SOB A LUZ DO REFLETOR – O Esquema Deve se Adaptar!

Conquistamos 1 ponto importante no Mineirão. Verdade que o empate, para nossa situação, não resolve nossa vida, mas sendo o Cruzeiro adversário direto na briga para não voltarmos ao Z4, mantê-los 5 pontos afastados da gente é um bom sinal, principalmente sendo o jogo fora de casa.

Marcão tinha problemas importantes para escalar a equipe. Allan é a principal peça no esquema de jogo que o técnico quer manter no Fluminense. Sem ele e sem Caio Henrique, nossa saída de bola ficou seriamente prejudicada. Por vezes, o time insistiu exageradamente nesse estilo de jogo, arriscando levar gol. No final, faltou um pouco de qualidade nos contra-ataques para sairmos com os 3 pontos de Belo Horizonte.

É importante Marcão entender que o esquema precisa se adaptar as peças que ele tem para escalar seu time, não só as peças do elenco, mas as peças que serão titulares. Um dos erros do Diniz, que ajudou a não ter sucesso e não conseguir mais vitórias, foi a insistência radical no esquema, sendo quase que proibido sair com um lançamento mais longo, uma bola rifada em um momento mais delicado do jogo. Não deu para sair no chão, tem muita gente do adversário pressionando? Joga essa bola pro campo de ataque, mas sem dar bico para onde o pé estiver virado. Lançamento longo, mirando nossos atacantes ou em um espaço que eles consigam brigar de igual com os zagueiros. Temos que forçar a posse de bola e a saída limpa, mas tem um limite e não podemos passar dele.

Fica claro que se não temos duas a três peças que conhecem esse estilo e tem qualidade para pratica-lo e em seus lugares entram jogadores que não vão conseguir fazer isso ou ainda não estão treinados, temos que ter mais cuidado nessa saída de bola na frente do goleiro. O esquema deve ser adaptado aos jogadores em campo. No final deu tudo certo, mas agora temos jogos difíceis em casa e precisamos vence-los para mudar nossa história dentro do campeonato brasileiro.

O que parecia ruim, piorou! Ainda sem Allan e Caio Henrique (Marcos Paulo também), vamos sem Yuri e Ganso. Um belo quebra cabeça para nosso efetivado Marcão. Opções de Airton, Dodi, Guilherme, Orinho, Julião, Nem…..Missão complicada. É sempre bom mexer o menos possível no time que está jogando. Acho que Airton e Dodi, nos lugares de Allan (Yuri no último jogo) e Ganso seria mais correto e menos arriscado. Os dois estão desde do início da temporada, treinaram nesse esquema várias vezes, foram titulares várias vezes com o Diniz e podem dar uma proteção a nossa defesa. Essa solução não mexe em 4 posições para frente. Daniel, Nenê, Colômbia e JP continuam fazendo suas funções e os dois escolhidos entram também nas suas funções originais: Airton de primeiro volante e Dodi de segundo. Manteria o Orinho, já que não deu para ver muita coisa no jogo contra o Cruzeiro, com Julião de opção para quaisquer das laterais. Ainda tem a dúvida sobre o retorno de Digão no lugar do Frazan, que anda marcando bem. Mas aí seria quase seis por meia dúzia, não muda muito nossa vida.

4 jogos no Maracanã. Bahia, Athletico Pr, Fla e Chapecoense. Precisamos de algumas vitórias nesses jogos. No mínimo 7 pontos. Seja qualquer time escalado, temos que sair desses quatro jogos com 33 pontos no mínimo.

Toque curto:

– Treinamento de contra-ataques urgente. Não conseguimos acertar um contra o Cruzeiro.

– Marcão começou bem. Apesar de ainda respeitar demais a dupla Ganso e Nenê, tirando o nosso melhor meio campista em campo na ocasião (Daniel), mas depois substituiu o Ganso. Só falta as vezes olhar para Nenê, o gás acaba e ele começa a errar lances bobos e prender demais a bola.

– Vamos Orinho, nossa chance de acertar esse meio de campo é com você.

– Muriel continua arrebentando, se soubesse um pouco mais com os pés teria uma carreira de mais sucesso. Quando vai matar a bola a recuada é um coração tricolor que morre por aí de ataque cardíaco!

SDT