clube é antiga. Acho q n vdd nunca tivemos. Na vdd o mkt que se deu bem no Flu foi o da Unimed que cresceu absurdamente no período. Mkt é coisa pra profissionais e o Flu não tem esses caras.

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