Sem equilíbrio emocional Flu cai na Fonte Nova

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Fluminense começou o jogo procurando se acertar com a nova formação, diante de um Bahia mais organizado. Com uma equipe que contou com a entrada de alguns jogadores – Paulo Ricardo, Fernando Neto e Rodolfo – o time não conseguiu entender o jogo. Tanto que nos primeiros 5 minutos o Flu não conseguiu trocar três passes seguidos.

Mas com o tempo, tentou se ajeitar um pouco melhor. O Bahia pressionava a saída de bola e o jogo ficava muito truncado no meio de campo, com Fernando Neto buscando sua melhor posição. E apesar do Bahia parecer superior, nenhuma das equipes conseguia desenvolver as jogadas de ataque.

Aos 10 minutos a primeira boa chance do Flu: numa bola alçada para Luciano, ele ajeita para Sornoza bater. O equatoriano pega mal na bola que acaba sobrando para Everaldo, impedido guardar.E o gol do Flu anulado acendeu os baianos, que vieram com tudo numa jogada pela direita. Num cruzamento feito, Rodolfo opera um milagre numa cabeçada. Na sobra ele voa nos pés do atacante em excepcional defesa. Brilhou a estrela do goleiro tricolor.

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O Flu insiste em lançamentos buscando Luciano que, no meio da zaga, tem muita dificuldade em dar sequencia às jogadas. Com isso, o Bahia começa a dominar as ações e ter maior controle do jogo e da posse de bola. O Flu praticamente entrega a bola para a equipe baiana jogar, com muita dificuldade em furar a marcação.

Aos 20, o jogo fica mais aberto, e um pouco mais equilibrado, mas sem agressividade de ambos os lados. As defesas conseguiam cortar os lances de maior perigo. Até que aos 22 Ayrton Lucas erra na saída de bola e o Bahia consegue uma boa jogada, com um cruzamento alçado na área e o atacante baiano, sozinho, desperdiça uma grande oportunidade.

Aos 30 uma rara boa oportunidade. Jadson corta a bola na cabeça de área e acha Everaldo pela canhota. Ele avança. invade a área adversária e vai costurando para o meio. Só que, com isso, dá chance de recomposição da zaga que fecha o arremate do tricolor.

O jogo dá uma certa equilibrada e o Flu começa a aparecer mais no ataque, mas sem oferecer qualquer perigo ao gol baiano. Mas a tônica do jogo é a mesma: o Bahia com a marcação mais alta e o Flu procurando sair pelas alas. Luciano, muito isolado, e Sornoza não conseguem render o que a galera espera deles. E sem muita inspiração, o primeiro tempo termina sem gols na Fonte Nova.

O segundo temo começa e o tricolor parece ter um pouco mais de ímpeto no jogo. Volta com uma pegada diferente, buscando sufocar o Bahia no próprio campo. Antes do primeiro minuto, uma boa trama pela canhota: Ayrton Lucas invade a área e tenta servir Luciano mas a zaga, atenta, corta.

Já aos 5 minutos foi o Bahia que assustou, numa boa jogada a bola cruza a área tricolor e na volta, num bate rebate, ela acaba fácil nas mão do Rodolfo. Aos 8 minutos, numa saída equivocada da zaga, a bola é alçada na área e encontra Zé Rafael sozinho dentro da área. Rodolfo tenta se antecipar, mas não consegue: Bahia 1 x 0. O velho problema do Flu começa a dar sinais de que não será resolvido hoje: a grande dificuldade de criar jogadas de ataque e de finalizar.

Numa ABSURDA falha da defesa, Paulo Ricardo deixa muito curta para Rodolfo que ainda tenta salvar. A bola bate no atacante baiano e entra: 2 x 0.

A sorte, definitivamente, não está com o Fluminense. E parece que há algum tempo.

A partir desse momento, o Flu fica completamente perdido em campo, assistindo um Bahia mais tranquilo ainda, e muito mais organizado, jogar. A cada bola vinda na defesa era um frio na espinha da torcida tricolor. Nada dá certo para o tricolor. Antes mesmo dos 20 minutos, a tônica do jogo parecia ter se definido já. O meio está perdido. Fernando Neto não consegue antecipar nenhuma jogada e só corre atrás dos baianos, sobrecarregando Jadson e estourando na zaga.

Gum. aos 22, pede para sair e Marcos Júnior entra para tentar mudar um panorama muito complicado. Mas não consegue. O Bahia está mais próximo do terceiro do que o Flu de diminuir. O time parece entregue, não oferece perigo algum, além do evidente nervosismo – explícito na reclamação de Everaldo ao 4° árbitro num lance em que, sem intenção, o jogador do Bahia atinge seu rosto. E foi dele o único lance de maior perigo, num chute que passou perto do travessão, isso aos 42 minutos do segundo tempo.

E foi isso na Fonte Nova.

Nós vemos nos jogadores uma falta de tranquilidade que preocupa. Nós precisamos abraçar essa equipe antes que seja tarde demais. Eles estão no limite físico – foram 10 jogos em 30 dias – e, sobretudo, emocional. Ter que administrar esses problemas fora de campo e a ansiedade de acertar, não é fácil.

A sorte do Fluminense é que os outros clubes tem missões complicadas pela frente e que 4 deles precisam passar o tricolor na tabela para que entre no Z4. É realmente muito complicado para o torcedor assistir aos jogos do Flu e não comemorar um gol sequer há cinco jogos. Mais ainda ver seu clube contabilizar apenas 2 pontos em 15 possíveis, sendo alguns desses jogos contra adversários diretos e no Maracanã.

Domingo, tem o jogo contra o Inter no Beira-Rio. Difícil crer que venha algum resultado positivo de lá. Resta ao tricolor pegar a calculadora e, sim, se preocupar com o Z4 que está cada vez maior no retrovisor.

ST

 

 

 


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8 thoughts on “Sem equilíbrio emocional Flu cai na Fonte Nova

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