SOB A LUZ DO REFLETOR – O Óbvio É para Ser Praticado

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O óbvio é para ser praticado! Repetindo uma frase da coluna passada, me dei conta que para nosso treinador, nem sempre é assim. Flu enfrentou o Bahia na Fonte Nova, domingo passado. Para esse duelo, algumas questões apareceram: Luciano e Allan suspensos e Pedro retornava de contusão. Foi o suficiente para o Diniz se perder na escalação do time.

Pode até ser discutível a escalação de dois camisas 9 juntos. Alguns exemplos podem ser usados como referência positiva, Romário e Bebeto, Ronaldo e Romário, entre outros. Não é o caso do Pedro e João Pedro. Os dois são jogadores de área, quando saem dela, não rendem o esperado, ocupam exatamente a mesma faixa de campo. Um dos erros clássicos na escalação do time deixou o João Pedro perdido em campo, com o Pedro mais avançado, na posição correta. João nem viu a bola e quando tocava nela, era só para dar passe pro lado e sumir de novo. Um desperdício.

A vaga de Allan foi ocupada pelo novato Yuri. Meu Deus, que capacidade o Diniz tem de escalar jogadores com 1 semana de clube. Posição extremamente importante no esquema de jogo proposto, o cara que sai com a bola, faz ela sair da pressão adversária e ainda chega para ajudar na armação. Foi difícil encontrar ao Allan e aperfeiçoa-lo nessa função. Ate os deuses do futebol ajudaram com as contusões do Airton e Bruno Silva, aí entra o tal do Yuri, que mal sabe os nomes dos companheiros em campo. Impossível dar certo. Para piorar, Ganso é poupado. Nesse caso é complicado fazer uma avaliação, mas se não era extremamente necessário, porque poupar um meio de campo, se já não teremos Allan nem Luciano? Só a fisiologia poderia responder.

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O óbvio era a substituição natural do Allan por um da função, que conhecesse o esquema e os companheiros, como Caio Henrique (Julião poderia fazer a esquerda) ou Dodi (esse não estava apto ao jogo). No lugar do Luciano, poderia entrar o mesmo Léo Arthur. Optar por um dos camisas 9 e seguir o baile.

Sem conseguir sair com a bola, o Bahia levava perigo constante e o placar do primeiro tempo, com a significante ajuda do Agenor, foi de apenas 2×1 para eles. Mais uma vez a obviedade entrou em campo e nosso técnico sacou logo dois no intervalo, melhorando o time visivelmente, porém Pedro e João Pedro ainda batiam cabeça.

Não vou comentar os grandes equívocos do arbitro, inclusive com ajuda do Var, mas foi um absurdo que nos colocou com 2 de desvantagem e 1 homem a menos em campo. Depois disso, valente e melhores, só com João Pedro em campo (Pedro saiu para entrada do Rodolfo) na sua real posição, fomos para buscar o empate, mas faltou tempo e perna para isso.

A absurda expulsão do arqueiro Agenor.

Na quarta pegamos o Atlético Nacional pela volta da Sula e com a boa vantagem de 4×1 alcançada no Maracanã, Diniz escalou certo nosso melhor time. Jogo complicado, time sentiu um pouco a pressão, mas depois de levar um gol cedo, acalmou e perdeu boas chances de empatar. No segundo tempo, recuou ineditamente, para segurar o resultado e sair nos contra-ataques. Boa estratégia, que não funcionou tão bem pelo mal dia tecnicamente dos jogadores. O professor mexeu bem, dando sangue novo no nosso meio de campo. Classificados, que venha o Penarol!

É necessário analisar o trabalho do Diniz como um todo, mas também as suas atuações em cada jogo, seja nas escalações, no posicionamento do time ou nas substituições. Contratamos o melhor técnico possível para o Fluminense. Um estilo de jogo vistoso, ofensivo, bonito e que requer trabalho e treino. Ele nos proporciona isso tudo. Agora, não é por isso que temos que assistir algumas besteiras que faz sem poder criticar. Quem não lembra dos 3 volantes que ele inventou contra o Santa Cruz no jogo da volta? Mesmo perdendo insistiu no jogo seguinte contra o Goiás em casa e depois contra o Santos fora. 3 derrotas que não foram suficientes e entramos contra o Grêmio da mesma maneira, até o intervalo quando resolveu mudar tudo e deu naquela virada histórica. Dos 3 volantes fomos para 1 nessa função. Mudança radical que valeu a pena. E essa escalação contra o Bahia, que o mesmo concordou que estava errada ao trocar dois jogadores no intervalo, também vai para conta dele. Diniz evolui junto com o Fluminense. Acerta, erra e conserta. Tomara que no final, os resultados positivos prevaleçam.

A novidade nesse último confronto pela Sula, ficou com o posicionamento da equipe no segundo tempo. Diniz recuou o time, para controlar o jogo e sair nos contra-ataques. Válido demais para esse tipo de confronto, ainda mais tendo uma boa vantagem no placar agregado. Importante o time saber jogar assim, para usar quando convier. Algumas observações devem ser feitas levando esse jogo como exemplo. Não podemos deixar de ficar tanto com a bola, sabemos toca-la na pressão, apesar de ser sempre um grande teste cardíaco. Rifamos demais quando estávamos com a posse da pelota. Recuar não quer dizer não jogar. Outra questão, é entender que jogadores como Luciano e Ganso, sem a bola, são praticamente inúteis. Fecham espaços e olhe lá! Ganso no segundo tempo não jogava e não marcava, um a menos. Quando tiver que jogar assim, a substituição desses atletas é inevitável e podem ser mais rápidas.

Por fim, temos que aprender matar o jogo. Muitos contra-ataques desperdiçados, com último toque completamente errado, sem saber o que fazer com ela em lances que estávamos até em maioria. Talvez falte esse tipo de treino, já que o esquema do Diniz não prevê praticamente contra-ataques.

O que deixa sempre uma preocupação no ar é como Diniz soluciona os problemas que tem para escalar o time. Quem ele escolhe para substituir aqueles suspensos, contundidos ou poupados. Uma emoção a parte.

 

Toque curto:

–  O gol que o Luciano perdeu não pode ser sério. Escutei no bom “Papo de Flu” uma verdade: “Se fosse defendendo, Luciano teria feito contra. Impossível repetir essa façanha!”

– Viagem para Colômbia + jogo, viagem para Curitiba + jogo e ida a Belo Horizonte definir a vida na Copa do Brasil. Sequência forte, time deve cansar…nosso professor vai precisar se superar nas questões das escalações e substituições para essas partidas: Athlético e Cruzeiro.

– Procura-se um goleiro urgente. Nas laranjeiras, os dois somados, não dão um!

– A bola do Maldini não entra! O cara sempre consegue duas ou três chances de gol e ela teima: bate na trave, goleiro tira em cima da linha, vai para fora…..

SDT


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7 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – O Óbvio É para Ser Praticado

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