Vai ajudar ou complicar ainda mais o coreto do Cariocão? – Ferj libera mas não obriga VAR

Com essa espécie de “VAR particular”, a FERJ .se desobriga a utilizar o VAR em todos os jogos da mesma competição ou da mesma rodada, abrindo brecha para que qualquer clube solicite, pagando por isso, que o VAR seja utilizado em sua partida, desde que a solicitação seja apresentada à COAF/RJ com antecedência mínima de 10 dias e que o estádio esteja preparado para receber a tecnologia.

Ou seja a já pouca isonomia do campeonato irá acabar por completo e a desconfiança dos torcedores idem. Imaginem num lance polêmico, favorável ao time que contratou o VAR e a arbitragem anota o lance. Dará margem para uma discussão absurda. E no cenário contrário também: imaginem um lance polêmico, mas agora favorável ao time adversário ao que contratou – e, por obviedade, pagou pelo VAR – e a arbitragem não anota nada e deixa o jogo seguir… Pois é. O que era ruim foi piorado e, agora, penso que atingiram o fundo do poço.

Ou se obriga todos os jogos a terem o VAR ou nenhum. Ou, que seja, pelo menos nos jogos decisivos das semi-finais dos turnos e do campeonato. Deixa ao bel prazer dos clubes, e mais ainda, sendo os mesmos responsáveis pelo pagamento de quem pode decidir a sorte do campeonato, não me parece razoável.

Ainda que a Ferj tenha informado que bancará em 10 jogos decisivos do Estadual o uso do VAR, o Carioca tem mais de 90 partidas, desde a primeira fase, passando por Taças Guanabara e Rio, até chegar às semifinais e final. O não uso em todas, fere o princípio da isonomia da competição.

Se com a atuação dos assistentes ao lado da trave não melhorou nada e vimos o time de regatas sagrar-se campeão com o famoso “roubado é mais gostoso” fico imaginando o tamanho da polêmica na primeira divergência nesse sentido. Será que vão admitir árbitro comemorando gol, como em 2017?

ST

Washington de Assis