SOB A LUZ DO REFLETOR – Gestão de Grupo

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Fluminense perdeu uma grande oportunidade de pontuar em casa, no sábado passado. Roger escalou um time alternativo visando o jogo da volta pela Libertadores, contra o Cerro, que acabou sendo adiado com muita sabedoria por todas as partes, pela tragédia com o filho do técnico adversário.

A questão não foi o time alternativo, porque entendo que temos um elenco bem razoável para ter essa opção, sem desperdiçar esses pontos. Até porque esse Grêmio está “cansado” e um pouco de intensidade resolvia a questão do 0 x 0 morno, que teve seu placar alterado em um pênalti bem discutível, apesar da decisão do VAR ainda vejo o toque no adversário fora da área. Alternativo é uma coisa, colocar um time lento e sem intensidade é outra.

Roger entrou com Wellington e Ganso no meio. Com todo respeito a esses dois atletas, o primeiro vencedor em vários clubes e o segundo com brilhantes atuações muito tempo atrás, juntos eles não dão nem uma saída de bola dinâmica e nem uma proteção bem feita a nossa zaga. Na coletiva nosso professor disse que faz gestão do grupo. Sim, isso é verdade e nesse caso eu dou meu perdão.

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Não é de hoje que percebemos o grupo do Fluminense unido, se divertindo juntos (pelas rede sociais conseguimos enxergar isso), dividindo as vitórias e se ajudando nas derrotas. As trocas do treinador mostram que, na maioria das vezes, quem é barrado volta melhor. Caso do Luís Henrique, por exemplo. Vemos os reservas comprando o “barulho” dos titulares, sempre comemorando juntos e quando entram, jogam sério, brigando pela vaga. Isso é gestão de grupo sim e Roger vem conseguindo manter a maioria satisfeito, dando chances a todos e faz com que não tenhamos problemas extra campo e também tenhamos um segundo time competitivo.

Mas o fato é que nosso treinador tinha melhores opções no banco, como André e Cazares, por exemplo. Não, a culpa não é sempre do Ganso, mas ele sempre se esforça para isso. Ou melhor, não se esforça. Roger só precisa entender de uma vez que nosso futebol depende de intensidade e ela vem dos jovens. Ganso, Cazares, Nenê, Fred e Wellington devem se revezar para jogar com os garotos. Quando você tem um atacante como o Fred, ok, vale a pena mantê-lo e podemos até trabalhar com mais um dos nossos veteranos, no caso Cazares ou Nenê, mas colocar Nenê e Ganso juntos, Ganso e Cazares juntos ou Nenê e Cazares juntos, por exemplo….Vai por mim professor, não dá! A não ser em situações específicas no meio de um jogo qualquer.

Entendido isso, ainda acredito que o Roger possa evoluir. Não é simplesmente um achismo ou uma questão de otimismo exagerado. Roger conseguiu sair de atuações horrorosas para excelentes atuações em momentos complicados, como as contra o River (sim, a primeira também achei boa, numa estreia de Liberta há anos sem jogar contra um dos maiores da América), Bragantino no Maracanã e Cerro fora de casa. Ganhou do Fla com um bom segundo tempo, quando envolveu o time adversário. Então eu acredito que ele tenha capacidade sim, de evoluir e errar menos. Até porque, cá entre nós, ele não vai sair com qualquer resultado negativo. Nosso presidente não vai deixar.

Um último parágrafo para um comentário sobre a seleção olímpica. Quem conseguiu enxergar um lindo 4 4 2 na estreia do Brasil? Como é difícil para nossos treinadores atuais executar um esquema tão manjado e que sempre deu muito certo no passado. Paramos nesse falso 4 3 3, que os atacantes precisam vir até nossa área atrás do lateral, que o torna na verdade um 4 5 1 (ou suas variações com posicionamentos diferentes do primeiro volante). Jogamos com 2 atacantes soltos, que faziam o centro ou as pontas, 4 homens no meio organizando a bagunça, sendo que os dois mais abertos faziam duplas com os laterais, coisa linda de se ver. Acredito que um dia ainda possamos ver isso no Flu. Sei que com o Fred de hj é um pouco mais difícil, pela pouca mobilidade atual, mas poderia começar utilizando quando nosso artilheiro sai de campo, o que acontece quase todo jogo, metendo dois garotos voando lá na frente, fazendo diagonais, alterando posicionamento. Enfim, só um sonho meu.

Toque Curto:

  • Var cada vez pior. Impressionante como a tecnologia está ai, mas o homem continua errando. O erro favorável ao Flu contra o Cerro foi ridículo. O pênalti contra a gente até agora eu vejo fora da área. Quem coloca as linhas na tela é um juiz, quem dá um zoom errado, é um juiz. Continuam as falhas de sempre.
  • Com o adiamento teremos 3 jogos decisivos em 1 semana e poupamos time a toa contra o Grêmio. Vamos em frente, hora de crescer independente dos desafios.
  • Gestão de grupo é importante, mas os 3 pontos também eram. Fica a reflexão.

SDT

 


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9 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – Gestão de Grupo

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