SOB A LUZ DO REFLETOR – Com a Corda no Pescoço

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Depois da boa atuação e, pasmem, com vitória sobre o Inter, o Flu retornou aos gramados para enfrentar o galo em Belo Horizonte. Obviamente que era um jogo dos mais difíceis do campeonato. Jogar fora contra eles é complicado e os caras vinham de uma boa fase de vitórias com boa colocação na tabela do brasileiro. Flu perdeu de 2×1 e foi o suficiente para a corda envolver de vez o pescoço do Diniz.

Quem lê o primeiro parágrafo acima, não entende porque uma derrota simples, em um jogo fora de asa, para um dos melhores times do campeonato, podem ameaçar o cargo do treinador. A questão é um pouco mais complexa. O desenrolar do jogo, mostrou mais uma vez, alguns erros clássicos do Diniz.

Começamos bem, tendo a posse de bola e até ameaçando de leve o gol adversário, mas logo que o Atlético adiantou a marcação, começaram os problemas e o time dos caras cresceu. Então repetimos a saída de bola apertadíssima, com passes curtos e, vez ou outra, perdendo ela quase na nossa área. Mas não era só isso. O time não conseguia ter um mínimo posicionamento defensivo, o famoso bando. Vejam nessa imagem, quando o jogo ainda estava 0x0, o primeiro gol do Atlético. Cadê nosso meio de campo? Nem nas peladas de veteranos de condomínios ou de várzeas, essa cena acontece. Talvez naquela pelada saideira, onde está todo mundo cansado e brincando, sem o compromisso da vitória.

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Posicionamento do Flu no primeiro gol do Galo. O jogo estava 0x0 ainda. Foto: Filipe Fidalgo

 

As críticas aumentaram, sempre batendo na mesma tecla. Um amigo tricolor, conhecido como Maurício Fernandes, pela sua “competência” na zaga, fez um belo texto e me enviou. Nele, Fernandes destacava a importância do estilo Diniz, da sua coragem, do seu comprometimento, mas lembrava fatos importantes que ele ignora como: sistema defensivo, passes mais longos e verticais quando pressionado, até alguns chutões quando necessário, e capacidade de variação de esquema de jogo dependendo do adversário. Respondi a ele que o texto era muito bom, mas já batido na imprensa e em diversas colunas. Esses problemas já foram diagnosticados há algum tempo, só esqueceram de avisar o Diniz.

É fato que o aproveitamento do treinador, assim como aconteceu no Athletico Pr, é ridículo. Os Dinizetes tem umas mil desculpas para isso: Salários atrasados, jogadores de defesa fracos, contusões, Var, juiz, tabela do campeonato, sol muito forte, vento sudoeste e etc….Me pergunto se os outros treinadores, que tiveram melhores aproveitamento do que ele (todos) viviam em um Fluminense sem esses problemas todos.

A situação mostra duas opções: O Diniz enxerga os problemas, mas não acha que são sérios e tem a convicção que a evolução vai trazer as melhorias necessárias ou o Diniz não entende que esses problemas existam. A segunda opção é catastrófica. Para qualquer conserto, de qualquer coisa, seja de um comportamento pessoal, de uma máquina de lavar louça ou de um time de futebol, é preciso saber onde está o problema para poder resolve-lo. Se ele é um dos únicos que não sabem. O Flu está mal parado.

Domingo tem CSA, depois Palmeiras fora, Avaí em casa e Fortaleza fora. Fluminense precisa de 7 pontos no mínimo nessa sequência. No meio desse caminho, dois jogos pela sula contra o Corinthians. Não existe mais meio termo, não dá para morrer abraçado com o Diniz. Ou ele faz esse time se organizar melhor defensivamente ou temos que largar o osso e trocar de treinador.

 

Toque curto:

–  Esse elenco é melhor ou pior do que os dos anos anteriores?

– Recordando aos Dinizetes, que se apoiam na Sula para defender o Diniz: Marcelo de Oliveira nos levou as semifinais da Sula ano passado.

– Não, não acho que o Diniz tem que ser mandado embora…ainda. Mas considero a corda já apertada no pescoço, só falta bicar a cadeira. Ou esse time começa a ganhar agora, ou precisamos da troca.

SDT


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8 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – Com a Corda no Pescoço

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