PRÓS E CONTRA (MARIO NETO)

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PRÓS E CONTRAS (MARIO NETO)

Comecemos pelos prós: se por um lado o Barcelona ganhou todas as partidas em casa, algumas até com autoridade, nós não perdemos fora de casa até agora: ganhamos três, River Plate, Santa Fé, Cerro Porteño e empatamos contra o Junior de Barranquilla, portanto tentaremos manter este retrospecto, o que não será nada fácil, mas vejo como longe do impossível. Da mesma forma que fomos desacreditados por todo mundo para a Argentina, agora vamos para o Equador da mesma maneira, ou seja: a imprensa, por exemplo, já nos eliminou da Libertadores da América, antes mesmo de entrarmos em campo, o que, pelo acontecido contra o River (nos classificamos), jogando sem dúvida nenhuma nossa melhor partida deste ano, não deixa de ser um sinal. Em suma, não somos os favoritos de jeito e maneira, mas não temos porque nos dar por vencidos desde já como muitos querem, para derrubar o técnico.
Agora vamos para os contras: na nossa classificação na primeira fase, vinhamos de algumas atuações mais do que razoáveis, o que não acontece agora. Estávamos bem no Campeonato Brasileiro, na primeira parte da tabela tranquilamente, o que nos deixava mais ou menos tempo para nos dedicarmos mais à Libertadores. Agora, diferentemente, estamos muito mal colocados no Brasileirão, dois pontos apenas acima da zona do rebaixamento e correndo sérios riscos de frequentá-la na próxima rodada, se não ganharmos do Atlético Mineiro aqui no Rio na segunda feira que vem, uma tarefa indigesta. Alguém tem dúvida disso?
Pelo que temos visto do nosso time nas últimas partidas do Brasileirão, sei que é outra competição, mas não há como desvinculá-la no momento da Libertadores da América pelas nossas últimas atuações. Entendo bem o pessimismo de muitos, eu diria a maior parte dos tricolores, para hoje no Equador. Por enquanto não estou neste grupo, porque na partida contra o Internacional, mesmo perdendo nos acréscimos, por incrível que pareça vi uma luz no fim do túnel. Inesperadamente e por força dos acontecimentos (jogadores sem condição de jogo pela teimosia, resolveu encarar a realidade: deixou seu esquema de lado e escalou o time no 4-4-2, o que já deveria ter feito há muito tempo diga-se de passagem. Todo mundo sabe que não gosto do sistema tradicional do Roger, pelo contrário.
Agora, quem me garante que ele manterá este sistema 4-4-2 hoje à noite no Equador? Ninguém. Ele não se manifestou até agora, o que me deixa apreensivo dos pés à cabeça. Caso volte ao seu sistema entrarei no grupo dos pessimistas, restando para mim aquela máxima de que no futebol tudo pode acontecer, contando também com a ajuda do Gravatinha. Antes de terminar: espero que o Fred seja titular logo mais. É o tipo da partida que ele gosta, vide River Plate na Argentina, além de ser o único atacante que nós temos que impõe medo ao adversário, mesmo longe do seu melhor.

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