Vaidade e picuinha. A guerra fria que prejudica o Flu

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Ao mesmo tempo que fico indignado, fico triste. Mas uma tristeza profunda e com uma preocupação sem igual. O Flu está a beira de um colapso e as pessoas que estão lá para defendê-lo o deixam de lado, pensando somente naquilo que é melhor para elas. Não querem, no popular, “largar o osso”. É uma guerra de vaidades e de soberba que enoja e enjoa qualquer um. E com isso o Flu sofre.

Sofre porque talvez, pela primeira vez na sua história, esteja vivendo um momento tão abominável. Processo de impeachment que promete parar na justiça comum; um presidente que não pode ir à padaria sem seguranças, tamanha sua impopularidade; dirigentes e conselheiros babando para assumir uma cadeira e ter o poder nas mãos. Não há um consenso. E nas redes sociais? A torcida fica preocupada com uma camisa de um clube rival estendida numa grade de um bar nas Laranjeiras… ora, faça-me o favor.

As tramas políticas regurgitam a mais sórdida e putrefata contendas pelo poder. Quem era situação se diz oposição. Quem se diz oposição, jé esteve na situação. E os grupos se confundem, nesse vai e vem peçonhento.

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E o tumulto está longe de acabar. Pelo contrário. Abad promete ir à justiça comum para obter uma liminar e suspender o rito do impeachment, alegando ter havido irregularidades, mas sem citar quais seriam. Uma eventual renúncia está sendo ventilada, muito embora negada pela assessoria do presidente, e isso dará mais pano para a manga, pois a interpretação do estatuto cabe entendimentos diferentes e pode, também, parar na justiça (apesar de cartas abertas de advogados, a vaidade não vai permitir um entendimento único e vão questionar na justiça).

Mas e uma eventual antecipação nas eleições? Outro caos. Os perdedores e os que não querem também podem (e vão) questionar na justiça. Isso porque para legitimar essa antecipação o estatuto precisará ser mudado. Pode ser até convocada a assembléia geral, aprovarem a antecipação, promover as eleições, declararem o vencedor, mas irá parar na justiça. Isso porque o tempo de gestão, desse presidente eleito, será maior do que previsto no estatuto. E ainda que alterem essa cláusula, o próprio reza que na alteração do tempo de mandato, a mesma só passará a vigorar, só terá validade, para a gestão seguinte. Ou seja: prato cheio para entrarem na justiça.

Talvez, meus amigos tricolores, o melhor mesmo seja deixar o Abad na presidência e torcer para que ele faça um 2019 diferente de 2018. Ou que a torcida tira a bunda do sofá, saia de trás do teclado e do smart fone e vá protestar (DE MANEIRA PACÍFICA, SEM VIOLÊNCIA, SEM DANOS AO PATRIMÔNIO DO FLUMINENSE E DE TERCEIROS), até que se faça o melhor para o Flu.

O Fluminense nunca precisou tanto de sua torcida.

Caso contrário, esse bando de urubus não sairão de cima das Laranjeiras.

ST

Washington de Assis


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8 thoughts on “Vaidade e picuinha. A guerra fria que prejudica o Flu

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