SOB A LUZ DO REFLETOR – Evolução do Esquema “Diniz”

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Dos três bons testes que tínhamos nessa semana, já se foram dois: Botafogo e Antofagasta. Domingo tem Fla x Flu para finalizar.

Contra o Botafogo jogamos melhor e empatamos. Já vem acontecendo resultados negativos em clássicos dessa mesma forma: Jogando melhor, com muito mais posse de bola e perdendo gols. Vasco que nos diga. Essa situação é gerada pela falta de objetividade da posse de bola, com toque por vezes curtos e horizontais e pela ausência de um matador, aquele que empurra a bola para dentro e facilita demais um jogo para o Flu.

A primeira situação foi bastante atenuada, não só com a chegada do Ganso, como que também uma melhora geral nos jogadores, talvez com algum toque do Diniz. Dá para melhorar mais. Sem arriscar um passe mais longo ou mais vertical é complicado furar uma retranca. Você não consegue achar situação clara de gols tocando pro lado e dificilmente encontra um mano a mano em um lado do campo, sem uma virada de jogo mais longa, de primeira.

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A segunda situação, a ausência de um matador, fica ainda na espera do Pedro voltar, e voltar bem. Não podemos esquecer que vem de uma cirurgia e longo tempo fora dos gramados. Não será tão rápida assim, sua volta em alto rendimento.

No nosso segundo desafio, essas questões ficaram menos claras, pois nosso adversário precisava ganhar a partida e jogava em casa. Não veio para cima, mas também não ficou tão recolhido como no Maracanã. Flu logo implantou seu esquema de jogo e foi chegando perto da área, sempre com o perigoso Everaldo voando na esquerda, mas errando o último passe como costume. Dr. Secador já lançou no grupo de zap: “Tira o Everaldo!” Tinham 15 minutos jogados do primeiro tempo. A reação do grupo foi imediata e logo nosso baixinho abriu o placar. Everaldo tem boas características, que ficamos alguns anos para achar em um jogador de lado de campo. Tem bom drible, habilidade, não costuma perder a bola, mas precisa melhorar urgente a definição da jogada, seja no último passe ou no chute a gol. Em outro lance, já no segundo tempo, ele vem costurando pro meio e chega no mano a mano na meia lua. Ao invés de entrar na área, driblar o marcador e arrematar…tenta o chute de fora e erra. Everaldo escolhe muito a jogada errada. Vejam que são defeitos completamente corrigíveis. Um treinador esperto e boas sessões de treinamento, podem ajudar bastante. Eu compraria o Everaldo. Além de somar ao time vai valorizar com certeza.

Everaldo atuando.

Voltando ao jogo, Flu se acomodou e Gilberto, numa péssima noite, perdeu uma bola fácil, nosso Bruno Silva não parou a jogada, saiu o cruzamento e gol dos caras. Frazan é fraco, não entendi a preferência por ele. Paulo Ricardo não me parece um zagueiro ruim. Fomos dominados no final do primeiro tempo. Veio a segunda etapa e o Flu tentava, conseguindo em alguns momentos, impor seu jogo. Logo apareceu o pênalti e Luciano desperdiçou. Flu fazia força para ser eliminado. Se perdeu em campo por alguns minutos. Mas a animação deles deixava buracos no campo interessantes e numa boa saída de bola entre Everaldo e Danielzinho, o primeiro enfiou para Yoni que cruzou na medida para Luciano se redimir e liquidar a fatura para gente. Classificados, vamos mudar o foco!

Diniz não poupou ninguém contra o Botafogo. Tive receio de perder um jogador para essa importante partida na Sula. Fico às vezes preocupado, achando que o Diniz não tem a confiança no grupo todo. Será que ele treina essa saída de bola arriscada, mas necessária, com todos do elenco? Ontem presenciei alguns chutões do menino Frazan e depois do Paulo Ricardo. Me pareceram inseguros para praticar o jogo “Diniz”. Se isso acontece, é uma falha gritante do osso treinador, porque vamos precisar do elenco e não só dos 13, 14 jogadores que costumam atuar. Bruno Silva tá fora do carioca, Digão machucado, Yoni dá sinais de cansaço muscular, quem o Diniz tem a confiança, para entrar num Fla x Flu, sem comprometer o estilo de jogo? Na zaga volta o Léo Santos, no meio deve entrar o Allan e na frente tem opções: Marcos Paulo, Mateus Gonçalves, Pablo, Calazans……Até que não me parece ser arriscado entrar com essas peças, mas se perdermos outras? Será que o Diniz tem um plano B de jogo? Ou sempre será esse de saída de bola a qualquer custo e marcação alta?

Obviamente que durante o jogo, não é toda hora que a marcação é alta, mas são nessas horas que ela não é, que me preocupa mais. Quando recuamos, não conseguimos ser um time de marcação forte e fechadinho. O cruzamento sai fácil, a marcação a distância, corremos riscos sempre. Diniz não pode abandonar o sistema defensivo, porque hora ou outra, vamos precisar se fechar, não vamos conseguir roubar essa bola lá na frente sempre. Relembrem os gols sofridos e vão perceber que não foi difícil fazer gol no Flu. A questão é que, com sempre muita posse de bola e roubando ela no meio para frente, o adversário tem menos tempo para nos atacar, mas quando consegue, tem boas chances de êxito. É a questão da evolução do esquema.

No geral, satisfeito com o que o Flu vem mostrando nesse início de temporada, mas queremos mais. Queremos títulos, vaga na Liberta, ganhar os clássicos…..Sempre vamos querer mais, aquilo que o Flu merece realmente.

 

Toque curto:

–  Pouparia alguém no Fla x Flu? Jogo que pode nos dar a vantagem do empate nas semi da Taça Rio, como consequência, facilitando um pouquinho esse título, dando vantagem para semifinal geral do carioca.

– Gilberto foi para night com certeza no Chile!

– Dr. Secador, continue secando o Everaldo!

– Tá na hora de acharmos novo batedor de pênaltis.

 

SDT


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4 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – Evolução do Esquema “Diniz”

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