SOB A LUZ DO REFLETOR – Chega de Saber Sofrer!

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O futebol as vezes parece complicado, mas se olhar com carinho para o passado e para o presente, vai notar que complicam o futebol além do necessário.

Não vamos falar do jogo do último sábado, quando o Marcão covardemente recuou o time e levou o empate no final. Já teve quase uma semana de colunas e reportagens a respeito. Vamos tentar entender o que se passa na cabeça dos “professores” a beira do campo.

É fácil compreender que os times brasileiros após fracasso da copa de 82 e sucesso na copa de 94 mudaram seu estilo de jogar futebol. Resolveram copiar o que “deu certo” e passaram a dar valor a esquemas táticos cuidadosos, que os europeus usavam (alguns ainda usam) para tentar segurar a magia do futebol dos sul americanos, principalmente o Brasil, mas também um pouco a Argentina, que sempre produziu jogadores criativos e habilidosos. Parreira pode ter sido um dos grandes percursores desse estilo. Na sequência vieram nomes que até hoje atuam ainda no nosso futebol, ganhando fortunas: Felipão, Abel, Muricy, Mano Menezes, Tite e outros menos ainda qualificados como Celso Roth e cia. É incrível que ficamos assim por décadas. Um Corinthians campeão aqui com 1×0 o ano todo, um São Paulo campeão ali com 3 zagueiros e chutes para frente toda hora, um Grêmio lutador campeão da Copa do Brasil e assim vai. Podemos citar um Fla campeão com alguma audácia vindo dos jogadores, porque sabemos muito bem que o Andrade não tinha essa moral toda por lá, quando Adriano e Pet resolveram jogar. Podemos citar o Flu de 2009, quando Cuca jogava o time para frente por total necessidade e seguimos com um acerto defensivo ou outro do Muricy para brilhar em 2010. Mas times ofensivos que ganharam no Brasil nos últimos anos, não passa de uma mão. Cruzeiro do Luxa, ok. Flu do Abel em 2012? Não, menos. Timaço, mas não era ofensivo assim. Quantas vezes sofremos com 1×0 no placar? O tal “saber sofrer”. Teve Fla x Flu que vencemos de 1×0 e os caras perderam até pênalti, Cavalieri pegou até pensamento.

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Copa vem e copa vai. O que dizem influenciar o mundo do futebol aconteceu, menos aqui. Depois de um 2006 horroroso que a Itália se torna campeã nos pênaltis, vem 2010 com a Espanha ganhando com toque de bola refinado, ainda sem muitos gols, mas encantando pela posse de bola e jogo coletivo. Veio 2014 e a Alemanha deu um baile. Pronto, já era para ter mudado o futebol por aqui. Mas nossos “professores” continuaram a vencer jogando no erro do adversário, dando a bola para o adversário e sabendo sofrer. Até o Palmeiras, que monta elencos fortes há 3 anos, ganhou jogando feio, dando a bola para fazer gol nos contra-ataques.

Esse ano é um reinicio do futebol brasileiro. E sim, podemos citar o Diniz, que encantou, mas por detalhes que não conseguiu entender ainda, não ganha. Temos o Sampaoli, já conhecido de grandes trabalhos, principalmente no nosso vizinho Chile que mostrou como se joga bem e ganha, lhe faltou um elenco um pouco melhor, mas o trabalho está aí. E aparece o portuga no nosso rival, desfazendo algumas crenças e com um grande elenco, atropelando. É hora de mudar o pensamento. É hora de se atualizar com o que acontece no mundo há anos e nós paramos em 1994.

O Fluminense precisa entender a história do futebol e o presente, buscando o estilo de jogo que vai vingar por décadas agora. Jogo bem jogado, diriam os peladeiros nas resenhas. Jogar futebol é gostar da bola, não dá-la para o adversário e buscar o gol, que um querido tricolor um dia disse que é apenas um detalhe. Não é não! É o objetivo do velho esporte bretão. Buscar o gol para vencer partidas. Obviamente que jogar futebol também inclui se defender, mas para tomar a bola e tentar o gol. O Fluminense precisa entrar no espírito que rege o futebol no mundo. Não dá mais para contratar técnicos ultrapassados, que não querem jogar bola. Precisa desde da base jogar com estilo do Fluminense. Todo mundo jogando igual desde da sub-13 (sei lá quando começa as subs) até o profissional. Então não dá, por exemplo, para sair um Diniz e entrar um Oswaldo de Oliveira. Não tem lógica, não tem sentido, não tem planejamento e não tem como ter sucesso.

A situação desagradável que o Flu se encontra hoje, exige vitórias. Não vamos ganhar nada se quando fazemos 1 gol, fomos marcar dentro da área, trazendo o adversário para perto do perigo. Marcão tem que se decidir se quer jogar como Diniz ou como Abel. Marcão precisa entender que a sorte não está muito do nosso lado e que se ele der brecha, vamos tomar gol sim no final e o jogo inteiro vai por água abaixo. Inclusive se o Marcão quer ter algum sucesso nessa carreira, seja no Fluminense ou não, que comece a entender que os tempos mudaram. Desde da copa de 2010, pelo menos.

Não tem mais tempo de amarelar. É vencer ou vencer.

 

Toque curto:

– Esqueci de citar o Renato Gaúcho como um bom técnico ofensivo hoje em dia. Um elenco mediano, que está sempre brigando em cima e sendo campeão.

– Futebol não é difícil. Já falamos sobre fazer o óbvio por aqui umas centenas de vezes. Tirar o ganso e colocar o Dodi, não é óbvio para ninguém nesse mundo. Porra Marcão!!!

– Precisamos escapar esse ano, para repensar o nosso futebol. Dá para fazer melhor com esse elenco.

– Parreira iniciou esse processo defensivo no Brasil, mas gostava mais da bola do que os “professores” atuais.

– Já virou sócio do seu clube? Já parou para pensar que você pode ajudar mais do que ficar reclamando nas redes sociais?

SDT


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