Torcer para um vencer ou para o outro perder?

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Pequenos termos mudam a vida de um texto, de uma conversa, da semântica, de uma compreensão. E isso é vastamente utilizado em textos que tratam de futebol, sobretudo do nosso Flu. Não vou fazer a síndrome do pobre coitado, e dizer que é intencionalmente – afinal, se nós queremos que parem de nos tratar assim, temos que ser os primeiros a tanto. Mas vou dizer que, pelo menos, é sem cuidado.

Assistindo aos programas que antecederam esse domingo, e esse jogo que decide a sorte tricolor no Carioca, vi alguns “especialistas” dizerem que tricolores teriam que torcer para o Flamengo ser campeão, para voltar a sonhar com o campeonato estadual 2019. Mas, como sempre, me permitam pequenas observações.

A primeira é que o Flu decidiu sua sorte no campeonato, e ela não foi boa, em alguns momentos. No primeiro deles, faltou competência para vencer o Vasco na final da Guanabara – num jogo marcado pelo absurdo promovido pelo próprio Vasco, FERJ e pelo Sr. Mauro Dazé (presidente do Consórcio Maracanã); no segundo, um empate insosso, diante de um Botafogo que não ganhava nem par ou ímpar; terceiro pela derrota diante do Flamengo, com um pênalti infantil, ridículo, absurdo e desnecessário, cometido aos 300 minutos do segundo tempo (não vamos aqui sequer questionar o lance do VAR, no início do jogo, pois isso o Flu vinha superando). Ou seja, no primeiro ponto, o Flu nada mais, nada menos, decidiu sua sorte sozinho. E olha que coincidência (!!!): num desempenho pífio em clássicos – algo que a torcida não aguenta mais.

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A segunda é que, pasmem senhores e senhoras jornalistas, analistas, especialistas, eletricistas e taxistas: o Flu não vai torcer para o Flamengo ser campeão – sequer consigo me imaginar torcendo para os rivais ganharem na ginástica olímpica – da Taça Rio. Olhem e contemplem a verdade, única e absoluta: os tricolores torcerão para o Vasco perder. E isso, semanticamente, tem uma mega diferença. E olha que nem todos vão torcer por uma coisa, ou por outra. Recebi diversos e-mail, “zaps” e afins, de tricolores dizendo que estão defecando e perambulando para esse campeonato gerido pela FERJ. Se passar, passou. Se não passar, vamos ao Luverdense, num intervalo entre os jogos maior e ponto.

O principal fato, desse campeonato, é que vimos uma equipe ser construída com peças que ninguém acreditava. Paulo, o Mago, Angioni, nos trouxe Ferraz e Caio Henrique sob muita desconfiança. Yony Gonzales como grande surpresa. Até mesmo Agenor, que muitos torceram o nariz, entrou no Fla x Flu e mostrou qualidade. Diniz pegou uma sucata do ano passado – no sentido de ter em mãos um grupo que levou muita porrada – e forjou um time técnico, com toque de bola e muita tática. Isso mesmo antes da chegada de Ganso, e isso é inegável. Assim como é que o treinador está num início de seu trabalho e os resultados ainda precisam melhorar.

Mas o desempenho em clássicos, Pelo amor do Padre! Não dá! Vamos trazer um Pai de Santo, um Padre, Pastor, Benzedeira… Talvez um Exorcista. Lavar a meleca do vestiário do Maraca com Sal Grosso. água do Mar, água do Ganges… Pô! Ninguém aguenta mais esse desempenho em clássicos… Sei lá! Coloca 13 na linha, no time que vai enfrentar os titulares, nos treinos antes. Algo precisa ser feito! Ninguém aguenta mais as rodas de botequim, no pós clássico.

Essa semana tem Copa do Brasil. Vamos encarar um Luversense pela frente. Esperamos ver um time engajado, porém mais calmo, do que do último jogo. E que se preparem para encarar jogos mais difíceis, com jogadores, assim digamos, menos éticos. E que a galera mantenha a cabeça no lugar e saiba lidar com isso.

Isso é Fluminense. Estamos acostumados a grande jogos, e sair com grandes resultados. Precisamos é lembrar isso aos jovens torcedores e, sobretudo, aos comandados de Diniz.

ST

Washington de Assis


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8 thoughts on “Torcer para um vencer ou para o outro perder?

  • 31/03/2019 em 12:11
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    Falta a famosa “porrada na mesa”, perdoem-me o palavrão, basta lembrar de Newton Grauna que certamente foi um dos magos na arte de conduzir elencos, sendo firme com o time campeão de 83/84/85 nos momentos mais críticos.
    Hoje é torcer por insucesso do wascu contra nosso arqui-rival, concordando com o texto, nossa equipe não fez sua parte e por isso não teve êxito em avançar para a final da Taça Rio.
    Passou da hora de abandonarmos o politicamente correto e deixar bem claro que a INSTITUIÇÃO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB, exige o respeito conquistado no transcorrer de sua História e a DIRETORIA ELEITA, passe a cobrar publicamente, sem esse medo de ser perseguidos, pois o CLUBE já o é, os seguidiserros de arbitragem e demais safadezas que acontecem à luz do dia sob os olhos de todos.
    Já passou da hora da “PORRADA NA MESA”.

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