SOB A LUZ DO REFLETOR – Vitória Importante e Preocupante
Resultado maravilhoso na odisseia na Colômbia. Flu lidera o grupo junto com River, largando 3 pontos de diferença para os Colombianos. Com mais 4 jogos, sendo dois fora e dois dentro de casa, o caminho está sendo bem feito para classificação ao mata mata.
Mas o jogo e nossa atuação? Boa, principalmente pela luta e pelo excelente aproveitamento ofensivo. Flu começou bem o jogo e logo abriu o placar em jogadaça do trio Kayke, Nenê e Fred. Garoto liso, passou como quis pelo marcador, um bom passe rasteiro e forte, desvio de craque do Nenê e finalização a moda Fred: perfeita. Administramos bem até uns 30 do primeiro tempo quando fomos imprensados praticamente dentro da área.
Fred e Nenê enganavam que marcavam ali, próximo da meia lua defensiva. Kayke e Luiz Henrique voltavam acompanhando laterais até a quina da nossa grande área. Essa estratégia defensiva é mortal. O Flu traz para dentro da área o adversário e quando retoma a bola tem zero opção de ficar com ela, pois todos os 11 atletas estão no primeiro quarto do campo. Impossível jogar assim e não era a hora de jogar assim. Basta só citar o jogo do River, que marcamos atrás também, mas não tanto. Marcando por ali, na faixa do meio de campo, River teve dificuldade de chegar na área. Ontem não, o Santa Fé rodava a bola a metros da área, conseguindo assim que a bola fosse visitante permanente da nossa grande área.
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Veio o segundo tempo e com ele o segundo gol. Alívio geral, vitória mais perto, porém numa bobeada do Lucas Claro e do nosso arqueiro, Santa Fé diminuiu. Sim, achei que o Marcos Felipe saiu errado na bola e ficou catando borboleta. Se espera um pouco conseguiria pegar o atacante na matada da bola, mas viria a ter uma atuação de gala no restante do jogo, sendo um dos responsáveis pela vitória.
Com 2 x 1 no placar o time se encolheu de novo. Vou repetir para ficar claro: nada contra a equipe jogar mais fechada, ganhando o jogo, jogando fora de casa e etc….Porém a marcação não pode ser tão dentro da nossa área, precisa ser lá no meio de campo, evitando cruzamentos e chutes de fora. As mexidas do Roger já soltaram mais o time, que dava as caras de vez em quando no campo adversário, porém Egídio foi expulso e foi por água abaixo nossa talvez recuperação no jogo.
O que veio em seguida foi justificado pela inferioridade numérica. Eu não tiraria o garoto Gabriel Teixeira. Tem um mano a mano forte, é rápido e poderia sim fazer um ou outro contra ataque. Mas é justificável pois Caio paulista é claramente mais forte e alto para ajudar segurar a pressão adversária. Foi difícil aceitar que iríamos ficar 25 minutos só marcando e dando chutão para frente, mas ficamos e conseguimos a vitória.
O posicionamento preocupa e a opção tática também. É muito óbvio para mim o que acontece. Para termos dentro de campo dois veteranos, bons de bola, mas que ajudam pouquíssimo na marcação, a solução foi ter dois garotos pelos lados, que fecham junto com os volantes uma linha de 4. Acontece que com essa marcação muito baixa, quando roubamos a bola, os garotos estão muito longe do ataque e as opções, Fred e Nenê, centralizados e parados. Os garotos morrem e, não por menos, serão substituídos sempre, para novos garotos aguentarem a missão. É nossa estratégia e nosso estilo de jogo. Tenho para mim também que as fracas atuações de Martinelli e Yago, vem dessa opção tática. Sobrecarregados e sem opções quando pegam a bola, estão com clara dificuldade na saída da mesma e de participarem do jogo. Vejam nossas posses de bola nos dois jogos da Liberta: 33% contra o River e 25% ontem. Como nosso volantes vão aparecer? Só na marcação mesmo, não existe saída de bola, posse de bola…existe pegada forte e sobrevivência.
O Fluminense joga hoje para sobreviver. Marca forte o adversário, tentando bloquear a nossa área, e tenta o gol de vez em quando. Pontaria boa, aproveitamento máximo lá na frente, nos dará a vitória. É pouco ainda. As circunstâncias favoreceram a usar esse estilo de jogo: Jogo contra um dos melhores times da América e outro jogo fora de casa, com uma viagem desgastante e uma expulsão. Ok, mas será que temos boas alternativas para jogar propondo o jogo? Será que vamos conseguir, por exemplo, pressionar e atacar os Colombianos em casa? Será que algum time, um pouco mais qualificado, tão perto da nossa área, não vai conseguir fazer mais gols? Volto a lembrar que um time qualificado, como o River, nós conseguimos manter mais afastado da nossa área, ontem não. Mesmo com Egídio ainda em campo, marcamos muito baixo.
São essas respostas que o Roger vai precisar responder com opções táticas diferentes. 4 4 2 ajuda, apesar de estar esquecido entre os técnicos brasileiros. Um meio de campo com 4 homens e Kayke/Fred na frente pode ajudar. Para isso o Nenê não pode ser titular, pois não tem forças para fechar esse meio. A bola está com nosso professor, que está indo muito bem nas escalações e substituições.
Toque Curto:
- Reservas contra a Portuguesa. Estamos com todos os titulares disponíveis (menos Egídio expulso) e não é hora de perder ninguém. A lamentar a provável escalação de Wellington e Hudson juntos. 2 volantes lentos e presos para enfrentar a semifinal.
- Fred está voando.
- Callegari foi mal de novo. Dessa vez foi bombardeado pelo ataque dos caras que jogou muito por ali, mas está aquém do ano passado.
- Não achei merecida a expulsão do Egídio, mas ele deu mole para o azar….deu brecha para o Juizão “ajudar” os donos da casa. Libertadores tem muito dessa ajuda e é necessário, não só não fazer faltas violentas, mas como também não dar motivos para ser “operado”.
- Jogo contra o Junior será de vida ou morte para eles. Se vier no mínimo um empate, nos posicionaremos fortes para garantir a vaga nos confrontos em casa, contra os colombianos.
SDT